sexta-feira, 31 de agosto de 2012

A polêmica do Bilhete Único Mensal - Entrevista Zarattini.

O Bilhete Único Mensal, uma das propostas da área de transportes de Fernando Haddad, candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, virou polêmica.
Em 24 de agosto, o programa de rádio de José Serra, candidato do PSDB à sucessão de Gilberto Kassab (PSD), chamou-o de “bilhete mensaleiro”, em alusão ao mensalão, em julgamento do Supremo Tribunal Federal Federal (STF).
No mesmo programa, um suposto eleitor questiona:
Tem candidato prometendo um bilhete mensaleiro. Mas assim fica mais caro porque estou pagando transporte mesmo quando estou dormindo, já paguei pelo mês inteiro. E no dia que eu estiver em um churrasco em casa? Já vou ter pago e não vou aproveitar?
Sem citar nomes, outro suposto eleitor responde:
Ele é o mesmo que criou a “taxa do lixo”, agora quer criar a taxa do bilhete mensaleiro. Eu não caio nessa, é só blá blá blá.
A fala é  referência à “taxa do lixo”, tributo implantado na gestão Marta Suplicy (2001 a 2004), que a oposição apelidou de “martaxa”.
Nos últimos dias, inclusive hoje, 31 de agosto, um dos destaques do site da campanha de Serra é justamente um filme de animação sobre o tema.
O filme diz:
Você lembra da taxa do lixo? Foi o Hadadd que fez. Agora ele quer criar uma nova taxa. A taxa do ônibus. Isso mesmo. Mas sem o nome de taxa, né? Estão chamando de Bilhete Único Mensal. Eu vou explicar: o Bilhete Único que ele quer criar agora que você paga mesmo que não use o transporte. R$ 150 reais por mês. Quer dizer você ficou em casa vendo o futebol? Paga! Você foi andar de bike no parque? Paga! Ficou jogando videogame com os amigos? Paga!!! Você paga 30 dias por mês, usando ou não. Que bela novidade, hein? PT e suas taxas. O velho jeito de governar. Em nova embalagem.
“Em primeiro lugar, acho que os técnicos em Transportes da Prefeitura e os tucanos não entenderam bem a nossa proposta”, estranha o deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP). “Num filminho que está na internet, eles dizem que a pessoa vai pagar independentemente de usar ou não o bilhete. Isso não é verdade. Pena que eles não compreenderam, mas o povo está entendendo e gostando.”
“Em segundo lugar, dizer que é bilhete mensaleiro é uma tentativa de desqualificar a nossa proposta”, prossegue Zarattini. “Mas não pega. O povo já sabe que o bilhete mensal é economicamente vantajoso.”
Zarattini é economista, coordena a área de transportes do programa de Haddad e foi secretário dos Transportes de São Paulo na gestão Marta Suplicy. É o criador do aplaudido Bilhete Único, implantado em 2004 na capital e hoje adotado em muitas cidades brasileiras. É também o “pai” do Bilhete Único Mensal. Para botar a polêmica em pratos limpos, entrevistamos o próprio Zarattini.Para Zarattini, objetivo do Bilhete Mensal é "fidelizar quem recorre ao transporte público todo dia e, ao mesmo tempo, baratear o custo" (Agência Câmara)

Viomundo – O senhor imaginava que a proposta do Bilhete Único Mensal fosse gerar essa polêmica?
Carlos Zarattini – Não me surpreendeu. Foi assim lá atrás com o projeto do Bilhete Único. Em 1995, eu o apresentei na Câmara Municipal e foi aprovado. Porém, Paulo Maluf [na época, prefeito da capital], vetou-o. Nós só conseguimos implantá-lo aqui durante o governo Marta.
Na época, propusemos que fosse feito junto com o metrô e os trens. Alckmin era o  governador e se recusou a fazer a integração. Disse que o Bilhete Único não ia dar certo.
Iniciamos, então, apenas com os ônibus que são controlados pela Prefeitura. Foi um processo muito difícil, pois tínhamos quase 20 mil peruas clandestinas e as empresas de ônibus estavam quase falidas. A operação  exigiu reorganização do sistema de transporte na capital, inclusive mudança na legislação. E, agora, estamos propondo a ampliação do Bilhete Único.
Viomundo – Afinal, o que é o Bilhete Único Mensal?
Carlos Zarattini — A concepção do Bilhete Único é simples: a pessoa paga uma única vez para chegar ao seu destino, independentemente de quantos ônibus ou lotação usar.  Hoje, você pode usar durante 3 horas até 4 conduções. Quando lança mão de metrô ou trem, paga um adicional.
Agora, queremos ampliar o Bilhete Único. O objetivo é fidelizar quem recorre ao transporte público todo dia e, ao mesmo tempo, baratear o custo para esse (a) cidadão (a).
Cada pessoa  vai poder escolher qual a melhor opção para si. Se for usuária freqüente, é vantagem comprar o bilhete mensal.  Se usuária eventual, aí não traz benefício;  o melhor é continuar carregando como faz hoje.
Viomundo – O programa do Serra diz que a pessoa vai pagar independentemente de usar ou não.
Carlos Zarattini – Não é verdade, invenção tucana.
Viomundo – Quanto vai custar o bilhete mensal?
Carlos Zarattini — Nós estamos calculando quanto as pessoas gastam nos seus dias de trabalho – normalmente são cinco por semana. E, aí, multiplicamos pelo número de dias de trabalho ao longo do mês. É quanto vai pagar.Porém, ela vai poder usar muito mais vezes sem pagar nada. Por exemplo, ela vai poder empregá-lo gratuitamente nos finais de semana, feriados, fora dos horários de trabalho.  Mesmo na hora do almoço, se a precisar ir ao banco pagar uma conta e voltar ao emprego, ela poderá usar o transporte público sem gastar nada além.
Viomundo – Quanto vai custar para o usuário?
Carlos Zarattini – Para uma tarifa de ônibus de R$ 3, em torno de R$ 140.
Viomundo – Daria para o senhor detalhar?
Carlos Zarattini – Lembra-se de que eu disse que estamos calculando o valor com base no quanto as pessoas gastam nos seus dias de trabalho?
Bem, 45% dos usuários de transporte coletivo na cidade de São Paulo empregam o vale-transporte oferecido pelo patrão. O cartão vem exatamente com o número de dias úteis do mês. Se utilizá-lo no final de semana, por exemplo, vai faltar um dia no final do mês e a pessoa terá de pagar do próprio bolso. Isso é o que acontece no sistema atual.
Já com o Bilhete Único Mensal, não. A pessoa que o utilizar cotidianamente para ir e vir do trabalho terá o benefício de empregá-lo gratuitamente em outros horários e nos finais de semana, sem nenhum custo adicional.
Portanto, é mentira a propaganda tucana de que a pessoa vai pagar e não vai usar.
Viomundo O usuário do vale-transporte fica então numa camisa-de-força?
Carlos Zarattini – Exatamente. O mesmo acontece com o bilhete do estudante. Hoje, ele só pode usar nos dias úteis, quando tem aula. Se, no final da semana, o jovem quiser ir à biblioteca, ao cinema ou a um show, ele não passa na catraca, ela trava.
Por isso, a nossa proposta é que exista o bilhete mensal do estudante e que ele funcione nos mesmos moldes do bilhete mensal, ou seja, sem nenhuma restrição.
Viomundo – Mas 55% dos usuários não têm o vale-transporte. Pagam do próprio bolso. E às vezes não têm dinheiro para comprar o bilhete para o mês inteiro. Aí, como fica?
Carlos Zarattini — Nós vamos ter também a modalidade semanal. A pessoa vai poder comprar por semana.
Viomundo – E o valor os cerca de RS$ 140 seriam divididos por quatro semanas?
Carlos Zarattini – Exatamente Embora ela pague por cinco dias (10 passagens), ela vai poder utilizá-lo quantas vezes quiser, inclusive nos finais de semana, sem qualquer restrição.
Viomundo – Como fica a situação do usuário ocasional?
Carlos Zarattini – Vai fazer como hoje em dia, ou seja, carrega o Bilhete Único quando necessário. E mesmo quem paga o ônibus em dinheiro, na hora – muita gente faz isso –, vai poder continuar fazendo isso.
Essa é ideia geral. Cada pessoa  escolhe a melhor opção para condições e necessidades dela.
Viomundo – E quanto à validade, como funcionará?
Carlos Zarattini — Vale a partir do dia em que a pessoa comprou. Por exemplo, o mensal. Vamos supor que você comprou no dia 12. Ele vai valer até o dia 12 do mês seguinte. O semanal, mesma coisa. A semana passa a contar a partir do dia em que ela comprou.
Viomundo – Onde o bilhete mensal já está em uso?
Carlos Zarattini – Todas as grandes cidades dos Estados Unidos, como Nova York e Washington, e Europa, como Paris e Londres, têm. Você chega nesses locais e, dependendo do tempo em que vai ficar, compra o bilhete para um mês, uma semana. E, durante esse período, utiliza quantas conduções quiser. Muitas pessoas que viajam para o exterior, já tiveram essa experiência e sabem que vale a pena.
Viomundo – O bilhete mensal vai ser integrado com metrô e os trens da CPTM?
Carlos Zarattini — A nossa ideia é chegar lá. Nós queremos que o metrô, os trens da CPTM e os ônibus intermunicipais sejam integrados ao Bilhete Único Mensal.
Viomundo – Quem vai arcar com os custos adicionais?
Carlos Zarattini — No caso da Prefeitura, ela paga às empresas de ônibus e lotação, de acordo com o número de passageiros transportados. Consequentemente,  nós vamos ter um acréscimo no subsídio.
Já o metrô e a CPTM, que são empresas estatais, não têm custo adicional para transportar esses passageiros. Eles já estão funcionando. Nos horários de pico, já funcionam com carga máxima. Nos demais horários, têm capacidade ociosa. Então o custo para o metrô e a CPTM é absolutamente zero.
De modo que eu  não vejo nenhum motivo para o governo do Estado rejeitar o Bilhete Único Mensal no metrô e na CPTM, assim que implantarmos o bilhete mensal nos ônibus e lotações.
Hoje, como já disse, existe um adicional quando a pessoa utiliza o metrô ou o trem. Nós vamos ter de negociar um pequeno adicional para possa utilizá-lo também no metrô e nos trens da CPTM. Do ponto de vista técnico, isso pode ser facilmente resolvido.
Viomundo – Qual a sua  expectativa em relação ao Bilhete Único Mensal?
Carlos Zarattini – Imagine uma pessoa que mora no extremo Sul ou Oeste da capital, tem vale-transporte e todo dia usa o transporte público. Ela só tem a ganhar. Vai poder andar sábado, domingo, feriados, sem gastar nada.
Aliás, um dos maiores problemas democráticos na cidade de SP é a falta de circulação.  Tem uma pesquisa chamada Origem-Destino, feita de 10 em 10 anos, que mostrou que as pessoas de alta renda têm uma taxa de mobilidade muito superior às de baixa renda, que praticamente só têm mobilidade para ir e vir do trabalho.
Nós queremos acabar com essa limitação e ampliar a possibilidade de as pessoas de baixa renda conhecer a cidade, participar das atividades de fim de semana.
Nós queremos que elas tenham ampla mobilidade.  Queremos dar-lhes a oportunidade de andar pela cidade e usufruir um sem número de atividades de lazer de gratuitas nos finais de semana, como shows, passeios. E que elas não não vão poder deixar de ir  simplesmente porque não têm dinheiro para o transporte. Queremos acabar com isso.
Viomundo — Supondo que Haddad ganhe a eleição e o governador vete, como  em 2004, a integração do bilhete mensal com o metrô e os trens da CPTM, o que acontecerá?
Carlos Zarattini — Nós vamos pressionar politicamente o governador para que aprove a integração e, ao mesmo tempo, mostrar à população o prejuízo que ela terá [em caso de veto do governador]
 
