quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Em primeiro encontro, Haddad e Kassab iniciam diálogo por transição de 'alto nível'


O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), recebeu na tarde de hoje (30), em seu gabinete, o prefeito eleito pelo PT, Fernando Haddad, que na manhã do mesmo dia já havia visitado o governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB)
O objetivo da reunião entre Kassab e Haddad é “dar curso a uma transição de alto nível”, segundo o petista. O encontro serviu para dar início às “tratativas, que vão durar os próximos dois meses”. O atual prefeito reservou para a equipe do eleito uma sala no palácio, localizado no centro da cidade. A equipe petista terá também um escritório cedido pela Caixa Econômica Federal no centro de São Paulo.
“Estamos em condições ótimas de promover um entendimento tranquilo, assegurando ao povo de São Paulo que venceu a democracia, e agora é a união de esforços em torno de um plano de governo que foi aprovado e tem de se transformar em realidade”, afirmou Haddad ao lado de Kassab. “Concluo visitas que reputo muito importantes para a cidade, à presidenta Dilma, ao governador Alckmin e agora ao prefeito Kassab”, disse também.
“Quero registrar minha alegria como prefeito, como cidadão, de estar recebendo aqui pela primeira vez o prefeito [eleito] de São Paulo, que em algumas semanas estará neste prédio exercendo o seu cargo”, disse Kassab. Declarou também que seu sentimento é o “de todos os milhões de brasileiros que votam em São Paulo” e que a cidade “com certeza estará em ótimas mãos”.
Gilberto Kassab ressaltou estar “ratificando publicamente a minha disposição não apenas no período de transição, mas depois, ao longo do seu governo, de contribuir onde ele [Haddad] entender que seja necessário, para que ele possa alcançar os objetivos que definiu como prioritários pra cidade de São Paulo”, e vaticinou: “Tenho certeza que daqui a quatro anos ele vai entregar uma cidade melhor.”
Perguntado se sua contribuição poderia se dar na Câmara Municipal, por exemplo, Kassab desconversou. “Não vou responder perguntas agora, não é uma coletiva. Estou à disposição diariamente de vocês, acho que não é o local adequado”, disse, passando a palavra a Haddad.
“Vamos promover uma transição com tranquilidade, sem nenhum tipo de solavanco, com os serviços públicos sendo prestados”, garantiu o petista. “Pretendo manter os programas da prefeitura de São Paulo que vêm correspondendo aos anseios da população, e obviamente executar o plano que foi apresentado à cidade durante as eleições”, acrescentou. “Tenho certeza de que vou sempre contar com a boa vontade do prefeito Kassab, que, como todo prefeito de São Paulo, deseja o bem da cidade. Vai ser uma transição republicana, de alto nível, as equipes vão se constituir, começar a conversar.”  
O vereador Antonio Donato (PT), coordenador da campanha vitoriosa e também da equipe de transição de Haddad, disse que a meta agora “é garantir, da nossa parte e da parte do prefeito Kassab, que a cidade não sofra nenhuma descontinuidade”. De acordo com ele, a agenda municipal tem questões conhecidas no início do ano que precisam entrar na pauta das discussões de transição. “Existem problemas de enchente, o carnaval para ser organizado, questões que, se não começarmos a discutir agora, terão descontinuidade administrativa”, explicou.

Negociações políticas

Perguntado se um eventual apoio da bancada do PSD de Kassab poderia resultar na defesa, por parte do novo governo, de legados da gestão que está terminando ou se há possibilidade de ceder em alguns pontos defendidos na campanha, como fiscalização de obras e a questão da Controlar, empresa investigada por irregularidades no contrato da inspeção veicular, Donato negou. “O que foi defendido na campanha foi sufragado pelos eleitores. E é isso que vale”. 
Sobre o diálogo com o Legislativo, disse que “as propostas serão apresentadas à Câmara Municipal. O que for de iniciativa do Executivo será feito pelo Executivo. Foi aprovado um programa pelo eleitor e ele será posto em prática”. Segundo Donato, discussões com os partidos, em especial o PSD, não estão em pauta no momento. “Temos até a nova legislatura dois meses que serão de intensas conversas com todas as forças políticas da Câmara, no sentido de permitir que o prefeito Haddad possa ter maioria na Câmara para apresentar e aprovar seus projetos que foram defendidos na eleição.”
Donato garantiu que o objetivo da reunião de hoje foi estritamente tratar da transição e acrescentou que o trabalho de transição não vai influenciar a escolha de nomes de secretários do futuro governo municipal. “Não, é completamente independente.” 
Seu interlocutor na gestão de Kassab durante a transição será o secretário de Governo, Nelson Harvey.
Fonte: Linha Direta - http://virou.gr/PlO3l7

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Haddad assumirá cidade deficitária em diversas áreas, afirmam especialistas


A herança deixada pela gestão de Gilberto Kassab (PSD) em São Paulo representa um desafio para o prefeito eleito Fernando Haddad (PT), avaliam profissionais de diferentes áreas. Em entrevistas à Rádio Brasil Atual, os especialistas comentaram as propostas feitas pelo petista na campanha eleitoral e analisaram a herança que será deixada pelos últimos oito anos da gestão José Serra-Kassab. Nas áreas de segurança pública e meio ambiente, o balanço feito não revelou melhores índices, mas sim estagnação em relação a 2004, ano em que Marta Suplicy (PT) deixou a prefeitura. Na educação, observou-se um aumento no déficit de vagas na educação infantil. Atualmente, cerca de 140 mil crianças estão na fila de espera para creches e pré-escolas.

Entre as propostas de Haddad para a segurança pública, estão o aumento do efetivo da Guarda Civil Metropolitana (GCM) com modernização de equipamentos e maior iluminação nas ruas. O ex-comandante da GCM Maximino Fernandes Filho afirma que de 2001 a 2004 o aumento no efetivo da guarda foi de 40,2%. “Na gestão Serra-Kassab o aumento foi de 3,7% apenas.” Hoje, o efetivo está em 6.200 guardas. Maximino lembra que apesar de a pasta de segurança pública ser um dever do governo do estado, ele espera que prefeito eleito trate do tema como uma de suas prioridades. “É necessário que haja contribuição com o estado de São Paulo, para que a escalada da violência na cidade seja minimizada”, diz.

Em educação, o candidato do PT prometeu criar 150 mil vagas para crianças na educação infantil, construir 172 creches e mais 20 Centros Educacionais Unificados (CEUs). Ester Rizzi, advogada da ONG Ação Educativa, ressalta a importância de a proposta contemplar a ampliação da rede municipal de educação por meio da chamada rede direta, ou seja, creches e escolas que sejam administradas diretamente pela prefeitura. “O modelo de expansão que vem sendo feito até agora é um modelo por convênio com organizações da sociedade civil, que apresenta vários problemas.” Ela lembra também da competência – estabelecida pela Constituição – do município de atuar prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil.

Ester ainda frisa que a preocupação não é apenas com a falta de vagas na escolas, que, segundo ela, aumentou na gestão Kassab, mas também com a qualidade da educação oferecida. “Se a vaga é oferecida para uma família, mas o ensino não é de qualidade – ou porque as professoras não são formadas, ou porque as condições físicas do lugar não promovem o desenvolvimento da criança – o direito à educação está sendo violado também”.

