O
chamado 'mensalão' foi um processo político, cujos fatos foram
superdimensionados, com fins eleitorais. O primeiro objetivo era
abater Lula até 2006. Fracassou com a reeleição do
ex-presidente. O segundo objetivo era "acabar com a raça
do PT", como disseram na época alguns líderes da oposição
reacionária. Também fracassou.
O escândalo prejudicou carreiras
políticas individuais de petistas, e freou um crescimento maior da
bancada do PT no Congresso, mas quem sofreu as maiores baixas em
número de cadeiras foram os partidos de oposição como o DEM, PSDB
e PPS.
Há
uma grande diferença no que pensa a ruidosa "opinião
publicada" na imprensa oligárquica, e a maioria silenciosa
da população.
Para
a velha mídia seria o "julgamento do século". No entanto
a força-tarefa expressa em manchetes de jornais e telejornais não
despertou o interesse esperado. Para piorar, aqueles mais aficionados
pelo noticiário político viram dois juízes dormindo de toga, e uma
juíza (Carmem Lúcia) saindo no intervalo de uma sessão do
"julgamento do século", porque tinha algo mais importante
a fazer: cuidar do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do qual ela é
presidenta.
Na
ilusão oposicionista da imprensa oligárquica, o fato de haver meia
dúzia de petistas em julgamento contaminaria a imagem de todo o
partido eleitoralmente. Mas nas massas populares a percepção é
diferente. Quem se deixa influenciar por este noticiário, não fica
com má imagem de apenas um partido, e sim de todos os partidos, de
todo o setor político.
O
julgamento do chamado "mensalão" desgasta mais políticos
com contenciosos em sua biografia. Quanto menos limpa é a ficha,
pior para o candidato. Se pegarmos o exemplo da eleição paulistana,
o eleitor influenciável pelo noticiário do julgamento é mais
arredio em votar em um candidato como José Serra, que tinha 17
processos na última eleição, do que em um candidato como Fernando
Haddad, em cuja ficha nada consta, independentemente do partido ao
qual é filiado.
Não
por acaso são pouco os candidatos de oposição que se animam a
explorar o julgamento na campanha eleitoral. Preferem deixar os
ataques terceirizados na imprensa.
Fonte: Rede Brasil Atual - http://virou.gr/NMRpax
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