Fonte: Spresso SP - http://virou.gr/N3Xjt5

Haddad encosta em Serra no 2º lugar

O candidato José Serra (PSDB) caiu de 26% para 20% em duas semanas e está empatado tecnicamente com o petista Fernando Haddad na segunda colocação da corrida pela Prefeitura de São Paulo, de acordo com a última pesquisa Ibope/Estado/TV Globo. O líder, Celso Russomanno (PRB), subiu cinco pontos nesse período e chegou a 31%. 
Impulsionado pelo início da propaganda eleitoral no rádio e na TV, Haddad cresceu de 9% para 16% desde a pesquisa anterior, feita entre 13 e 15 de agosto. Como a margem de erro é de 3 pontos para mais ou para menos, Serra pode ter de 17% a 23% e Haddad, de 13% a 19% - daí o empate técnico. O candidato do PT tem usado a TV para promover sua ligação com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff.
Já Serra perdeu a posição de líder e agora vê ameaçadas suas chances de chegar ao segundo turno. Se a eleição fosse hoje, o tucano teria votação equivalente à que Geraldo Alckmin (PSDB) alcançou em 2008, quando disputou a eleição pela Prefeitura e terminou em terceiro lugar, atrás de Gilberto Kassab (então no DEM) e Marta Suplicy (PT).
Russomanno já havia chegado ao patamar de 31% na véspera do horário eleitoral, segundo pesquisa Datafolha de 20 de agosto. Seu resultado no Ibope de agora, portanto, não pode ser atribuído ao início da propaganda eleitoral. O representante do PRB tem direito a apenas 7% do tempo de exposição de todos os candidatos a prefeito em São Paulo - Serra e Haddad têm quase quatro vezes mais.
Em um eventual segundo turno entre Russomanno e Serra, o primeiro venceria por 51% a 27%. Este cenário foi o único avaliado pelo Ibope, já que os dois concorrentes estavam empatados na pesquisa anterior e tinham 17 pontos de vantagem em relação a Haddad.
Na pesquisa espontânea, aquela em que os entrevistados manifestam sua intenção de voto antes de ler os nomes dos candidatos, Russomanno tem 24%, Serra, 16%, e Haddad, 12%.
O candidato do PSDB é o líder no quesito rejeição - 34% dos entrevistados afirmaram que não votariam nele de jeito nenhum. Russomanno tem 8% e Haddad, 13%.

Avaliações. 

O Ibope também avaliou a opinião dos eleitores sobre as administrações da presidente Dilma, do governador Alckmin e do prefeito Kassab. A gestão do prefeito foi considerada ruim ou péssima por 48% e boa ou ótima por 17%. No caso do governo estadual, a avaliação positiva (soma de ótimo e bom) foi de 40%, e a negativa, de 17%. Dilma, por sua vez, foi avaliada positivamente por 53% e negativamente por 12%.

Fonte: Estadão - http://virou.gr/UgBC9w

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Pesquisa Datafolha publicada hoje, mais uma pá de cal na candidatura José Serra

Mais uma pesquisa publicada hoje, a do Instituto Datafolha, confirma tendências, baliza a situação dos candidatos, agita e aponta os novos passos na campanha eleitoral para o pleito de 7 de outubro (1º turno). Bem que avisamos: a baixaria patrocinada pela candidatura tucana de José Serra, mais os programas negativos contra o PT no horário de propaganda no rádio e TV só poderiam dar nisso, nessa degringolada do candidato que, tudo indica, não passará nem para o 2º turno.

As pesquisas do Datafolha publicadas hoje sobre diversas capitais - Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio, Belo Horizonte e Recife - comprovam a avaliação que temos compartilhado com vocês aqui no blog quase diariamente. Apenas depois do 7 de setembro, quando entrarmos na 3ª semana de campanha com horário de propaganda no rádio e TV poderemos ter um quadro real da disputa em São Paulo e no Brasil.


Mas, no caso de São Paulo, os levantamentos de intenção de voto tornados públicos desde ontem a noite - os primeiros após o horário eleitoral na mídia eletrônica - comprovam nossa afirmação de que o candidato tucano José Serra (PSDB-PSD-DEM-PV) iria não apenas cair mas aumentar sua rejeição com a campanha negativa na TV que ele desencadeou contra o PT e com o caráter fantasioso de sua campanha frente a realidade do dia a dia do paulistano.


Não tem como ser diferente, como sua candidatura não despencar. Além da campanha negativa, há o fato de os paulistanos avaliarem pessimamente a gestão do prefeito Gilberto Kassab (ex-DEM-PSDB, agora PSD), seu principal apoiador.


Dois terços desconfiam: eleito, Serra abandonará Prefeitura de novo


E os paulistanos não querem saber o que José Serra fez no Governo de São Paulo ou o que ele pensa sobre o Brasil, já que não é candidato ao governo ou a presidência da República, mas sim à prefeitura que abandonou depois de 16 meses no cargo (ficou de janeiro de 2005 a abril de 2006).


A administração Kassab, como vocês têm acompanhado pelas pesquisas é desaprovada por cerca de 80% da população. E o abandono da Prefeitura por José em 2006 leva quase 2/3 dos eleitores - percentual também aferido pelas pesquisas - a desconfiar que ele fará o mesmo em 2014, largará de novo a Prefeitura para tentar ser candidato ao Palácio do Planalto.


Juntem a campanha negativa de José contra o PT, a alta desaprovação à gestão de seu principal apoiador, Kassab, mais a história do candidato que nunca cumpre os mandatos para os quais é eleito, usando-os sempre como trampolim para disputar novos postos e vocês também vão concluir que não podia ser diferente o destino da candidatura José Serra este ano.