Outro grande desafio a ser enfrentado por Fernando Haddad apontado pela advogada é a educação de jovens e adultos. De acordo com ela, houve uma queda brusca na matrícula de jovens adultos na cidade de São Paulo nos últimos anos. “Desconfiamos que seja por um desestímulo e falta de projetos por parte da prefeitura.”

A especialista em resíduos sólidos do Instituto Pólis, Elisabeth Grinberg, atentou para a questão da destinação do lixo ao comentar sobre meio ambiente. Segundo ela, a gestão Serra-Kassab estagnou os índices de coleta de lixo. “Na gestão Marta Suplicy, de 2001 a 2004, foram criadas 15 unidades cooperativas de lixo, enquanto nestes oito anos foram criadas apenas mais cinco.”

Ela lembra que o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, que estabelece medidas para a destinação do lixo em São Paulo, foi fechado no final de julho pelo prefeito Gilberto Kassab sem participação social. “O plano não foi debatido com a sociedade, e isso precisará ser revisto na gestão Haddad.” O candidato eleito pelo PT tem como proposta aumentar a coleta seletiva de lixo e a criação de mais ecopontos, que são áreas para a deposição regular de resíduos da construção e demolição de pequeno porte.

Para o psicanalista Paulo Spina, do Fórum Popular da Saúde, o sistema de convênios com as Organizações Sociais (OSs) será colocado em xeque quando a administração municipal passar a fazer a fiscalização que Haddad prometeu durante a campanha. “Uma frase de José Serra durante um debate sintetizou isso. Ele disse que as organizações sociais estavam em pânico com o programa do Haddad, mas acho que o pânico ocorre justamente pela perspectiva de serem fiscalizadas, porque hoje elas fazem muitas coisas na cidade sem fiscalização.” 

“Acreditamos que seja uma forma de privatização e de fragmentação do sistema, que desorganiza o Sistema Único de Saúde (SUS)”, disse Spina. Ele acredita que as metas do programa do candidato eleito são possíveis de serem alcançadas e que Haddad terá de racionalizar o Sistema Único de Saúde (SUS), já que, segundo ele, há distritos que têm muitos leitos, e há outros que não têm nenhum.

Em seu discurso de vitória, Haddad comentou que governaria ao lado dos movimentos sociais e dos especialistas. Sobre a questão de moradia na cidade, a parceria entre esse dois grupos será bem-vinda. É essa a opinião de Osmar Borges, coordenador-geral da Frente de Luta por Moradia. “Nos movimentos de moradia temos uma carência muito grande de profissionais da arquitetura e da construção. É importante essa parceria entre a Secretaria de Habitação e os especialistas. Eles podem viabilizar os projetos para a construção por meio de mutirões e autogestão, como fazemos nos movimentos.”

Borges tem a expectativa de que o próximo governo municipal faça mais pela moradia do que fez José Serra (PSDB) e Gilberto Kassab (PSD) nos últimos oito anos, e tenha mais diálogos com os movimentos sociais. “Durante o governo da Luiza Erundina (à época no PT, hoje no PSB), os movimentos tiveram aproximadamente 15 mil unidades assinadas em convênios em parceira com a prefeitura. Os movimentos organizados e as associações já provaram seu potencial de construir unidades de boa qualidade pra famílias de baixa renda. Não é que a gente ache que vai se resolver o problema do déficit de habitação em SP só com a parceria com os movimentos, mas é inegável que eles são grandes parceiros.”

O poeta Sérgio Vaz, que criou a Cooperativa Cultural da Periferia (Cooperifa), apontou a necessidade de se construir mais espaços culturais nas zonas periféricas da cidade. “Não é só patrocínio e apoio, a gente precisa do espaço físico para as práticas culturais”, disse ele. Vaz também ressaltou a importância dos CEUs. “A gente precisa aproveitar os CEUs como espaços culturais, precisa-se reequipá-los e abri-los para as comunidades”, comentou.

Ele espera que a prefeitura passe a valorizar a cultura da periferia. “Costumo dizer, sem arrogância nenhuma, que a periferia de São Paulo, que hoje tem mais de 50 saraus acontecendo em bares, vive a mesma efervescência cultural que vivia a classe média nos anos 1960 e 1970. Muito em detrimento do abandono que tivemos durante tantos anos, tivemos de ocupar os bares, e hoje a periferia produz sua arte e a consome. Mas agora o centro precisa aceitar o que está acontecendo.”

Por fim, o coordenador da Rede Nossa São Paulo, Maurício Broinizi, falou sobre mobilidade e transporte urbano. Ele avaliou como positiva a proposta de Fernando Haddad de criar 150 quilômetros de corredores de ônibus. Para ele, “faltam faixas exclusivas para que o transporte público possa fluir no trânsito da cidade, o que é fundamental, já que o ônibus tem capacidade muito superior de transportar passageiros que os automóveis”.

A ampliação do bilhete único com a proposta do bilhete mensal, as ciclofaixas e modernização dos semáforos também são ideias de Haddad elogiadas por Broinizi. “As propostas vão de encontro a uma série de problemas da cidade que dizem respeito à mobilidade. São medidas de modernização, de adequação, de cobertura das necessidades da cidade”, diz. Ele ainda atenta para a necessidade da criação de um Plano de Mobilidade. Segundo ele, medidas na área exigem um diagnóstico profundo, que deve ser feito através de estudo, para que se construa um plano de mobilidade sustentável. “Como temos de aprovar um novo Plano Diretor em 2013, o ideal é que se faça esse estudo para compor o Plano de Mobilidade que seja alinhado com o Plano Diretor.”


Fonte: Linha Direta - http://virou.gr/TsFCEZ

PT conquista 635 prefeituras em todo o País


A Secretaria Nacional de Organização divulgou o balanço dos resultados do PT nas eleições municipais de 2012.

O PT conquistou 635 prefeituras nos dois turnos da votação e manteve o seu crescimento constante. De acordo com o levantamento, em comparação às eleições de 2008 o Partido ampliou em 14% o número de prefeituras.


O PT recebeu 17.264.643 votos para prefeito, que é a maior votação de um partido nas eleições deste ano.

Entre as cidades com mais de 150 mil eleitores, o PT venceu em 21 cidades, sendo quatro capitais (São Paulo, Goiânia, João Pessoa e Rio Branco). Nestas 21 cidades estão hoje 16,1 milhões de eleitores.

De acordo com a SORG, o Partido manteve a sua força nos grandes centros e aumenta a sua capacidade ao eleger mais prefeitos e prefeitas nos pequenos e médios municípios. Foram eleitos 264 prefeituras em cidades de 10 a 50 mil eleitores e 298 em cidades de até 10 mil eleitores.




