sábado, 28 de janeiro de 2017

America Latina - repressão política e perseguição judicial a Lula, Cristina Kirchner e Fernando Lugo

Assim como Lula no Brasil, que sofre uma perseguição judicial jamais antes vista, a ex-presidenta Cristina Kirchner, na Argentina, e o ex-presidente Fernando Lugo, no Paraguai, também são vítimas de uma verdadeira “caçada” jurídica que tem por objetivo impedir as suas candidaturas nas próximas eleições presidenciais – Brasil e Paraguai em 2018 e Argentina em 2019.
A repressão policial com seletividade política – obviamente, contra a esquerda – também está ocorrendo em diversos países da América Latina neste momento, como no México e na Argentina, onde líderes populares e movimentos sociais são atacados por forças policiais e judiciais que atuam para defender medidas e governos neoliberais.
Assista ao vídeo no qual o líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini (PT-SP), explica o que está acontecendo na América Latina neste momento.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Zarattini anuncia forte campanha contra reforma da Previdência proposta por Temer

O líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (SP), afirmou na quarta-feira (25), que o partido prepara uma série de ações para tentar impedir a aprovação da reforma da Previdência no Congresso e que a oposição ao projeto poderá contar com a participação de bancadas que hoje fazem parte da base aliada do presidente ilegítimo Michel Temer, como o PTB e o Solidariedade.
A crença de Zarattini em uma vitória contra o governo no debate sobre a Previdência se baseia principalmente na forma como o partido atuou com o projeto de renegociação das dívidas dos estados com a União. “Ganhamos a rejeição ao projeto que arrochava os estados em troca da negociação das dívidas, comandamos a votação e obtivemos o resultado, tanto que Temer teve de vetar um projeto da sua iniciativa. Está aí embasada a ideia de barrar a reforma da Previdência”, disse, em entrevista à TV Estadão, argumentando que o PT não perdeu todas as votações.
O petista afirmou que partidos como o PTB e o Solidariedade, que fazem parte da base de Temer, também devem se opor à reforma da Previdência. “A oposição não é só do PT ou da esquerda, é mais ampla”, declarou. Segundo Zarattini, as ações contra a reforma devem ser desde manifestações de rua até a realização de plenárias e articulações com lideranças religiosas. “Vamos divulgar os malefícios da reforma da Previdência, que é repudiada pela população”, disse.

A ideia, segundo o deputado, é fazer uma contraposição à campanha que o governo tem feito na mídia a favor da reforma. “Estão gastando milhões e milhões, mas é muito difícil mudar a opinião dos brasileiros, que podem perder direitos previdenciários”, afirmou.
Delações - O líder do PT comentou também as delações de executivos da Odebrecht e disse que elas podem causar uma “forte desagregação” no Congresso. Ele disse ainda que tem ocorrido uma criminalização não somente do chamado caixa 2, mas também das doações legais de empresas a parlamentares. “Impedir a relação entre empresários e parlamentares é querer impedir que o sol brilhe de manhã”, afirmou o deputado.
Após a crítica, ele defendeu a regulamentação do lobby no Brasil para dar mais transparência às relações entre empresas e políticos, ao dizer que é natural setores empresariais buscarem ter seus representantes no Congresso. A regulamentação, portanto, serviria para “clarificar quem é quem no Congresso”. Apesar disso, Zarattini se posicionou a favor do fim das doações empresariais em campanha eleitorais e torce para que “elas não voltem mais”.
Ainda sobre as relações entre políticos e empresas, o deputado afirmou que “a cada dia está evidente que o PMDB operou recursos em empresas do governo, não só o Eduardo Cunha (ex-presidente da Câmara), mas também a participação clara e evidente do Renan Calheiros (presidente do Senado) e do próprio presidente Michel Temer”. “É preciso discutir isso.”
Futuro do PT - Sobre o futuro do PT, Zarattini negou que esteja havendo uma maior divisão no partido, depois do processo do impeachment e de derrotas nas eleições municipais. “Há um ano a imprensa falava que 40 deputados iam sair do partido e até agora não saíram. Estamos nos reaproximando, estamos cada vez mais unidos”, afirmou.