Uma história de renúncias e abandonos de mandatos


José eleito senador em 1994 deixou o mandato e preferiu ser ministro do Planejamento e da Saúde de FHC nos oito anos seguintes para se cacifar para disputar a presidência da República. Eleito prefeito em 2004, abandonou a prefeitura antes do meio do mandato para disputar o governo. E eleito governador, saiu oito meses antes do término do período de governo para de novo disputar o Planalto.


Analisem serenamente. Tudo na campanha e candidatura dele só poderia dar nisso agora. Tinha como ser diferente?

Fonte: Linha Direta - http://virou.gr/Rv357I 

Eleição em São Paulo: Haddad sobe 6 pontos em pesquisa

Segundo o instituto, Haddad tem agora 14% das intenções de voto. Na pesquisa do Vox Populi, divulgada na mesma data, o candidato do PT aparece também com 14%.

As duas pesquisas mostram números idênticos tanto para Celso Russomanno (PRB), estacionado nos 31%, quanto para José Serra (PSDB), que caiu para 22%.

O Datafolha ainda aponta que a rejeição a Serra subiu 5 pontos percentuais e chegou a 43%.

Clique aqui e leia mais sobre a pesquisa Datafolha.

Clique aqui e leia mais sobre a pesquisa Vox Populi.

Clique aqui e conheça o site de Fernando Haddad.

Fonte: Linha Direta - http://virou.gr/S2BQDW

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Alckmin não cumpre promessa e obras contra enchentes estão atrasadas

Segundo reportagem da Folha de S. Paulo desta quarta-feira (29), as obras de contenção de enchentes na Grande São Paulo, prometidas porGeraldo Alckmin (PSDB), estão paradas ou atrasadas.

Diversas medidas do pacote anunciado em março de 2011 pelo governador, não estarão prontas antes do período das chuvas fortes.


Há problemas com a construção de três piscinões – obras fundamentais para evitar as cheias –, o de Olaria, em Campo Limpo (zona sul de São Paulo), deveria ter sido entregue em novembro de 2011.


Quatro diques (reservatório com comportas) perto de pontes do rio Tietê estão atrasados, esses o governador afirmou que estariam concluídos até o final de 2011, porém, apenas um está sendo feito.


Outros reservatórios nem saíram do papel. É o caso do Guamiranga e do Jaboticabal, ambos previstos e anunciados em 2011 e que represariam as águas vindas do ABC.


O desassoreamento do rio Tietê e de córregos afluentes também não ficarão prontos a tempo das chuvas.


Segundo o jornal, alguns dos problemas responsáveis pelos atrasos seriam a falta de licenças ambientais, licitação e revisão de projeto.


A pouco mais de três meses do início da temporada de chuvas fortes, Alckmin deixa transparecer falta de controle com o do Estado e a conta tende a ficar com o povo paulista.

Fonte: Linha Direta - http://virou.gr/TvVUJO

Os trilhões de dólares escondidos em paraísos fiscais

Por Marco Antonio L.
Da Carta Maior

Paraísos fiscais, um porto seguro para multimilionários

Seis coisas que devemos saber sobre os 21 trilhões de dólares que as pessoas mais ricas do mundo escondem em paraísos fiscais. Ao mesmo tempo em que os governos cortam o gasto público e demitem os trabalhadores, em prol de uma maior "austeridade" obrigada pela desaceleração da economia, os super-ricos - menos de 10 milhões de pessoas - esconderam longe do alcance do arrecadador de impostos uma quantidade igual às economias japonesa e estadunidense juntas.
Sarah Jaffe - Alternet
“Vinte e um trilhões - com “t” - de dólares. Eis o que as pessoas mais ricas do mundo escondem em paraísos fiscais internacionais. Embora a quantidade real possa ser maior, chegando aos 32 trilhões, uma vez que, claro, é quase impossível conhecê-la com exatidão.
Ao mesmo tempo em que os governos cortam o gasto público e demitem os trabalhadores, em prol de uma maior "austeridade" obrigada pela desaceleração da economia, os super-ricos - menos de 10 milhões de pessoas - esconderam longe do alcance do arrecadador de impostos uma quantidade igual às economias japonesa e estadunidense juntas.

Os dados são de um novo relatório da Tax Justice Network (Rede para a justiça tributária) [1] cujas conclusões são impactantes. As receitas fiscais perdidas graças aos refúgios fiscais extraterritoriais – offshore -, afirma o relatório, "são suficientemente grandes como para marcar uma diferença significativa em todas nossas medidas convencionais da desigualdade. Dado que a maior parte da riqueza financeira desaparecida pertence a uma pequena elite, o efeito é assustador”.

James S. Henry, ex-economista chefe em McKinsey & Co, autor do livro The Blood Bankers (Os banqueiros ensanguentados) assim como de artigos em publicações como o The Nation e o The New York Times, procurou suas informações no Banco de Compensações Internacionais, no Fundo Monetário Internacional, no Banco Mundial, nas Nações Unidas, nos bancos centrais e analistas do setor privado, e descobriu os contornos da gigantesca reserva de dinheiro que flutua nesse lugar nebuloso conhecido como offshore. (E isso que só se ocupou do dinheiro em espécie: o relatório deixa de lado coisas como bens de raízes, iates, obras de arte e outras formas de riqueza que os super-ricos escondem, livres de impostos, nos paraísos fiscais extraterritoriais.)

Henry se refere a eles como um "buraco negro" na economia mundial e afirma que, "apesar de ter muito cuidado em ser cauteloso, por prudência, os resultados são assustadores."

Há uma grade quantidade de informação para analisar neste relatório, pelo que nos limitamos aqui a seis coisas que devemos saber sobre o dinheiro que os mais ricos do mundo escondem de nós.

1. Apresentamos-lhes o top 0,001%
 
"Segundo nossas estimativas, pelo menos um terço de toda a riqueza financeira privada, e quase a metade de toda a riqueza offshore, é agora propriedade das 91.000 pessoas mais ricas do mundo: só 0,001% da população mundial", diz o relatório. Esses 91.000 que formam o vértice da pirâmide têm cerca de 9,8 trilhões de dólares do total estimado neste estudo, e menos de dez milhões de pessoas detêm todo o volume de dinheiro em espécie.

Quem são essas pessoas? Sabemos que são os mais ricos, mas o que mais sabemos deles? O relatório menciona "especuladores imobiliários chineses e magnatas do software de Vale do Silício, com idades em torno de trinta anos", e em seguida estão aqueles cuja riqueza provém do petróleo e do tráfico de drogas. Não menciona, mas poderia, os candidatos presidenciais dos Estados Unidos. Por exemplo, Mitt Romney que recebeu fortes críticas por ter dinheiro guardado em uma conta bancária na Suíça e em investimentos nas Ilhas Cayman, segundo o site Politifact [2].

Os narcotraficantes têm necessidade, é claro, de ocultar seus lucros ilícitos, mas muitos dos outros super-ricos pretendem simplesmente evitar o pagamento de impostos, para o qual constroem complicadas redes de empresas e investimentos só para deduzir um pouco mais da fatura fiscal que pagam em seu país de origem. Tudo ajuda.

2. Onde está o dinheiro? É dificil saber

Offshore, segundo Henry, não é já um lugar físico, embora existam vários lugares, como Singapura e Suíça, que ainda se especializam em proporcionar "residências físicas seguras e fiscalmente interessantes" aos ricos do mundo.

Mas nestes tempos que correm, a riqueza offshore é virtual. Henry a descreve como algo nominal, hiperportátil, multijurisdicional, seguidamente lugar temporário de redes de entidades e acordos legais ou quase legais. Uma empresa pode estar situada em uma jurisdição, ser propriedade de um testa de ferro localizado em outro lugar e ser administrada por testas de ferro de um terceiro lugar. "Em última instancia, portanto, o termo offshore se refere a um conjunto de capacidades" e não tanto a um ou vários lugares.

Também é importante, afirma o relatório, distinguir entre os "paraísos intermediários" - lugares nos quais pensam a maioria das pessoas quando se fala de paraísos fiscais, como as Ilhas Cayman de Mitt Romney, as Bermudas ou a Suíça - e os "paraísos de destino", que incluem os EUA, o Reino Unido e inclusive a Alemanha. Esses destinos são desejáveis já que proporcionam "mercados de valores relativamente eficientes e regulados, bancos respaldados por grandes populações de contribuintes, e companhias de seguro. Além de códigos jurídicos desenvolvidos, advogados competentes, poder judicial independente e Estado de direito."

