Manobras, atropelos e açodamentos marcam, há mais de dois meses, o debate sobre o projeto de lei (PL 4567/16) de autoria do senador e ministro provisório de Relações Exteriores, José Serra (PSDB). A proposta retira da Petrobras a exclusividade na produção e exploração na camada do pré-sal. A estratagema usada, nesta quarta-feira (6), pelo líder do PMDB, Darcisio Perondi (RS), que propôs, no início da reunião da comissão especial, retirar o texto de pauta - já sabendo que a proposta seria rejeitada pelos seus pares - revoltou os deputados da Bancada do PT que compõem o colegiado. Apesar de toda a manobra entreguista, ficou para amanhã, às 9h30, a votação do parecer final do deputado Calos Aleluia (DEM-BA).
“Aqui tem uma maioria que quer passar o trator na minoria. Quer fazer tábula rasa porque nós estamos discutindo uma questão fundamental para o Brasil que é a questão energética, que a questão do petróleo, que qualquer país do mundo pensa em cuidar da melhor forma possível, mas que aqui querem ganhar no grito, querem votar logo. Só que estamos na democracia e a democracia exige respeito”, repudiou o segundo vice-presidente do colegiado, Carlos Zarattini (PT-SP). Ele se referia a pressa dos deputados defensores do governo golpista e temporário de Michel Temer em acelerar a aprovação do projeto entreguista.
“Aqui tem uma maioria que quer passar o trator na minoria. Quer fazer tábula rasa porque nós estamos discutindo uma questão fundamental para o Brasil que é a questão energética, que a questão do petróleo, que qualquer país do mundo pensa em cuidar da melhor forma possível, mas que aqui querem ganhar no grito, querem votar logo. Só que estamos na democracia e a democracia exige respeito”, repudiou o segundo vice-presidente do colegiado, Carlos Zarattini (PT-SP). Ele se referia a pressa dos deputados defensores do governo golpista e temporário de Michel Temer em acelerar a aprovação do projeto entreguista.
“Nós vamos levantar nossa voz. Vamos nos manifestar. Não tentem nos calar porque nós temos o Regimento. Só existe uma hipótese, é rasgar o Regimento, mas cuidado se rasgar o Regimento significa rasgar democracia e isso nós não vamos aceitar em hipótese alguma e a luta será grande”, garantiu o líder da Minoria.
Em nome da liderança da Minoria, o deputado Carlos Zarattini chamou a atenção para uma das simbologias do projeto do senador tucano. “Esse projeto é simbólico porque, nós aqui sabemos muito bem, que ele é um primeiro passo que esse governo ilegítimo quer dar para arrebentar com regime de partilha e voltar o sistema de concessão”, alertou o deputado.
Carlos Zarattini fez questão de mandar um recado para a ala governista. “Não fiquem nervosos. Haverá oposição, haverá obstrução e que nos vençam, porque nós vamos debater, porque nós vamos denunciar o povo brasileiro aquilo que está sendo feito de forma errônea, sabotando os interesses nacionais, tentando jogar crise nas costas do povo brasileiro”, afirmou o petista
“Nós queremos impedir esse projeto de ser aprovado por que nós queremos que o povo brasileiro ouça aquilo que está acontecendo aqui nessa casa, disse Zarattini reafirmando que a sanha entreguista do PSDB/PMDB não contará com o silêncio das bancadas do PT, PC do B, PDT e Psol.
Benildes Rodrigues / Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
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