Fonte: Linha Direta - http://virou.gr/RtS6Kg

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Plenário pode votar projeto dos royalties do petróleo nesta semana


O projeto de lei que redistribui os royalties do petróleo (PL 2565/11, do Senado) está pautado para quarta-feira (31) no Plenário. A inclusão na pauta foi anunciada pelo presidente da Câmara, Marco Maia. A análise do projeto, porém, depende de um requerimento de urgência, que precisa de 257 votos favoráveis para ser aprovado.
A proposta dos royalties poderá ser discutida se os deputados liberarem a pauta. Para isso, precisam votar a Medida Provisória 574/12, que tranca os trabalhos das sessões ordinárias. A votação da MP está prevista para esta terça-feira (30). A medida autoriza a renegociação de dívidas de estados e municípios relativas ao Pasep, tributo usado para financiar o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
comissão mista que analisou a MP aprovou o parecer do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO). No texto, Mabel aumenta o prazo final para adesão à renegociação, de 28 de setembro deste ano para 31 de janeiro de 2013. Ele também reabre a data para renegociação de dívidas rurais, cujo prazo final passa a ser 31 de agosto de 2013; e para outros parcelamentos (Refis, Paes e Paex, por exemplo) até 31 de janeiro de 2013.
As dívidas com o Pasep poderão ser quitadas em 180 prestações (15 anos) por meio de retenção mensal de parte da parcela a que os entes federados têm direito dos fundos de participação dos estados (FPE) e dos municípios (FPM).
Royalties do petróleo
Desde a chegada à Câmara do Projeto de Lei 2565/11, do Senado, um grupo de trabalho discute novas fórmulas para redistribuir os royalties do petróleo e beneficiar estados e municípios não produtores. As mudanças atingem tanto o petróleo explorado por contratos de concessão quanto aquele que será extraído sob o regime de partilha.

De acordo com a última versão dosubstitutivo do deputado Carlos Zarattini (PT-SP), no caso dos contratos de concessão, as mudanças atingem apenas o petróleo extraído da plataforma continental (mar), seja da camada pré-salou não. Os estados produtores passarão de 26,25% do montante para 21% em 2013 e 11% em 2020. Os municípios produtores ficarão com esses mesmos percentuais. Hoje, eles também têm 26,25% dos royalties distribuídos.Apesar das várias reuniões do grupo, ainda não há um acordo entre os estados produtores, principalmente Rio de Janeiro e Espírito Santo, sobre a repartição dos royalties com estados e municípios distantes das plataformas produtoras.
Dois fundos especiais, um para estados e outro para municípios, distribuirão recursos (15% dos royalties cada um) segundo os critérios dos fundos de participação dos estados (FPE) e dos municípios (FPM), respectivamente.
Um mecanismo de compensação prevê que, até o ano de 2023, as receitas anuais de royalties recebidas pelos estados e municípios produtores não poderão ser inferiores ao que recebiam em 2011.

Fonte: Camara dos Deputados - http://virou.gr/RphEd7

Vitorioso, Haddad propõe derrubar 'muro da vergonha' e unir a cidade


O prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad, agradeceu os eleitores, a militância, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidenta Dilma Rousseff no primeiro discurso após a confirmação da vitória. Como de praxe, o petista pregou a unidade e cobrou a derrubada do "muro da vergonha" que separa a cidade rica da cidade pobre. A fala de comemoração foi um resumo do tom de sua campanha no segundo turno, pregando a vontade de mudança dos paulistanos.
Ele disse que o objetivo central, "delineado, discutido e aprovado pela população de São Paulo" é "diminuir a grande desigualdade existe na nossa cidade, é derrubar o muro da vergonha que separa a cidade rica da cidade pobre". "Somos uma das cidades mais ricas e, ao mesmo tempo, uma das mais desiguais do planeta. Não podemos deixar que isso siga assim, por tempo indeterminado, exatamente no período em que o Brasil vem passando por uma das mudanças sociais mais vigorosas do mundo. A prefeitura tem um papel importante nisso, pois é ela que cuida da oferta e da qualidade de alguns dos serviços públicos mais essenciais."
No discurso, Haddad homenageou em primeiro lugar e especialmente aquele que foi o criador de sua candidatura: "Quero agradecer do fundo do coração o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Viva o presidente Lula", falou ao microfone em um hotel alugado pela campanha na região dos Jardins, bairro de classe alta de São Paulo, cercado pelas lideranças que participaram da festa de sua eleição, entre os quais os ministros da Educação, Aloizio Mercadante, da Cultura, Marta Suplicy, e da Saúde, Alexandre Padilha. 
"Agradeço a presidenta Dilma pela presença vigorosa na campanha desde o primeiro turno, pelo estímulo pessoal e o conforto nos momentos maois difíceis dessa campanha", prosseguiu o prefeito eleito.
Ele mencionou também  os aliados e enfatizou a importância do apoio do PMDB ao falar dos "apoiadores que ampliaram nossa corrente no segundo turno, nos quais sintetizo minha homenagem e agradecimento nas figuras do querido deputado Gabriel Chalita (pausa para aplausos) e do vice-presidente Michel Temer". 
Com elegância e ironia, Haddad agradeceu os opositores: "Porque me obrigaram nessa campanha a extrair o melhor de mim para poder superá-los numa campanha limpa e democrática."
Fernando Haddad reafirmou o mote de sua campanha dizendo ter sido eleito "pelo sentimento de mudança que domina alma do povo de são Paulo. Fui eleito pela força deste signo. Ser prefeito pela força da mudança significa não ter tempo a perder. Significa sobretudo unir a cidade em torno de um projeto coletivo, de todos os paulistanos, de todos os moradores de São Paulo". E acrescentou: "Melhorar os serviços públicos é também uma forma concreta de distribuir renda, diminuir os desequilibrios, aumentar e garantir a paz social. Esta não é uma tarefa fácil, dado a complexidade dos problemas que veem se acumulando. Mas se São Paulo não conseguir resolver seus problemas, que cidade no Brasil e no mundo conseguirá fazê-lo? O fracasso de São Paulo seria o fracasso desse genial modelo de convivênvia, que a humanidade desenhou ao longo dos séculos para sobreviver e ser feliz. Essa invenção insuperável do gênio humano chamada cidade."
Fonte: Rede Brasil Atual - http://virou.gr/PCsEFH

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Em último ato de Haddad, Serra é acusado de "sabotagem" e de "prática sorrateira"

O último ato público da campanha de Fernando Haddad (PT) na disputa pela prefeitura de São Paulo na eleição de 2012 reuniu grande público na Casa de Portugal, no bairro da Liberdade (região central), na noite desta quinta-feira (25).

O evento, dedicado às comunidades da cultura e da educação, contou com a participação de lideranças sindicais e estudantis, artistas de vários segmentos, cantores, membros de escolas de samba, professores e intelectuais, além da militância do Partido dos Trabalhadores. Nos discursos, o destaque foi para a necessidade, segundo as lideranças e o próprio Haddad, de não “usar sapato alto” e manter a campanha ativa e a militância mobilizada até domingo. 

“Nós não podemos baixar a guarda. O jogo termina no domingo. Dois dias pode parecer pouco. Mas dois dias de uma eleição no Brasil é uma eternidade”, disse Fernando Haddad. Segundo ele, a disputa com o candidato José Serra (PSDB) “não é o jogo leal e honesto da apresentação de propostas, da comparação de modelos e modos de governar. É a prática sorrateira, o rumor e o boato ”. 