Assim, pois, os mesmos que escapam do pagamento de impostos distribuindo seu dinheiro por diferentes lugares, se aproveitam dos serviços financiados pelos contribuintes para fazê-lo. E nos EUA, alguns estados começaram, desde a década de 1990, a oferecer entidades jurídicas a baixo custo "cujos níveis de confidencialidade, proteção frente aos credores e vantagens fiscais rivalizam com os dos tradicionais paraísos fiscais secretos do mundo." Adicione a isso a porcentagem cada vez menor dos impostos que os ricos e as empresas estadunidenses pagam e verão que estamos começando a ter um aspecto muito atrativo para aqueles que tratam de camuflar seu dinheiro.

3. Grandes brancos resgatados dirigem esse negócio

Mas quem facilita esse processo? Alguns nomes familiares saem rapidamente à superfície quando se vasculha os dados: Goldman Sachs, UBS e Credit Suisse são os três primeiros, e o Bank of America, Wells Fargo e JP Morgan Chase estão no Top 10. Segundo afirma o relatório, "Agora podemos acrescentar algo a mais a sua lista de distinções: são os atores principais dos refúgios fiscais de todo o mundo e ferramentas chave do injusto sistema tributário global”.

No final de 2010, os maiores 50 bancos privados administravam cerca de 12,1 trilhões de dólares em "ativos trans fronteiriços" investidos por seus clientes. É mais do que o dobro da cifra de 2005, e representa taxa média de crescimento anual superior a 16%.

"Desde bancos a empresas contábeis e advogados corporativos, algumas das maiores empresas do mundo são parte da trama de evasão fiscal global", escreve no The Guardian a investigadora financeira (e ex-trader de Goldman Sachs) Lydia Prieg. "Essas empresas não são pessoas jurídicas as quais possamos chamar a atenção para que paguem sua parte justa; sua razão de ser consiste em maximizar seus lucros e os de seus clientes."

"Até finais da década de 2000", afirma Henry, "a sabedoria convencional entre os capitalistas evasores era: 'O que existe de mais seguro que os bancos suíços, estadunidenses ou britânicos etiquetados como grandes demais para falir? '” Sem os resgates que acompanharam a crise financeira de 2008 – acrescenta - muitos dos bancos que estão escondendo dinheiro em espécie para os ultrarricos já não existiriam. "Dar por certo o apoio dos governos é precisamente a razão principal pela qual os super-ricos fazem seus negócios com os bancos de maior tamanho."

4. A desigualdade é pior do que acreditamos
 
Com toda esta riqueza oculta em todo o mundo, impossível de contar e de tributar – afirma a Tax Justice Network -, não resta dúvida de que estamos subestimando a desigualdade de ingressos e riqueza realmente existente. Stewart Lansley, autor de The Cost of Inequality (O custo da desigualdade), assegurou a Heather Stewart, do The Guardian: "Não há absolutamente nenhuma dúvida de que as estatísticas sobre a renda e a riqueza dos de cima diminuem a magnitude do problema".

Ao calcular o coeficiente GINI, que mede a desigualdade em uma sociedade, disse, "Não se recolhem os dados dos multimilionários, e inclusive quando se faz, não é adequadamente".

Esse é um assunto tão importante que a Tax Justice Network incluiu um segundo relatório, ao mesmo tempo em que o de Henry, titulado "Inequality: You don't know the half of it" [3] (Desigualdade: você não conhece nem a metade). O estudo detalha todos os problemas da forma em que agora calculamos a desigualdade; seguidamente parecem ser, em essência, que não temos uma medida exata da verdadeira riqueza dos super-ricos. Os dados sobre ingressos fiscais estão disponíveis, mas se na realidade há trilhões escondidos por todo o mundo nos paraísos fiscais, como calcular os ingressos reais dos mais ricos do mundo?

A desigualdade disparou em todo o mundo, segundo os cálculos frequentemente utilizados. Se o 1% superior da população dos EUA não só é dono de 35,6% da riqueza, por exemplo, mas que também tem um volume de dinheiro muito maior escondido em algum lugar, que significado tem isto para nós? 

Não esqueçamos, afirma o relatório, que "a desigualdade é uma opção política. Ou seja, nós decidimos o que fazer como sociedade baseando-nos no montante de desigualdade que consideramos tolerável ou justo. Se esse montante é muito maior do que pensamos, de que forma desvaloriza nossas prioridades? Muitos estadunidenses já estão mal informados acerca de seu nível de desigualdade, mas este estudo confirma que inclusive os supostos especialistas estão subestimando em muito o problema”.

5. Os países "endividados" não devem, na realidade nada
 
O relatório de Henry destaca um subgrupo de 139 países, de ingressos baixos ou médios, e destaca que, segundo a maioria dos cálculos, os ditos 139 países tinham, em conjunto, dívida superior a quatro trilhões de dólares no final de 2010. Mas ao se tomar em conta todo o dinheiro que se acumula offshore, os países, na verdade, teriam uma dívida negativa de 10 trilhões de dólares, ou como Henry escreve:

"Uma vez tomados em consideração esses ativos ocultos e os ingressos que geram, muitos antigos países "devedores" seriam, de fato, países ricos. Mas o problema é que sua riqueza está depositada offshore, em mãos de suas próprias elites e seus banqueiros privados”.

Henry afirma também que os países em desenvolvimento em seu conjunto terminam sendo credores do mundo desenvolvido, em lugar de devedores, e o foram durante mais de uma década. "Isso significa que se trata realmente de um problema de justiça tributária, não simplesmente de ‘dívida’”.

Mas essas dívidas, como afirmamos, recaem nos ombros dos trabalhadores desses países, que não podem desfrutar das vantagens dos sofisticados paraísos fiscais.

E isso, é claro, não é só um problema do mundo em desenvolvimento. Hoje em dia, afirma Henry, o mundo desenvolvido tem sua própria crise da dívida (vejam-se os problemas atuais da zona do euro). O economista francês Thomas Piketty afirma, "a riqueza depositada em paraísos fiscais é provavelmente de um montante suficiente para converter a Europa em um credor muito grande com respeito ao resto do mundo”.

6. Quanto estamos perdendo?

Aqui está o centro da questão, não? É impossível saber a exatamente, é claro, devido a que as cifras são só estimativas, mas Henry calcula que se esses 21 trilhões de dólares não declarados obtivessem taxa de rendimento de 3% e os ingressos se gravaram em 30%, por si só gerariam receitas fiscais de cerca de 190 bilhões de dólares. Se a quantidade total de dinheiro colocada em paraísos fiscais fosse próxima à estimativa mais alta, ou seja, 32 trilhões de dólares, se obteriam cerca de 280 bilhões, o que é aproximadamente o dobro do montante que os países da OCDE gastam em ajuda ao desenvolvimento. Em outras palavras, uma enorme quantidade de dinheiro. E isso levando em conta que um rendimento de 3% é um cálculo muito prudente.

Estamos falando unicamente de impostos sobre a renda: os impostos sobre os lucros, impostos à herança e outros renderiam ainda mais.

Por isso Henry afirma que, no final das contas, poderíamos tomar este assunto como uma boa notícia. "O mundo acaba de localizar uma quantidade enorme de riqueza financeira que poderia ser utilizada para contribuir à solução dos problemas mundiais mais urgentes". "Temos a oportunidade de pensar não só acerca de como prevenir alguns dos abusos que conduziram a esta situação, mas também de pensar na melhor maneira de fazer uso dos ingressos atualmente não tributáveis que gera."

NOTAS


[1] James S. Henry, The Price of Offshore Revisited , 2012[2]http://www.politifact.com/truth-ou-meter/statements/2012/jul/17/barack-obama/obama-ad-says-romney-stashed-money-caymam-islands/
[3]http://taxjustice.blogspot.be/2012/07/inequality-you-dont-know-half-of-it.html
FONTE: escrito por Sarah Jaffe, jornalista. Artigo publicado originalmente em “Alternet”. Tradução de Libório Júnior a partir da versão em espanhol publicada em “Bitácora” (Uruguai). Transcrito no site “Carta Maior” (http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=20782).

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Primeiro edital do Inova Petro está previsto para setembro

Durante o lançamento do Inova Petro, nessa segunda-feira (13), o presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCTI), Glauco Arbix, previu, para setembro próximo, a publicação do primeiro edital de seleção de empresas interessadas em participar do programa, resultado de parceria da Finep com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), cujo objetivo é desenvolver a cadeia de fornecedores da indústria de petróleo e gás e ampliar o conteúdo nacional dos produtos desse segmento industrial.

Presente ao lançamento do programa, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, comentou a iniciativa. “O Inova Petro é uma ação que visa aprimorar o conhecimento tecnológico em um segmento onde temos vocação natural para liderança”, apontou o ministro.

Com recursos iniciais de R$ 3 bilhões, o Inova Petro tem duração prevista até 2016, oferecendo recursos para o desenvolvimento de tecnologias relacionadas às seguintes linhas temáticas: processamento de superfície – tecnologias aplicáveis no processamento que acontece em plataformas e embarcações; Instalações submarinas – tecnologias aplicáveis aos diversos equipamentos e dutos que ficam abaixo da lâmina d’água; Instalações de poços – tecnologias aplicáveis ao poço no fundo do mar.

