Viajar, conhecer, explorar dá um imenso prazer aos amantes do conhecimento que querem ter experiências que não tiveram em seu país. Mas imigrar é muito diferente e demanda muito mais desprendimento de suas raízes. Deixar a sua nação para viver em outro lugar por condições de trabalho, à procura de uma vida melhor ou até mesmo se refugiar por questões políticas é uma decisão muito difícil de se tomar. Por isso celebramos hoje, com muitas pitadas de agradecimento e receptividade, a vinda daqueles que também construiram o Brasil, aprenderam a amar essa terra e aqui tocaram suas vidas.
Hoje é comemorado o Dia do Imigrante no Brasil. Há muitas controvérsias sobre esta data que também é comemorada no dia 1 de Dezembro (primeiro domingo do advento católico, que significa "vinda, chegada") . O fato é que pela lei 30.128/1957, a festividade foi marcada para o dia 25 de junho - que marca o fim da celebração da semana da imigração japonesa. Para unir as festas celebramos de forma mais abrangente os amigos estrangeiros que vieram ajudar a construir nossa nação.
No dia 18 de junho de 1908 chegou o navio Kosato Maru com 165 famílias japonesas ao porto de Santos/SP . Os japas eram quase todos camponeses e de regiões pobres do Japão e vieram tentar a vida em nossas fazendas cafeeiras que precisavam de mão de obra. O acentudado crescimento populacional no Japão incentivava fluxos emigratórios, inclusive para o Brasil. Em 10 anos o Brasil recebeu cerca de mil japoneses, número que seria impulsionado pela Primeira Guerra Mundial em 1914. Entre 1914 e 1940, 160 mil japoneses (link is external) vieram para nossas terras quentes.
Quando o Brasil se tornou independente de Portugal em 1822 o novo governo brasileiro começou a incentivar a imigração européia para cá. Apesar de terem sido nossos colonizadores, foi apenas por volta de 1850 que o maior contigente de portugueses (link is external) veio e se instalou em São Paulo, principalmente nas fazendas cafeeiras. Com o aumento da vida urbana, os imigrantes portugueses também se tornaram comerciantes nos grandes centros, assim como italianos, alemães, árabes e turcos.
Os italianos vieram (link is external), em parte, como parte da política de substituição da mão de obra escrava, cuja população envelhecia no Brasil. Do outro lado, os imigrantes estavam vindo pois a Itália ainda não estava unificada e sofria de excedente populacional nos centros urbanos recém criados e sem grandes condições de vida. Os trabalhadores italianos vieram atuar nas lavouras rurais, mas também se alojaram em cidades como São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. Foram mais de 1 milhão de imigrantes italianos que decidiram tentar a vida em terras mais quentes (mas acabaram escolhendo as mais fresqinhas do Brasil).
Os alemães (link is external) também escolheram ficar mais pelo sul, apesar de também existirem algumas comunidades no sul da Bahia e no Espírito Santo. Eles criaram suas próprias colônias por volta de 1824 em São Leopoldo (RS), Rio Negro (PR) e São Pedro de Alcântra (SC). Junto com os poloneses, russos e ucrânianos, que vieram pra cá em menor quantidade, ergueram grandes cidades como Joinville, Blumenau e Brusque.
O clima frio, parecido com o de suas regiões de origem, ajudaram na adaptação ao Brasil.
Nós do Muda Mais reconhecemos a importância dos povos imigrantes no Brasil e agradecemos a cada imigrante por tornar ainda mais especial a cultura brasileira. Eta povo receptivo!
Fonte: Muda Mais