O candidato petista mencionou como exemplo do estilo de seu adversário as notícias e informações disseminadas nesta quinta-feira. “De jornal, de panfleto, de telemarketing, nos acusando de coisas que nem o diabo imagina”, acusou. Haddad falou que o momento de sua campanha “agora é para desfazer as inverdades que ele [Serra] cria a nosso respeito”, e pediu para a militância conversar “com quem está indeciso, desinformado”. 

Em seu discurso, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse ter circulado um boato nos últimos dias dando conta de que o Enem teria sido cancelado. Ele afirmou que o exame, marcado para os dias 3 e 4 de novembro, vai acontecer “normalmente, com tranquilidade”. “Por que eles combatem tanto o Enem? O que resta a eles [aliados de Serra] é a sabotagem”, acusou. O evento realizado na Casa de Portugal, de acordo com a visão de Mercadante, “é último ato da campanha, mas está com cara de começo de governo”. No entanto, como Haddad, alertou: “é preciso não usar sapato alto, é preciso trabalhar até a eleição”. 
“São Paulo sempre foi vanguarda”

Haddad comentou a gestão da Cultura na administração do prefeito Gilberto Kassab (PSD). “Com a cultura ele foi cruel. Não deixou vicejar nada, brotar nada na cidade de São Paulo, a ponto de proibir sarau na periferia”, criticou. O candidato do PT falou que, se ganhar a eleição, pretende fazer com que São Paulo volte a ser “protagonista” no país e se sintonizar com o governo Dilma Rousseff. 

“São Paulo sempre foi vanguarda nas políticas públicas, na cultura, no esporte, e agora nós olhamos para as outras cidades enquanto temos aqui essa situação triste”, afirmou o candidato que lidera as pesquisas de intenção de voto no segundo turno. 

Diante de um público que o interrompeu várias vezes para aplaudir seu discurso, Haddad terminou afirmando que sua proposta é “reconciliar a periferia com o centro, mas sobretudo reconciliar essa cidade com o que está acontecendo no Brasil. É isso que nós precisamos fazer: redimir, libertar São Paulo. E o dia da libertação de São Paulo está com data marcada. É 28 de outubro”.

O cantor e compositor Alceu Valença foi um dos artistas que usaram o microfone para discursar: “Haddad é com certeza uma nova liderança que surge no cenário nacional e isso é muito bom para o Brasil”, declarou.
Pro-Uni

Uma jovem apresentada no palco como Vanessa, estudante universitária e bolsista do Pro-Uni, programa do governo federal para jovens de baixa renda, fez um discurso emocionado: “Estou aqui para representar a nova juventude que até há pouco tempo não tinha esperança de escolher o que quer para sua vida. Defendo a candidatura daquele que mudou a minha vida e da minha família. Nós temos direito de sonhar”, disse a estudante.

A produção do ato na Casa de Portugal divulgou um documento assinado por inúmeros intelectuais e artistas em apoio à candidatura de Fernando Haddad, como André Singer, Alfredo Bosi, Dalmo Dallari, Fernando Morais, Gilberto Gil, José Celso Martinez Correa, Laymert Garcia dos Santos, Mano Brown, Stella Senra, Maria da Conceição Tavares, entre muitos outros.

Alguns pequenos apupos se fizeram ouvir durante o longo discurso lido pela cineasta Tata Amaral, que foi recebido com alguns murmúrios de reclamação entre o público. Nele, a diretora parece não ter prestado atenção à ênfase dada pelas lideranças ao fato de que a eleição ainda não se resolveu. Ela pediu recursos para a produção de cinema e também a nomeação de um secretário de cultura “sensível e um excelente gestor”.

Fonte: Linha Direta - http://virou.gr/TGQpNM

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

No SBT, Serra se esquiva de perguntas e Haddad eleva tom contra acusações


São Paulo – José Serra (PSDB) esquivou-se de duas perguntas, e Fernando Haddad (PT) aumentou o tom contra o adversário ao responder acusações sobre o mensalão e o fim da parceria com as Organizações Sociais (OS) na área da saúde. Este é um breve resumo do debate entre os candidatos à prefeitura de São Paulo organizado hoje (24) por SBT e UOL na sede da emissora de televisão. Foi o segundo e penúltimo confronto antes do segundo turno. Os paulistanos vão às urnas dentro de quatro dias.
O candidato tucano deixou de responder diretamente a questões sobre combate a enchentes e construção de moradias populares. Ao formular a pergunta sobre inundações, problema que atinge sobretudo bairros da periferia, o petista disse que Serra ocupou o governo do estado por mais de três anos e “nada fez” para despoluir ou aumentar a calha do rio Tietê, que atravessa a capital de leste a oeste – e costuma transbordar na época das chuvas mais intensas. O ex-ministro da Educação lembrou ainda de reportagens que mostravam que o ex-governador deixou de fazer a limpeza da calha do rio, motivo para enchentes. O candidato do PSDB saiu pela tangente, preferindo rebater um ataque feito minutos antes por Haddad.
“Eu pergunto de enchentes e você vem me falar de um tal de Bilhete Amigão que ninguém sabe o que é?”, rebateu Haddad, que insistiu na questão das enchentes. “Isso você inventou agora porque não tinha projeto para o transporte coletivo.” O candidato tucano respondeu então que há dois anos não existe registro de vítimas fatais devido à ocorrência de inundações na capital; que nos últimos oito anos a gestão municipal despoluiu, em parceria com o governo do estado, mais de cem córregos em São Paulo; e que a prefeitura criou o parque linear da várzea do Tietê justamente para preservar o rio – e evitar que transborde.O petista lembrou que, em entrevista à Rádio CBN, Serra havia defendido a entrada de agentes da Fundação Casa – nome atual da antiga Febem – nas escolas públicas para detectar crianças que podem vir a se transformar em futuros delinquentes. “Onde você estava com a cabeça quando propôs isso?”, ironizou o petista. “Eles vão entrar também nas escolas particulares? Isso é proposta para rico e para pobre? É só para pobre?” O tucano aproveitou a oportunidade para falar de sua proposta para o transporte público: aumentar de três para seis horas o tempo de integração do Bilhete Único e expandir mais o benefício aos fins de semana, que aos domingos tem duração de 8 horas.

Habitação

Outra evasiva de José Serra veio quando o candidato do PT o interpelou sobre os programas habitacionais da gestão PSDB-PSD na administração da capital. Fernando Haddad havia lembrado, logo no começo do debate, que os últimos dois governos paulistanos construíram cerca de 3,5 mil unidades habitacionais por ano – e ressaltou: “São dados oficiais.” O petista comparou o desempenho do rival e de seu sucessor, Gilberto Kassab (PSD), ao das gestões de Luiza Erundina (1989-1992) e Marta Suplicy (2000-2004), ambas do PT, que ergueram, frisou, cerca de 9 mil e 5,5 mil moradias por ano, respectivamente.
Ao invés de responder, José Serra fez uso da palavra para reforçar suas propostas para o ensino técnico na cidade de São Paulo. O tucano lembrou uma ideia que apresentou em 2010, quando foi candidato à presidência da República: o Protec, programa que dará bolsas de estudos a jovens que não conseguirem entrar nas escolas e institutos públicos de ensino profissionalizante, como as Fatecs.
“Vamos aumentar em 100 mil o número de vagas nos cursos técnicos, que são cursos que viram emprego”, reforçou o tucano, que só depois, quando foi novamente provocado por Haddad e teve direito à tréplica, respondeu sobre habitação. “Urbanizamos uma série de favelas e construímos 28 mil unidades em parceria com o governo estadual.” Logo após, o petista fez uma conta matemática: dividiu 28 mil pelos oito anos da gestão Serra-Kassab na prefeitura e chegou ao número inicial: 3,5 mil moradias por ano.