Arbix aproveitou a oportunidade para destacar o diferencial da iniciativa: “O programa, que conta com todo o suporte técnico da Petrobras, representa a primeira vez que a Finep vai combinar diferentes instrumentos de financiamento, como o crédito, subvenção econômica e cooperativa entre Instituições Científicas Tecnológicas (ICTs) e empresas.” Caberá ao BNDES aplicar seus recursos nas formas de crédito, participação acionária e Fundo tecnológico do BNDES (Funtec).

Além de Raupp, participaram da solenidade, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel, a presidente da Petrobras, Graça Foster, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do estado do Rio de Janeiro, Julio Bueno e o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Mauro Borges Lemos, dentre outras autoridades. Na ocasião, também foi assinado um memorando de entendimentos que estabelece a ação conjunta do MDIC, Petrobras e ABDI para desenvolvimento de Arranjos Produtivos Locais (APLs).

Na avaliação de Graça Foster, o programa contribuirá efetivamente para o aumento do índice de conteúdo local, hoje uma questão central para a Petrobras. “Hoje, nossa média de conteúdo local chega perto de 65%. Em refinarias, é próximo a 92%, e em gás e energia chega com folga a 90%”, afirmou.

Processo de seleção

Poderão participar do processo de seleção do Inova Petro empresas brasileiras e/ou grupos econômicos brasileiros com Receita Operacional Bruta (ROB) superior a R$ 16 milhões, individualmente ou em associação. Projetos de empresas com ROB inferior a esse limite são elegíveis somente se desenvolvidos em conjunto com outra empresa e/ou grupo econômico com ROB superior a este valor.

No caso de associação entre empresa proponente de capital de controle nacional com outra empresa estrangeira e/ou controlada por matriz no exterior, poderá ser concedido o apoio a projetos que impliquem em efetiva transferência e absorção de competências e tecnologias pela primeira. 

Fonte: Finep - http://virou.gr/Ppc1rF

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Haddad propõe evitar adensamento desequilibrado em bairros de São Paulo

O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, esteve neste domingo (26) na feira da Vila Madalena, e ouviu reivindicações de moradores, preocupados com a verticalização do bairro. O petista defendeu o projeto do Arco do Futuro como meio de equilibrar o desenvolvimento da capital e evitar a concentração de novos empreendimentos em alguns bairros de São Paulo. O Arco do Futuro é um conjunto de avenidas que circundam a cidade e irão servir de base para planejar a ocupação, oferta de moradias, serviços públicos e empregos. Bairros adensados como a Vila Madalena terão reduzida a pressão por novos empreendimentos.

“Precisamos estabelecer regras claras para definir um equilíbrio de desenvolvimento dos bairro. A cidade tem uma dinâmica de evolução urbana que concentra 50 ou 60% do emprego em cinco regiões. Vamos mudar isso com o Arco do Futuro”, afirmou o ex-ministro da Educação. “A cidade está exigindo providências de curto, médio e longo prazo. Ninguém suporta mais em São Paulo a falta de planejamento urbano.”


Nesta segunda-feira, Haddad participa de ciclo de debates promovido pelo Secovi, Sinduscon e Instituto de Engenharia, quando apresenta a empresários do setor de construção civil o projeto do Arco do Futuro.


Na feira deste domingo, acompanhado da vice, Nádia Campeão, da esposa, Ana Estella Haddad, do senador Eduardo Suplicy e de militantes do PT e da coligação Para Renovar e Mudar São Paulo, Haddad conversou com eleitores e visitou barracas da feira, como a do Museu da Pessoa, projeto de memória que permite a qualquer pessoa compartilhar sua história. Também comprou uma pulseira para a esposa, e uma caneca.


Haddad – Fernando Haddad, 49 anos, é ex-ministro da Educação, cargo que ocupou por seis anos e meio, nos governos Lula e Dilma. Ocupou as funções de secretário-executivo no Ministério do Planejamento, no governo Lula, e de chefe de gabinete da secretaria municipal de Finanças, na gestão Marta Suplicy. Haddad é graduado em Direito, com mestrado em Economia e doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo. É professor licenciado da instituição. O petista é casado com Ana Estela e pai de dois filhos.


Acesse o site www.pensenovotv.com.br e acompanhe a candidatura de Fernando Haddad. Para fotos acesse www.flickr.com/fernandohaddad13.

Link: Linha Direta - http://virou.gr/Tk5I9S

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

São Paulo: falha em trem paralisa linhas do metrô em horário de pico


São Paulo – O metrô da capital paulista parou no início da noite de ontem (23) devido a uma falha na tração de um trem na estação da Luz, na Linha 1 Azul, que liga a cidade de norte a sul. Por conta desse problema, a operação foi prejudicada em outras duas linhas: 2 Verde e 3 Vermelha, a mais movimentada do sistema, que corta o município de leste a oeste.
“O Metrô informa que um trem que seguia no sentido da estação Tucuruvi, na Linha 1 Azul, apresentou falha no sistema de tração às 17h40, quando estava na Estação Luz”, diz a nota oficial da Companhia do Metropolitano, ligada ao governo do estado, responsável pela administração do metrô.
“Eventualmente, para garantir a segurança dos usuários, as estações podem restringir o número de bloqueios (catracas) para a entrada. Os usuários estão sendo informados pelo sistema de som das estações e trens. Não existia previsão de normalização.” De acordo com o metrô, as linhas 4 Amarela e 5 Lilás operavam normalmente. 
Fonte: Rede Brasil Atual - http://virou.gr/NOZcqe

Coordenadora admite que governo Alckmin não tem projeto para ensino médio noturno

São Paulo – A Secretaria de Educação de São Paulo não tem políticas para melhorar a qualidade do ensino médio noturno. O foco dos programas implantados pelo órgão, ao contrário, é ampliar o tempo de permanência na escola e aumentar a nota nas avaliações oficiais apenas das turmas que estudam durante a manhã e a tarde.

“O foco da nossa política pública está em expandir o ensino integral diurno e diminuir as turmas da noite”, afirmou a coordenadora do programa "Educação: Compromisso SP", Valéria Souza. “O noturno é um resumo do diurno e queremos reduzir a oferta nesse período”.  A declaração foi feita durante o seminário “Ensino Médio em São Paulo: políticas e experiências em debate”, promovido pela organização não governamental Ação Educativa. Valéria Souza é responsável pelo programa que reúne todas as políticas públicas do estado para a área. 
Quem tomou a palavra depois da colocação foi a professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, Maria Clara Dipiero, especialista em ensino noturno e em Educação de Jovens e Adultos, que assistia ao evento da platéia: “Então o estado não tem uma política para melhorar a qualidade da educação no período noturno?”. A resposta veio em seguida: “Não. Não é nosso foco”.

“Eles [integrantes da Secretaria de Educação] afirmam que ampliando a oferta e a qualidade durante o dia você diminui as turmas da noite, mas isso não é verdade, porque muitos alunos do noturno não estão lá não porque conseguiram vagas, mas porque precisam trabalhar”, afirmou Maria Clara, em entrevista após o debate.

Para a especialista, a decisão do governo privilegia as famílias com maior poder aquisitivo. “É uma postura típica da classe média, que pressupõe que o menino não vai trabalhar enquanto estuda, mas que não enxerga o trabalho também como algo formativo. É por meio dele, inclusive, que os jovens mais pobres conseguem acessar e usufruir da vida cultural da cidade”, afirma. “Isso não faz sentido: são exatamente os mais pobres, os que precisam trabalhar, que ficam com o pior ensino e não recebem atenção do Estado”, conclui a professora.

Fonte: Rede Brasil Atual - http://virou.gr/Rj7cUd

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

São Paulo não quer mais prefeito de meio mandato e nem de meio expediente"

A frase do título acima, do nosso candidato a prefeito de São Paulo este ano, Fernando Haddad (PT-PCdoB-PSB-PP) em seu primeiro programa no horário gratuito de rádio e TV da campanha eleitoral ,reflete muito bem o sentimento da cidade em relação a seus dois últimos prefeitos.

O de meio mandato é o candidato tucano José Serra que das quatro vezes em que disputou a Prefeitura, na única em que ganhou (em 2004) renunciou antes de chegar à metade do mandato; o de meio expediente é o atual prefeito, Gilberto Kassab (ex-DEM-PSDB), que dedicou a maior parte do seu tempo no ano passado e neste à refundação do PSD.


Por isso, neste primeiro programa, depois de falar sobre seus projetos de governo, do propósito de diminuir o tempo que o paulistano perde no trânsito, na fila dos hospitais e para conseguir uma vaga nas creches, Haddad sintetizou o que foi a administração de São Paulo em 1,5 ano com José Serra e nos seis últimos anos com Kassab.