Insanidades

Fernando Haddad foi mais duro do que de costume com seu rival ao responder ataques sobre o julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Mas o tema da corrupção não foi levantado pelo tucano: quem colocou o assunto na roda foram os telespectadores e internautas, que previamente haviam elencado alguns temas a serem tratados pelos candidatos. José Serra aproveitou a chance e acusou o petista de querer “repetir o mensalão em São Paulo”. O ex-ministro da Educação não gostou da alfinetada.
“Teu desrespeito chega às raias da insanidade”, rebateu Haddad. “Trazer mensalão pra cá? Do que você está falando?” O candidato do PT lembrou que não há nenhuma denúncia de corrupção contra ele pelos anos em que ocupou o primeiro escalão do governo federal e administrou um orçamento duas vezes maior que o da cidade de São Paulo. O petista aproveitou para lembrar o caso de Hussain Aref Saab, diretor do Departamento de Aprovação de Edificações (Aprov) da prefeitura durante a gestão de Gilberto Kassab, acusado de cobrar propina para liberar obras na capital.
José Serra não deixou por menos: “Aref era alto assessor da Marta Suplicy”, destacou, lembrando que a atual administração patrocinou uma investigação contra seu funcionário assim que soube das denúncias movidas pelo Ministério Público. No tempo que lhe restava, o tucano lembrou ainda que Haddad pode até não estar envolvido com o mensalão, mas faz parte do partido que fez o mensalão. “Ninguém governa sozinho.”

Mentira

Outro ataque direto do petista contra insinuações de José Serra ocorreu quando o candidato do PSDB disse que Fernando Haddad, se eleito, acabaria com a parceria que a prefeitura mantém com as chamadas Organizações Sociais (OS) na área da saúde. “No programa do PT consta o fim da parceria com entidades como Santa Marcelina, Sírio Libanês e Albert Einstein”, recordou o tucano. “As OS fizeram no ano passado 50 mil cirurgias. Vou reforçar parceria com elas.” Contudo, Haddad afirmou que foi ele que, como ministro da Educação, autorizou a criação do curso de Medicina nas faculdades Santa Marcelina. “Acha que vou fechar o curso que eu mesmo abri?”, rebateu. “O povo sabe quem mente.”
Fonte: Rede Brasil Atual - http://virou.gr/TIrRy9

Esvaziamento de Serra murcha também o mensalão


Para quem assistiu o Jornal Nacional da última terça-feira, em que 18 minutos foram dedicados ao mensalão, com destaque para as passagens em que Marco Aurélio Mello citou a quadrilha formada pelo “sintomático 13” e Celso de Mello comparou o partido ao PCC e ao Comando Vermelho, era de se esperar que, ontem, a toada seguisse no mesmo ritmo.

Nada disso, o que se viu foram ministros brandos, ponderados, alertando sobre a cautela na fixação de penas (com fez Marco Aurélio) e, na maioria das vezes, seguindo as posições mais equilibradas do revisor Ricardo Lewandowski (com fez Celso de Mello). No noticiário do Jornal Nacional, a reportagem dedicada ao mensalão não citou mais o PT.

E o “clímax” que poderia ter ocorrido ontem, previsto pela coluna Radar de Veja, que seria a definição das penas de José Dirceu e José Genoino, ficará para depois de 5 de novembro (após as eleições, portanto), quando Joaquim Barbosa retornará de um tratamento na coluna na Alemanha.

O freio de arrumação, aparentemente, decorre da impossibilidade de que o julgamento tenha qualquer peso maior na eleição municipal de São Paulo. Segundo dois institutos, Datafolha e Ibope, Fernando Haddad, do PT, já está praticamente eleito. Sua vantagem nos votos válidos é de vinte pontos no Datafolha (60% a 40%) e de 14 no Ibope (57% a 43%).

Isso significa que, por maior que fosse o assopro de grandes telejornais, como o JN, ou dos ministros do Supremo Tribunal Federal com suas frases de efeito, nada seria capaz de impedir a vitória do PT no próximo domingo.

Talvez por isso, tenha sido feita a reflexão entre os ministros da corte, que não gostariam de ser ver acusados de participar de uma manobra eleitoral frustrada.

Ao mesmo tempo, jornalistas políticos deixaram de comentar suas próprias pesquisas. Na Globo, Merval Pereira nada falou sobre o Ibope, ligado à emissora comandada por Ali Kamel, assim como Eliane Cantanhêde não comentou o Datafolha, como sempre fez em suas colunas. Apenas Reinaldo Azevedo publicou um pequeno post onde disse torcer para que as pesquisas estejam erradas.

Não estão. No domingo, Fernando Haddad será eleito prefeito de São Paulo. Os ministros do Supremo Tribunal Federal já sabem disso, assim como os donos e colunistas dos principais meios de comunicação do País.

O balão de José Serra ficou vazio, esvaziando também o mensalão.


Fonte: Linha Direta - http://virou.gr/RY1HI5

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Kassab esconde resultados de avaliação educacional de 2011


Outro resultado que deve aparecer é uma melhora no nono. De acordo ainda com a matéria, os resultados foram considerados inesperados e um consultor externo foi chamado para ajudar a analisar a situação. Ele começou a trabalhar apenas no mês passado e entregará o relatório após as eleições municipais.

Além de não ser possível avaliar a tempo a administração de Kassab, que apoia o tucano José Serra, educadores apontam outro prejuízo: a dificuldade de moldar e monitorar as políticas na área, pois os dados disponíveis já estão defasados.

A Secretaria da Educação afirma que a variação nos resultados ocorreu devido a diferenças metodológicas aplicadas pelas empresas responsáveis pelo exame, escolhidas por licitação (Cespe em 2010 e Avalia em 2011).

A pasta diz que o problema foi no momento de definir a média da rede. E nega que a eleição tenha influenciado. No entanto, não houve qualquer explicação pública sobre o porquê do atraso e ela só foi dada após questionamento à secretaria da reportagem.

"Como não divulgam antes esse problema? Levanta suspeitas. É um desgaste para as avaliações externas", disse o professor da Faculdade de Educação da USP Ocimar Alavarse, que trabalhou na concepção da prova.

Aplicada aos alunos em novembro passado, a edição de 2011 da Prova São Paulo custou cerca de R$ 6 milhões.

O exame foi criado em 2007. Exceto a edição 2011, os resultados foram divulgados entre fevereiro e abril do ano seguinte à aplicação da prova.

"A avaliação já mostra situação passada. Se ainda atrasa, distancia o resultado da realidade", disse a diretora-executiva da ONG Todos pela Educação, Priscila Cruz.

Ela afirma que há sistemas educacionais, como o de Toronto (Canadá), que entregam os resultados nove semanas após a aplicação da prova.

Desde março, as escolas municipais tiveram acesso aos resultados individuais, pois não há suspeita de erro nessas notas. O problema é que uma das formas de analisar o desempenho delas é compará-lo com a média da rede -que está sob análise.

O que chamou a atenção da secretaria foi a queda de mais de 10 pontos em português e matemática dos alunos do terceiro e quarto anos (escala de 0 a 500). Eles eram os que mais vinham melhorando, de acordo com a administração pública. Já os do nono melhoraram entre 10 e 13 pontos. E eles vinham piorando até então.


Fonte: Linha Direta PT - http://virou.gr/UDhotr

Em ato da saúde, Haddad diz que não teme debate sobre gestão da saúde


O candidato a prefeito Fernando Haddad (PT) lamentou o clima de “terrorismo” que dominou a campanha de José Serra (PSDB) nesta última semana do segundo turno. Durante o ato de entidades e profissionais de saúde em apoio a Haddad, ocorrido nesta noite de terça (23), o candidato afirmou que vai fiscalizar e debater o que tem prejudicado o funcionamento da saúde pública da cidade, apesar do orçamento ter quadruplicado desde o governo de Marta Suplicy.
“Nós vamos temer o debate público do que funciona e do que não funciona na cidade?” Foi com questionamentos desse tipo que o candidato tratou o que chamou de “onda de boatos” que surgiram na última semana da campanha.
“Por acaso, garantir o controle social para fiscalizar os contratos de gestão da saúde, isso é ideia estapafúrdia, como costumam dizer eles?” disse Haddad, lembrando que o Tribunal de Contas do Município já solicitou que haja fiscalização, controle e transparência sobre os rumos dos 40% do dinheiro da saúde que a Prefeitura entrega aos poderosos hospitais da cidade. “Será que isso ofende alguém? Vamos acompanhar os custos de tudo que é público, privado ou da parceria. Temos que trabalhar diuturnamente para garantir que esses recursos que não são pequenos sejam a garantia dos direitos universais da nossa população”, disse o candidato.

Jogo sujo

Embora Serra negue, as pesquisas eleitorais estão influenciando o clima de sua campanha, que aposta num vale-tudo de ataques ao petista, que não permitem resposta à altura dos ataques. Serra diz que Haddad vai acabar com as parcerias com hospitais privados que gerenciam 237 unidades de saúde. Embora o PT sempre tenha questionado o modelo privatizante proposto pelos tucanos, Haddad é enfático em dizer que não vai romper as parcerias, gerando o caos anunciado por Serra. Em seu programa de governo, por outro lado, a meta é restituir a gestão pública de saúde, embora não detalhe como e quando fazer isso.
Haddad tenta não ficar na defensiva e manter a campanha propositiva nesta reta final em que há pouco tempo para argumentações mais sofisticadas. Mas as distorções simplistas ditas de forma categórica contaminam o debate sobre assuntos complexos como o gerenciamento do sistema de saúde pública por organizações privadas.
Diante de 1200 profissionais, servidores, acadêmicos, militantes e entidades representativas de profissionais e usuários da saúde, Haddad disse que apresentou seu programa de governo no dia 13 de agosto e só agora, ao fim do segundo turno, a campanha adversária resolveu distorcê-lo. “Podiam ter virado e revirado para esclarecer e tirar todo tipo de dúvida, mas chega ao fim do segundo turno e fazem esse terrorismo com o eleitor”, lamentou o petista.
“Com quatro vezes mais recursos do que Marta Suplicy teve e as pessoas dizem que o pior problema da cidade, hoje, é a saúde”, disse o petista. Apesar deste fato, Haddad diz que Kassab e Serra se negam a querer discutir o que precisa ser discutido. “Não vamos ter medo de terrorismo. Vamos dizer o que queremos para a saúde da cidade. Porque quadruplicar o orçamento não resultou em melhoria para a saúde? Vamos voltar a trabalhar com um SUS que sempre sonhamos”, disse Haddad, encerrando seu discurso sob aplausos no auditório da Uninove Vergueiro.

Ideias estapafúrdias

Até então, Haddad apresentava suas propostas para a cidade, mas no evento desta noite, listou a boataria que Serra vem espalhando, revelando a defensiva em que foi colocado. “Imagina um ministro da educação baixar o salário dos professores como estão dizendo”, disse indignado o candidato, considerando que os boatos desta semana chegam às raias do delírio.
“Chegaram a importar um pastor do Rio de Janeiro para me atacar e acabaram dando um tiro no pé de bazuca”, disse Haddad, causando risos, ao mencionar o apoio anunciado de forma agressiva contra o petista pelo pastor Silas Malafaia, explorando o preconceito contra homossexuais. Serra acabou renegando o apoio, enquanto pastores de vários segmentos repudiaram a maneira indigna como o assunto foi conduzido. Cerca de 20 pastores declaram apoio a Haddad, esta semana, e repudiaram os ataques de Malafaia.
Desde o lançamento do programa de governo de Serra, no dia 15 de outubro, em vez de falar de suas propostas, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) disse que o programa de Haddad é “uma antologia de bobagens” e “ideias estapafúrdias”. A campanha de Serra vem seguindo a risca a lista de “bobagens” do senador tucano, como a acusação sobre a parceria com organizações sociais e o respeito ao piso nacional dos professores.
“Dizem que nossas ideias são estapafúrdias, mas quem está propondo vender 25% dos leitos dos hospitais públicos para planos privados de saúde?”, disse Haddad, lembrando que Kassab prometeu três novos hospitais em sua campanha eleitoral, não entregou nenhum, e ainda defende essa proposta da terceira porta nos hospitais públicos. “Para Serra, essa não é uma ideia alucinada, mas um exemplo de seriedade, competência e planejamento pra ele”.
Haddad causou mais risos na plateia ao citar a resposta de Serra a um questionamento feito por um ouvinte da rádio CBN, em São Paulo, sobre o combate à violência e ao consumo de drogas dentro das escolas. “Ontem, o candidato deles barbarizou ao dizer que vai levar a Febem para dentro da escola para monitorar a propensão dos estudantes para o crime”, disse, acrescentando que foi questionado sobre a proposta de Serra: “Tentei ser elegante, perguntando se ele também ia fazer isso nas escolas particulares ou se era só para as crianças pobres”.
No rádio, para todo mundo ouvir, o candidato tucano defendeu a adoção de medidas preventivas que permitam identificar os jovens com “potencial para o crime”. “Vamos combater em parte com prevenção. Temos um programa feito conjuntamente com a fundação Casa (Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente), antiga Febem, para atuar nos jovens que estão dentro das escolas que ainda não entraram para o mundo do crime, mas que podem ter propensão para isso. Então nós vamos fazer com eles um trabalho preventivo, que é identificar quem tem um potencial para ir para o crime ou para ir para a droga para poder fazer um trabalho de acompanhamento, de monitoramento e ajuda a esses jovens. Não são somente medidas de segurança, são medidas preventivas. Essa é a questão fundamental”, declarou José Serra.
Em meio ao festival de boatarias a que Haddad tenta se defender, ele ainda falou no ato sobre a Rede Hora Certa que consta de seu programa de governo. “Identificamos em Diadema um programa em que o exame e a cirurgia ocorrem no mesmo local, o Quarteirão da Saúde. Aqui vamos fazer algo similar, que é a Rede Hora Certa, porque vai ser espalhado pela cidade”, disse.
Entre os que discursaram estavam a companheira do candidato, Ana Estela Haddad, a coordenadora setorial de Saúde do PT, Francisca Ivoneide, o coordenador do Grupo Técnico de Saúde da campanha, Milton Arruda, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha e a candidata a vice-prefeita Nádia Campeão. Mariane Pinotti foi muito aplaudida ao justificar seu apoio e de Gabriel Chalita (PMDB) a Haddad no segundo turno. Estiveram no palco parlamentares e representantes de entidades representativas da área da saúde, entre outros apoiadores.