José Serra se queixa de cobranças


"A prefeitura não acompanhou o ritmo do Brasil não quis e não soube trabalhar com o governo federal e não soube trabalhar com o seu povo. A mudança não virá pelas mãos daqueles que governam a cidade há tanto tempo", assinalou Haddad.


Já José Serra, cobrado pelos adversários por ter abandonado a prefeitura em 2006 criticou ontem o que considera excessivo número de em que é criticado por aquela renúncia. E, no seu 1º programa de TV citou o prefeito Kassab (o que era raro até agora) um dos seus principais aliados.


Nessa estreia do horário gratuito apareceu abraçado a Kassab e citou seu nome por duas vezes durante a propaganda. Isto na TV. Já em sua propaganda veiculada no rádio, o prefeito não foi citado nenhuma vez. Aliás, nem por ele e nem mesmo pelos candidatos a vereador de seu partido, o PSD. É duro ter a adminstração desaprovada por cerca de 80% dos moradores da cidade, caso de Kassab.


Não adianta brigar com a realidade


Assim, consequência natural, não adianta José se queixar do número de vezes em que é cobrado por ter renunciado à prefeitura de São Paulo antes de completar a metade do mandato, e nem o prefeito Kassab se constranger por estar abandonado na disputa, apesar de ser o maior apoiador do candidato tucano.


José não cumpre mesmo integralmente mandato para o qual se elege. Elegeu-se senador em 1994 e quem cumpriu seu mandato foi o suplente Pedro Piva (PSDB-SP), porque ele preferiu ficar os oito anos como ministro do Planejamento e da Saúde do governo FHC; ganhou a Prefeitura em 2004 e a abandonou um ano e quatro meses depois; e governador (2006-2010) largou o posto oito meses antes do término do mandato para ser candiato a presidente da República.


Kassab também não tem como evitar as críticas por ter trocado a administração de São Paulo pela refundação do PSD (o partido já existiu duas vezes antes) no ano passado e neste. É um fato concreto, inegável.

Fonte: Linha Direta - http://virou.gr/SsRgAl

Caixa dois eleitoral e o financiamento público de campanha

Meu ponto de vista é que o mensalão não foi apenas caixa 2 para campanhas eleitorais nem apenas um esquema de desvio de recursos públicos. Foi uma combinação de ambos, como sempre acontece em sistemas eleitorais que permitem  ao poder econômico privatizar o poder político com contribuições eleitorais privadas.
Um julgamento justo será aquele capaz de distinguir uma coisa da outra, uma acusação da outra, um réu do outro.
Quem combate o financiamento público de campanha não quer garantir a liberdade de expressão financeira dos eleitores, como, acredite, alguns pensadores do Estado mínimo argumentam por aí e nem  sempre ficam ruborizados.
Quer, sim, garantir a colonização do Estado pelo poder econômico, impedindo que um governo seja produto da equação 1 homem = 1 voto.
É aqui o centro da questão.
Tesoureiros políticos arrecadam para seus candidatos, empresários fazem contribuições clandestinas e executivos que tem posições de mando em empresas do Estado ajudam no desvio. Operadores organizam a arrecadação eleitoral e contam com portas abertas para tocar negócios privados. Fica tudo em família – quando são pessoas com o mesmo sobrenome.
Foi assim no mensalão tucano, também, com o mesmo Marcos Valério, as mesmas agências de publicidade e o mesmo Visanet. Um  publicitário paulista  garante pelos filhos que em 2003 participava de reuniões com Marcos Valério para fazer acertos com tucanos e petistas. Era tudo igual, no mesmo endereço,  duas fases do mesmo espetáculo.
Só não houve  igualdade na hora de investigar e julgar. Por decisão do mesmo tribunal, acusados pelos mesmos crimes, os mesmos personagens receberam tratamentos diferentes quando vestiam a camisa tucana e quando vestiam a camisa petista. É tão absurdo que deveriam dizer, em voz baixa: “Sou ou não sou?” Ou: “Que rei sou eu?”
Mesmo o mensalão do DEM, que, sob certos aspectos, envolveu momentos  de muito mau gosto, foi desmembrado.
Diante da hipocrisia absoluta da legislação eleitoral, sua contrapartida necessária é o discurso moralista, indispensável para dar uma satisfação ao cidadão comum. Os escândalos geram um sentimento de revolta e inconformismo, estimulando  o coro de “pega ladrão!”, estimulado para “dar uma satisfação à sociedade” ou para “dar um basta na impunidade!” Bonito e inócuo. Perverso, também.
Até porque é feito sempre de forma seletiva, controlada, por quem tem o poder de escolher os inimigos, uma força que está muito acima de onze juízes. Estes são, acima de tudo, pressionados a andar na linha…
Em 1964, o mais duradouro golpe contra a democracia brasileira em sua história, teve como um dos motes ilusórios a eliminação da corrupção. O outro era eliminar a subversão, como nós sabemos. Isso demonstra não só que a corrupção é antiga mas que a manipulação da denúncia e do escândalo também é. Também lembra que está sempre associada a uma motivação política.
Entre aqueles que se tornaram campeões da moralidade de 64, um número considerável de parlamentares recebeu, um ano e meio antes do golpe,  cinco milhões de dólares da CIA para tentar emparedar João Goulart no Congresso. Depois do 31 de março essa turma é que deu posse a Ranieri Mazzilli, alegando que Jango abandonara a presidência embora ele nunca tenha pedido  a renúncia.
Seis anos depois do golpe, o deputado Rubens Paiva, que liderou a CPI que apurou a distribuição de verbas da CIA e foi cassado logo nos primeiros dias, foi sequestrado e executado por militares que diziam combater a subversão e a corrupção.  Não informam sequer o que aconteceu com seu corpo. Está desaparecido e ninguém sabe quem deu a ordem nem quem executou.  Segredo dos que combatiam a subversão e a corrupção, você entende.
O alvo era outro. A democracia, a sempre insuportável equação de 1 homem = 1 voto.
Eu acho curioso que a oposição e grande parte da imprensa – nem sempre elas se distinguem, vamos combinar,  e recentemente uma executiva dos jornais disse que eram de fato a mesma coisa – tenham assumido a perspectiva de associar,  quatro décadas depois, a corrupção com aquelas forças e aquelas ideias que, em 64, se chamavam de subversão.
A coisa pretende ser refinada, embora pratique-se uma antropologia de segunda mão, uma grosseria impar. Não faltam intelectuais  para associar Estado forte a maior corrupção, proteção social a paternalismo e distribuição de renda à troca de favores. Ou seja: a simples ideia de bem-estar social, conforme essa visão, já é um meio caminho da corrupção.
Bolsa-Família, claro, é compra de votos. Como o mensalão, ainda que nenhuma das 300 testemunhas ouvidas no inquérito tenha confirmado isso e o próprio calendário das votações desminta uma conexão entre uma coisa e outra. Roberto Jefferson disse, na Policia Federal, que o mensalão era uma “criação mental” mas a denúncia reafirma que a distribuição de recursos era compra de consciência, era corrupção – você já viu aonde essa turma pretende chegar.
A corrupção dos subversivos é intolerável enquanto a dos amigos de sempre vai para debaixo do tapete.
Desse ponto de vista, eu acho mesmo que o julgamento tem um sentido histórico. Não por ser inédito, mas por ser repetitivo, por representar uma nova tentativa de ajuste de contas. Não é uma farsa, como lembrou Bob Fernandes num comentário que você deve procurar na internet.
A farsa é o contexto.
Veja quantas iniciativas já ocorreram. O desmembramento, que só foi oferecido aos tucanos. O fatiamento, que nunca havia ocorrido num processo penal e que apanhou o revisor de surpresa.
Agora que a mudança de regras garantiu que Cezar Peluso possa votar pelo menos em algumas fases do processo (“é melhor do que nada”, diz o procurador geral) já se coloca uma outra questão: o que acontece se o plenário, reduzido a dez, votar em empate? Valerá a regra histórica, que eu aprendi com uns oito anos de idade, pela qual em dúvida os réus se beneficiam? Ou o presidente Ayres Britto irá votar duas vezes?
E, se, mesmo assim, houver uma minoria de quatro votos, o que acontece? Vai-se aceitar a ideia de que é possível tentar um recurso?
Ali, no arquivo das possibilidades eventuais, surgiu uma conversa do ministro Toffoli, às 2 e meia da manhã, numa festa em Brasília. Já tem sido usada para dar liçãozinha de moral no ministro. No vale-tudo, servirá  para criar constrangimento.
Enquanto isso, os visitantes que chegam a Praça dos Três Poderes demonstram mais interesse em tirar foto turística para o facebook do que em seguir os debates, como revelou reportagem de O Globo. Calma. O julgamento não vai ser tão rápido como se gostaria. Com a cobertura diária no horário nobre, manchetes frequentes, é possível mudar isso…
Minha mãe ria muito de uma vizinha, que dias antes do 31 de março de 64 foi às ruas de São Paulo protestar a favor de Deus, da Família, contra a corrupção e a subversão. Quando essa vizinha descobriu, era um pouco tarde demais e a filha dela já tinha virado base de apoio da guerrilha do PC do B. O diplomata e historiador Muniz Bandeira conta  que a CIA trouxe até padre americano para ajudar na organização daqueles protestos.
A  marcha de 64 foi um sucesso, escreveu o embaixador norte-americano Lincoln Gordon, num despacho enviado a seus chefes em Washington, já envolvidos no apoio e nos preparativos do golpe. Mas era uma pena, reparou Gordon, que havia poucos trabalhadores e homens  do povo.