Fonte: Spresso SP - http://virou.gr/TzJE0l

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Serra está entregue às togas


O tucano José Serra esgotou seu repertório antes de terminar a campanha.

Seu maior problema nesses dias que restam da disputa em SP é decifra o enigma: o que mais dizer ao eleitor que não o ouviu até agora?
A percepção mais grave é que sua narrativa perdeu significado para o próprio PSDB. Pior: a imensa rejeição que atrai tornou-o um estorvo ambulante para o futuro do partido.

A obsolescência contagiosa prenuncia-se em isolamento. Este se reflete nos recados de pavões partidários, sempre ágeis em se desvencilhar do legado de uma derrota. Sobretudo, quando tende a deixar sequelas na opinião pública simpatizante da legenda.

FHC e Sergio Guerra vazam desapontamento com a condução das coisas em SP. Contabilizam como erro primário a fusão da candidatura com a agenda da intolerância.

O horizonte de uma vitória tucana em SP, associado a um termidor de malafaias, colocou em alerta parcelas da classe média que orbitam em torno do PSDB; adensou a percepção do partido como um agrupamento que age e urdi na base do vale tudo que condena.

Não só. Muitos consideram inábil a sôfrega exploração do julgamento em curso no STF pela campanha em SP.

Serra está distribuindo milhões de adesivos com o slogan ` Diga não ao mensalão`. A panfletagem é uma parceria calculada com o calendário desfrutável do Supremo, que deve culminar esta semana com a deliberação de penas.

É o tour de force que lhe restou nas horas que correm. Pode siginificar um desastrado saque contra o futuro, na avaliação de analistas embarcados na sorte do PSDB.

A mão grande de Serra na cumbuca da Ação Penal 470 dessacraliza um trunfo nacional contra o PT em 2014. Ademais de arguí-lo com uma derrota nas urnas em São Paulo, subtrai ao julgamento um cerimonial de ecumenismo e equidistância que o legitimaria. Cabos eleitorais togados poderão ir além do inexcedível espetáculo político eleitoral que emoldurou certos votos nas condenações decididas nesta 2ª feira?

Serra ignora limites e ponderações. A soberba é o seu ponto forte.

Do alto dela, o ex-governador menosprezou a importancia de uma plataforma consistente para concorrer em SP. Um aggionamento programático de seu perfil teria sido estratégico para suavizar as marcas ainda recentes de um abalroamento triplo, a saber: a) a segunda derrota presidencial em 2010, desta vez para uma adversária que ele próprio definia como `um poste` ; b) o bom governo e a elevada aprovação popular que `o poste` exibe hoje, desautorizando-o como avalista de um desastre que não se consumou; e, ao contrário, c) o desastre executivo de proporções ferroviárias da gestão que bancou como a melhor para São Paulo --a de seu afilhado Gilberto Kassab ,catalisador de um sentimento de rejeição quase unânime na cidade, expresso no desejo de mudança administrativa de 88% da população; sendo este o principal flanco da candidatura tucana.

O raciocínio político tosco é outro traço que os próprios amigos da Unicamp creditam a Serra.

O ferramental rudimentar definiu o teto de sua liderança com um pé direito insuficiente para acomodar todo o PSDB e convencer a sociedade a lhe conceder a delicada tarefa de presidir a Nação.

A falta de grandeza e a moderada argúcia levaram-no ao erro de avaliação que pode selar agora sua despedida da política.

Serra apostou que o manejo do ódio ao petismo, do qual se tornou o maior expoente com a derrocada dos Demos, seria abastecido just in time pela artilharia do STF. A entrega de munição à campanha deste ano culminaria numa apoteose, com a definição das penas em plena boca de urna do 2º turno.

As togas fizeram e fazem a sua parte nessa guerra de politização da justiça e vice versa. Mas o excesso caramelado pelo jogral enjoativo do dispositivo midiático conservador torna qualquer enredo desinteressante; em certa medida, suspeito.

A trama caricata chega ao seu epílogo --deliberadamente associado ao desfecho das eleições-- tropeçando em inconsistências que transpiram mais engajamento do que credibilidade.

É desse paiol molhado que depende a munição dos últimos dias de campanha de Serra.

Por tudo isso, seu futuro político está entregue às togas, muito mais do que o dos petistas que demoniza. Com uma desvantagem robusta nas pesquisas, o recurso reiterativo deve adicionar pouco à insuficiência já acumulada.

Não é inusitado na história que o algoz tenha o destino concebido às suas vítimas; não raro, como alma penada de um ostracismo sem similar. Serra preenche os requisitos para ser um desses vultos capturados pelas suas próprias armadilhas.


Fonte: Linha Direta - http://virou.gr/RTTsg1

Marinistas apoiam Haddad dizendo que Serra representa o Capital Imobiliário


Pela Suntentabilidade e Cidadania, contra o Atraso, apoiamos Haddad.

Somos cidadãos que apoiaram Marina Silva Presidente e Ricardo Young Senador. Acreditamos que o Brasil precisa urgentemente de uma Nova Política, pautada pela Ética, pelo aprofundamento da Democracia e Defesa das Instituições Democráticas, que avance na Defesa da Cidadania Plena, da Justiça Social e na busca incessante da Sustentabilidade.

Queremos que as novas gerações possam viver em um mundo justo e farto.

Constatamos que os últimos 8 anos da gestão Serra/Kassab foram nefastos para a Cidade de São Paulo. O processo de descentralização e democratização da administração retrocedeu. Políticas Públicas voltadas aos direitos do Cidadão, como Saúde, Educação e Inclusão Social, conheceram enorme precarização. Foi sistemática a implementação de ações que privilegiam interesses privados, como a terceirização sem transparência de vários serviços públicos e o favorecimento indisfarçável ao Capital Imobiliário. A candidatura Serra representa a continuidade desse modelo de gestão. Ademais, ao se servir de métodos repugnantes de campanha, reafirma-se como a candidatura do Atraso e da Velha e Viciada Política, contra a qual nos posicionamos enfaticamente.

A todos aqueles que desejam e lutam por uma Cidade e um País mais Justo, Democrático e Sustentável, fazemos aqui um chamamento de luta contra o Atraso! Consideramos que quem se sente parte do processo de recolocação da administração a serviço do Interesse Público, de formulação de propostas para a melhora das condições de vida dos paulistanos de hoje e de amanhã, de promoção de uma Cidadania efetiva e ampla, não vota branco ou nulo. Vota, sim, contra o Atraso. Vota com a esperança de uma Nova Política no país, que passa, no plano restrito da relação eleitoral, tanto pelos compromissos assumidos por candidatos como por nossa disposição a cobrar o seu futuro cumprimento.

Neste segundo turno recomendamos o apoio crítico ao candidato Haddad. Fazemos isso com atenção para o combate à desigualdade social e para a promoção da sustentabilidade ambiental urbana que vão anunciados em seu plano de governo, adendados pela sua adesão formal ao “Programa Cidades Sustentáveis”, compromissos esses que não nos furtaremos em cobrar.

Contra o Atraso, apoiamos Haddad.

Lista inicial de apoios:

Yuri Câmara Batista – Mestrando Administração Pública

Fernando L. B. Vianna – Antropólogo

Haldor Omar – Biólogo

Rose Russolo Losacco – Analista de Marketing

Raphael Malanconi – Graduando FFLCH-USP

Acauã Rodrigues dos Santos – Geógrafo

Gabi Juns – Comunicadora

Pedro Piccolo Contesini – Sociólogo

Carol Thelm – Bacharel em Letras

Majoi Favero Gongora – Antropóloga

Cristiane Fontes – Jornalista

Luis Henrique (Ike) Ferreira – Empresário e Gestor Comunitário

Rodrigo Más – Advogado-Direito Ambiental

Rafael Biscaro – Graduando Gestão de Políticas Públicas-USP

Rodrigo Guim – Ecólogo e Antropólogo

Henrique Moura – Graduando FFLCH-USP

Rivera Lizandro Guianze – Advogado

Samir Mansur – Economista

André Pinto Pacheco – Sociólogo

Giba Azanha – Antropólogo

André Luis Karpinski – Estudante

André Nascimento – Advogado-Direito Constitucional

Jaime Takano – Administrador Público

Carlos Dias Jr. – Antropólogo

Gabriella Contoli – Jornalista

Thais Chueiri

Raul Valle – Advogado-Direito Ambiental

Alexandre Goulart – Economista e Cientista Social

Sandra Mara Ortegosa – Arquiteta, Cientista Social e Ativista


Fonte: Linha Direta - http://virou.gr/S0rrqy

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Dilma e Lula convocam mobilização total até dia 28


O Ginásio da Portuguesa foi tomado por um mar de bandeiras vermelhas e milhares de pessoas para ver e ouvir Fernando Haddad, a presidenta Dilma Rousseff e o presidente Luís Inácio Lula da Silva , na noite de Sábado (20), O palco estelar de mais uma noite histórica na campanha para a Prefeitura de São Paulo recebeu Nádia Campeão, a vice-prefeita de Haddad, que declarou que “nossa campanha teve um fato novo, uma força diferente, e que tem sido decisiva para este novo momento que São Paulo está vivendo: a presença das mulheres. Estamos fazendo uma campanha de propostas, uma campanha limpa. Mas não vamos deixar os ataques sem resposta”.

Rui Falcão, o presidente nacional do PT, fez questão de alertar que nesse momento, faltando uma semana para o segundo turno, é preciso ter cuidado. “Nós estamos na frente nas pesquisas, estamos a um passo da vitória. Mas a vitória ainda não foi conquistada e para que ela aconteça é preciso não calçar o salto alto. É preciso que tenhamos grande mobilização. É isso que vai assegurar a nossa vitória”. E mandou um recado direto para a militância: “Vocês são nosso maior patrimônio, vocês garantiram que Haddad fosse para o segundo turno”.

Emocionado com tantos novos e velhos companheiros no palco e por todos os cantos do ginásio, Fernando Haddad lembrou que “quando eu estava com 3%, esse povo estava do meu lado, em todos os bairros, com suas bandeiras. Ao contrário de muito analista político, que dizia que não estaríamos no segundo turno”. E frisou uma das maiores diferenças de sua candidatura para a de seu adversário. “Nós queremos desbloquear São Paulo trazendo todos os programas federais para cá, sem exceção. Quero transformar São Paulo em um laboratório de políticas públicas e não vou colocar interesses partidários a frente do interesse público. Nos últimos anos, a cidade tem sido tratada como propriedade privada. Isso vai acabar. Agora será o que vocês quiserem”.

Presentes no palco estavam ainda os ministros Marta Suplicy, Aloizio Mercadante e Alexandre Padilha, o senador Eduardo Suplicy, o vice-presidente Michel Temer, Gabriel Chalita, vereadores eleitos, deputados estaduais e federais. E todos prestaram muita atenção quando o presidente Lula começou a falar com seu habitual carisma e bom humor. “O fenômeno que está acontecendo com este companheiro é mais importante do que o aconteceu com a Marta, quando ganhou, ou com a Erundina. Porque este companheiro, no conceito dos adversários, era apenas um poste e um poste que não tinha transformador. E se esqueceram que o transformador era o povo”.

Lula também bateu na tecla da mobilização. “Até dia 28, nós não ganhamos nada. Ninguém pode colocar sapato alto. Cada companheiro, cada companheira, precisa ter consciência de que o nosso trabalho precisa continuar. O nosso adversário está cada dia mais raivoso”, e então olhou diretamente para Haddad e o aconselhou. “Não faça o jogo rasteiro que ele tá fazendo. Você não tem que dar resposta para ele, você tem que dar resposta aos milhões de paulistanos que acham que você significa a mudança para a cidade”.

A presidenta Dilma Rousseff começou sua fala traçando um paralelo entre a campanha atual para a prefeitura de São Paulo com a presidencial de 2010. O adversário era o mesmo nas duas e, não coincidentemente, o jogo sujo partindo do outro lado do front estava se repetindo agora. “Eu vim aqui lembrar isso para vocês, mas também vim dizer que o companheiro Haddad é um dos mais competentes e experientes para governar São Paulo”.

Então explicou que foi em sua gestão no Ministério da Educação que “nós conseguimos algo que nunca aconteceu antes: um milhão de estudantes pobres na universidade. E a quem se deve isso? A Haddad. Ele também nos ajudou a fazer a política de creches. Diante de vocês está um jovem que se dedicou nos últimos anos a trabalhar para transformar este país num lugar melhor para nós vivermos. E ele sabe a importância da cidade de São Paulo para a economia brasileira”.

Olhando para um palanque cheio de pessoas das mais diversas correntes do PT e de outros partidos como o PMDB e o PC do B, a presidenta mandou um recado direto. “Somos um projeto político de aliados que não persegue ninguém. Não olhamos para a cor da camisa do prefeito e do governador. Sempre garantimos recursos, mas é preciso trabalhar em equipe. Nós precisamos da Prefeitura de São Paulo. Precisamos de gente comprometida com a Lei das Cotas, com o ‘Minha Casa, Minha Vida’ e com pessoas que não tem raiva dos outros. Não achamos que o que o povo fala não deve ser escutado. Somos pessoas que respeitam a vontade do povo, temos esse compromisso”.


Fonte: Linha Direta - http://virou.gr/TCLAz2