Fonte: Luis Nassif Online - http://virou.gr/Q4dxnb

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Dep. Carlos Zarattini participa de Seminário sobre Defesa e Segurança promovido pela Fundação Friederich Ebert em Bogotá

Dep. Carlos Zarattini participa de Seminário sobre Defesa e Segurança promovido pela Fundação Friederich Ebert em Bogotá, Colômbia. Participam do evento parlamentares de 13 países. Ao seu lado o Dep. Alessandro Molon do PT-RJ. 


População cobra da Prefeitura compra da área para a Unifesp

Com duras críticas dirigidas ao prefeito Gilberto Kassab, que prometeu adquirir a área para instalação do campus da Universidade Federal (Unifesp) na Zona Leste, foi realizado no último sábado, dia 18 de agosto, o 4º Abraço Simbólico. Convocado pelo Movimento em Prol da Unifesp Leste, cerca de 1.000 pessoas participaram do ato em frente do terreno da antiga metalúrgica Gazzara, na Avenida Jacú Pêssego, em Itaquera. Após diversas manifestações públicas, a Prefeitura declarou em 2010 a área de utilidade pública, mas até o momento o local não foi desapropriado.

A expectativa era pelo anúncio do depósito do valor da área, mas os participantes do evento saíram frustrados. Integrado por comunidades religiosas, entidades da sociedade civil, parlamentares e pela população em geral, o Movimento em Prol da Unifesp Leste cobra da Prefeitura a promessa de compra.


Para a vereadora Juliana Cardoso, presidente da Frente Parlamentar da Câmara Municipal pela Unifesp Leste, o momento é de pressão. “Não existe desculpa pela demora. A Prefeitura tem orçamento geral de R$ 39 bilhões e não há justificativa de falta de recursos, pois a Justiça aceitou o valor de R$ 69 milhões como depósito pela área”, afirmou.


O deputado Estadual Adriano Diogo não poupou críticas. “Sempre que há movimentos para transformar a realidade, para democratizar o saber como uma universidade na periferia, as elites do País exercerem uma resistência enorme”, comentou. “É como se o saber seja um tesouro que não pode ser acessado pelas classes populares”.


COBRANÇA POR TELEFONE – O terreno de 175 mil m² foi escolhido para receber o novo campus federal. A metalúrgica entrou em falência na metade dos anos 90 e suas instalações entraram em leilão. A Unifesp sinalizou que o terreno é apropriado e a Prefeitura declarou a área de utilidade pública. No entanto, um ano depois, o Ministério Público (MP) interrompeu o processo de desapropriação.

O MP descobriu que o imóvel foi arrematado por uma empresa privada num leilão público por R$ 15,4 milhões, mas a Prefeitura planejava pagar R$ 62,1 milhões pela desapropriação. Em maio deste ano, porém, a Justiça autorizou a Prefeitura a assumir a posse do terreno por R$ 69,9 milhões.

O Movimento pela Unifesp Leste nasceu há quatro anos e tem como coordenador geral o líder religioso Antônio Luiz Marchioni, Padre Ticão da Paróquia São Francisco de Assis, de Ermelino Matarazzo. Ao longo dos últimos anos foram realizadas grandes reuniões públicas. Ao final do ato, Padre Ticão conclamou todos a telefonarem para o gabinete do prefeito para comprar a área.


Apesar de convidado o prefeito Kassab não compareceu e nenhum representante da administração municipal participou do ato. Durante a leitura de carta encaminhada pelo prefeito com a alegação de que “é necessário resolver equação financeira” para adquirir a área, a reação dos participantes foi de decepção e frustação. 

Fonte: Linha Direta - http://virou.gr/P0rB0T

Brasil Carinhoso atende 8,6 milhões de pessoas em dois meses

Em dois meses de atividade, o Programa Brasil Carinhoso, que faz parte do Plano Brasil Sem Miséria, já retirou mais de 8,6 milhões de brasileiros da situação de extrema pobreza. Os dados foram divulgados nessa terça-feira (21/08) e são os primeiros resultados do programa.

Segundo as informações, os resultados foram alcançados devido ao pagamento da complementação do Bolsa Família, que é concedido para cerca de 2 milhões de famílias com filhos até 6 anos com renda per capita inferior a R$ 70 mensais.


O Nordeste foi a região com maior número de pessoas beneficiadas pela ação. Cerca de 5 milhões de pessoas da extrema pobreza (58,1% de todos os atendidos no país estão na região).


Segundo o secretário nacional de Renda de Cidadania do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Luís Henrique Paiva, o resultado foi considerado recorde. “Tivemos um impacto brutal de redução da extrema pobreza, em um tempo muito curto”, avalia. “Essa foi uma opção de governo. Se havia uma chance de tentar erradicar a extrema pobreza no curtíssimo prazo, por meio de transferência de renda, a prioridade deveria ser dada a essas famílias e foi dada”.


Segundo o secretário, não há nenhuma faixa etária em que a extrema pobreza tenha efeitos tão duradouros quanto a primeira infância, que é uma fase de desenvolvimento físico, psíquico e emocional. “Se a criança está em um universo de extrema pobreza, ela não tem acesso à alimentação adequada e aos estímulos adequados para se desenvolver.”


Números regionais


Dos 5 milhões de pessoas que saíram da extrema pobreza no Nordeste, os baianos e os maranhenses foram os mais beneficiados. Na Bahia, mais de 1,2 milhão de pessoas passaram a ter renda mensal superior a R$ 70 e no Maranhão o número ultrapassou 877 mil.


O Sudeste foi a segunda região com mais pessoas retiradas da extrema pobreza. Foram cerca de 1,5 milhão de pessoas, o que corresponde a 57% dos que estavam nessa situação de acordo com o Censo Populacional de 2010. No Rio de Janeiro, as 425,8 mil pessoas retiradas da miséria por meio da complementação do Bolsa Família representam 72,5% dos extremamente pobres no estado. Foi o melhor índice nacional.


Minas Gerais foi o estado com maior número absoluto de pessoas atendidas no Sudeste: 546,1 mil. Em julho, o investimento do Brasil Carinhoso no estado foi de R$ 11,2 milhões.


Na Região Sul, o destaque é o Rio Grande do Sul, que teve 213,6 mil pessoas atendidas pela ação. Na Região Centro-Oeste, 55,4% dos extremamente pobres saíram dessa condição por conta do programa.


O secretário Luís Henrique Paiva lembra que a pobreza no Brasil, em termos quantitativos, se concentra no Nordeste. Proporcionalmente, há forte concentração também na Região Norte. “Nas duas regiões, a pobreza tem caído mais do que em todas as outras, mas ainda existe essa concentração”, assinala.


Brasil Carinhoso


O programa Brasil Carinhoso tem como objetivo retirar da miséria todas as famílias com filhos entre 0 e 6 anos. A ação, que integra o Plano Brasil Sem Miséria, reforça a transferência de renda e fortalece a educação, com aumento de vagas nas creches e cuidados adicionais na saúde, incluindo a suplementação de vitamina A, ferro e medicação gratuita contra asma.


Fonte: Linha Direta - http://virou.gr/OSskeZ 

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Serra tem o desafio de evitar o vexame de não ir ao 2o turno

A nova pesquisa Datafolha consolida Celso Russomanno (PRB) como a grande novidade da fase pré-televisiva da campanha municipal de São Paulo. Em movimento ascendente desde o final do ano passado, o ex-azarão aparece pela primeira vez à frente do ex-favorito José Serra (PSDB): 31% a 27%.
Como a margem de erro da pesquisa é de três pontos –para o alto ou para baixo— o quadro ainda é de empate técnico. Mas até as curvas do Datafolha desfavorecem Serra: caiu três pontos desde a última sondagem, realizada nos dias 19 e 20 de julho. Russomanno avançou cinco casas no mesmo período.
Serra passou a conviver com um desafio novo. Precisa provar-se capaz de sobreviver ao primeiro round da disputa. Sua prioridade agora é evitar o fiasco experimentado por Geraldo Alckmin na disputa municipal de 2008. Naquele ano, Alckmin deslizou da liderança nas pesquisas para a derrota no primeiro turno. Passaram à segunda fase Gilberto Kassab (então no DEM) e Marta Suplicy (PT).
Pela lógica, Russomanno deve cair e Fernando Haddad (PT), hoje com irrisórios 8%, tende a subir. Nessa hipótese, bastaria a Serra manter o desempenho atual para escorregar à segunda fase. A história mostra, porém, que o eleitorado de São Paulo, por ilógico, é dado a surpresas. Recorde-se, a propósito, os triunfos de Luíza Erundina e de Jânio Quadros.
Nesta terça (21), o jogo entra em sua fase decisiva. Nos próximos 45 dias vai ao ar a propaganda dos candidatos no rádio e na tevê. É nessa temporada que o eleitor acorda para a disputa travada à sua volta. Contra Russomanno pesa o fato de que dispõe de vitrine eletrônica miúda: 2min11s. É pouco, muito pouco, quase nada perto do tempo de exposição de Serra e Haddad –7min39s cada um.
Conhecido por 64% do eleitorado e rejeitado por 15%, Haddad deve tomar o elevador no instante em que o marketing do seu comitê começar trombetear na tevê seus vínculos com Lula. Mal comparando, o candidato do PT atravessa situação análoga à de Dilma Rousseff, que também chegou ao horário eleitoral de 2010 atrás de Serra nas pesquisas.
Diferentemente do antagonista do PT, Serra e Russomanno são ultramanjados. O primeiro ostenta taxa de conhecimento de 98%. O segundo, 94%. A dupla diferencia-se na taxa de rejeição. Para desassossego do tucanato, 37% do eleitorado paulistano declara que jamais votaria em Serra. A inquietude aumenta quando se verifica que Russomanno é rejeitado por apenas 12% dos eleitores.
Dando-se de barato que Haddad vai subir, interessa saber se vai roubar votos de Serra ou de Russomanno. Analisada em seus meandros, a pesquisa Datafolha indica que o candidato do PRB corre mais riscos do que o contendor do PSDB. O problema é que, como já mencionado, o eleitor nem sempre guia-se pela lógica. E o eleitor de São Paulo já deu mostras de que não é avesso à ilógica.
Um detalhe potencializa os riscos de Serra. O candidato tucano está indissociavelmente vinculado à administração do seu apoiador Gilberto Kassab. O marketing do comitê tucano terá de operar a mágica de vender Serra como continuador da gestão de um prefeito que inspira em boa parte do eleitorado os mais primitivos instintos de mudança.

Fonte: Uol - http://virou.gr/MJXVnn

Fernando Haddad terá agendas de campanha com Lula nesta semana

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve participar nesta semana de atividades da campanha de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo. Haddad terá jantares com as comunidades judaica, na quarta-feira, e árabe, na sexta-feira, e Lula irá acompanha-lo durante as agendas. O candidato petista confirmou os encontros nesta segunda-feira (20), após participar de reunião no Instituto Lula, em que foram discutidos os cenários eleitorais em São Paulo, outras capitais e cidades do Brasil.

Na quarta-feira, Haddad e Lula têm encontro com representantes da Federação Israelita do Estado de São Paulo, e na sexta-feira o evento é promovido pela Federação das Associações Muçulmanas do Brasil.


Segundo Haddad, o quadro apresentado na reunião é muito animador para o PT. “Há uma expectativa de crescimento do número de cidades e também do número de candidatos eleitos”, disse. Participaram do encontro os presidentes do partido nos âmbitos nacional (Rui Falcão), estadual (Edinho Silva) e municipal, Antonio Donato, coordenador da campanha do ex-ministro da Educação.


O candidato também ressaltou que o início do horário gratuito no rádio e TV (nesta terça-feira serão exibidos os primeiros programas, de candidatos a vereador) permitirá ao eleitor conhecer as propostas para a cidade. “Minha convicção é de que o paulistano está em busca de soluções para os seus problemas e vai votar naquele que apresentar as melhores ideias”, afirmou.


O petista também explicou que o ex-presidente Lula gravou sua participação em alguns programas do horário eleitoral e assistiu o conteúdo, tendo “gostado muito”. E destacou que pesquisas de tracking da campanha do partido apontam para tendência de crescimento de intenções de voto.

Fonte: Linha Direta - http://virou.gr/QWE2Ge

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Motivos e razões que derrubam a candidatura José Serra

São poucas, ainda, mas aqui e ali se vêem na mídia as análises e conclusões sobre as razões que provocaram a debacle da candidatura tucana de José Serra a prefeitura, sua queda contínua nas pesquisas e a rejeição crescente. A candidatura de José saiu de 35% nas primeiras para 26% agora e a sua rejeição atingiu 37%.

Alguns analistas recorrem a pesquisas reservadas, feitas para balizamento dos partidos e candidatos e publicam as razões que levam José Serra a cair, a aumentar sua rejeição e a estar empatado na corrida com o candidato Celso Russomano (PRB).


Segundo estas pesquisas, a 1ª razão é o peso da rejeição à administração do prefeito Gilberto Kassab (ex-DEM-PSDB, agora PSD), desaprovada por 80% da população. E a 2ª é a desconfiança do eleitorado de que José Serra não cumpre mandato até o fim e, caso se eleja prefeito agora, mais uma vez não cumprirá integralmente o mandato.


Só metade do partido o queria como candidato


De acordo com estes levantamentos, também contribuem para esta situação ruim de José os rachas do PSDB nacional e regional. Ele saiu candidato por um partido cindido ao meio já em torno da candidatura presidencial de 2014 e na prévia que o escolheu candidato dia 25 de março pp. teve apenas 52% dos votos dos convencionais.


Além disso, resmungam os tucanos, foi um erro estratégico adotar a tática de vitaminar a candidatura Russomano para que este e não o candidato do PT e partidos aliados, Fernando Haddad, passe ao 2º turno. Esta estratégia foi acertada por Kassab e José em encontro com Marcos Pereira, presidente nacional do PRB.


Ironia do destino: José não morria de amores pela coligação com Kassab, paralisou os dois partidos (PSD-PSDB) e só fechou a aliança depois que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deu tempo de propaganda de rádio e TV já este ano à legenda refundada pelo prefeito paulistano.Fechou justamente com a legenda e o apoio que agora puxam sua candidatura para baixo.


No caminho, um erro na estratégia tucana


Mas os analistas e a mídia em geral não precisavam fazer nem recorrer a estas pesquisas reservadas para chegar a estas conclusões e razões que derrubam a candidatura José Serra - as principais, a rejeição a administração Kassab e a desconfiança (na verdade, certeza) de mais de 2/3 do eleitorado de que José, caso se eleja, abandonará de novo a cidade.


Recorrem às pesquisas, mas por razões próprias - ficar bem com o governo tucano do Estado - não apontam outra razão que também contribuirá para a derrota do serrismo: o risco de o governador Geraldo Alckmin (PSDB) devolver com a mesma moeda a traição de José em 2008, ano em que o atual governador foi candidato a prefeito de São Paulo e José o abandonou, apoiou a reeleição de Kassab.

Fonte: Linha Direta - http://virou.gr/QTHOQB 

Dep Zarattini é um dos Cabeças do Congresso na avaliação do DIAP.

Entre os 100 “Cabeças” do Congresso, há 61 deputados e 39 senadores. Os dois partidos com maior número de parlamentares na elite são o PT, com 28 nomes, detentor de maior bancada na Câmara dos Deputados e o PMDB, segunda maior bancada, com 16. Na terceira posição em número de parlamentares está o PSDB, com 12 nomes.
Além dos “Cabeças”, desde a sétima edição da série, o DIAP divulga levantamento incluindo na publicação um anexo com outros parlamentares que, mesmo não fazendo parte do grupo dos 100 mais influentes, estão em plena ascensão, podendo, mantida a trajetória ascendente, estar futuramente na elite parlamentar.

Nesta 19ª Edição, 10 parlamentares entraram para o seleto grupo dos mais influentes do Legislativo. Todos estavam no grupo dos parlamentares em ascensão em 2011. São sete deputados: Amauri Teixeira (PT-BA), Carlos Zarattini (PT-SP), Givaldo Carimbão (PSB-AL), Guilherme Campos (PSD-SP), Jilmar Tatto (PT-SP), Lincoln Portela (PR-MG) e Silvio Costa (PTB-PE). Completa a lista os senadores: Ana Amélia (PP-RS), Blairo Maggi (PR-MT) e Vital do Rêgo (PMDB-PB).
 
Fonte: DIAP - http://virou.gr/QSZJqD