Equipe PT na Câmara ,com agências
Foto: Gustavo Bezerra
Mais fotos: www.flickr.com/photos/ptnacamara

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Prioridade do PT é dialogar com PDT e PCdoB para fechar posição sobre eleição na Câmara

Dialogar com o PDT e o PCdoB para uma possível composição da mesa diretora da Câmara dos Deputados é a prioridade da Bancada do PT, que se reuniu nesta terça-feira (24). Essa é a orientação anunciada pelo líder da bancada, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), após a reunião. “Não fechamos uma posição definitiva. Nós vamos procurar o PDT e o PCdoB para dialogar com eles sobre a possível candidatura do deputado André Figueiredo [PDT-CE´]. É uma candidatura que está colocada e nós queremos discutir essa possibilidade”, afirmou Zarattini.

Questionado se a bancada petista tem alguma dúvida quanto à manutenção da candidatura de André Figueiredo, o líder disse que o próprio PDT tem rejeitado isso. “É evidente que tudo indica que a candidatura continue até o dia 2 de fevereiro”, disse.
Zarattini alertou, porém, que será necessário que “se constitua em torno dela um arco de partidos capaz de lhe dar sustentação efetiva”.
O parlamentar afirmou ainda que vai manter conversas com os candidatos à Presidência da Casa, deputados Jovair Arantes (PTB-GO) e Rodrigo Mais (DEM-RJ) no sentido de garantir o respeito ao princípio da representação proporcional das bancadas na composição da mesa, bandeira que vem sendo reafirmada pela bancada petista desde dezembro passado. “Queremos uma mesa que respeite as regras estabelecidas no regimento interno da Câmara, que respeite a democracia interna, que permita que os movimentos sociais e entidades representativas da população possam estar presentes na Câmara dos Deputados para acompanhar os debates políticos, as votações. Vamos continuar dialogando nesse sentido. Essa é a questão fundamental para nós. É o que vamos colocar a todos os candidatos”, sustentou Zarattini, que lidera a segunda maior bancada da Câmara, composta por 58 parlamentares.
O líder informou que a decisão final sobre esse tema será tomada em reunião da bancada marcada para o dia 31 de janeiro.
Benildes Rodrigues

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Bancada do PT estranha sigilo em investigação do acidente com Teori e cobra transparência

Em nota assinada pelo líder, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), a Bancada do PT na Câmara questionou a decisão judicial que decreta sigilo sobre as investigações do acidente aéreo que vitimou o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF). Para a bancada petista, “as investigações deste caso devem ser conduzidas de forma independente e cristalina”. Confira a íntegra da nota.

NOTA OFICIAL
INVESTIGAÇÃO COM INDEPENDÊNCIA E TRANSPARÊNCIA
A Bancada do PT na Câmara estranha a decisão do juiz Raffaele Felice Pirro, da 1ª Vara Federal de Angra dos Reis (RJ), que decretou nesta segunda-feira (23) o sigilo das investigações realizadas pela Polícia Federal a respeito da queda do avião no qual faleceu o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator da Operação Lava-Jato, Teori Zavascki.
Diante do enorme interesse público sobre o episódio, consideramos imperativo que a apuração deste acidente seja feita com a maior transparência possível.
Considerando o impacto que a substituição do ministro na relatoria da Lava-Jato poderá ter, bem como as inúmeras dúvidas suscitadas e perguntas não respondidas acerca do acidente, entendemos que as investigações deste caso devem ser conduzidas de forma independente e cristalina.
Solicitamos, portanto, que o mencionado juiz reveja a sua decisão, de modo que não seja violado o direito da sociedade brasileira a informações de evidente e indiscutível relevância.
Brasília, DF, 23 de janeiro de 2017.
Dep. Carlos Zarattini (SP)
Líder do PT na Câmara dos Deputados

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

PT lança 6º Congresso e Lula convoca militância à unidade e à luta para reconstruir o partido

Um ato em São Paulo (SP), nesta quinta-feira (19), marcou o lançamento do 6º Congresso Nacional do Partido dos Trabalhadores, que ocorrerá em junho e será precedido de etapas municipais e estaduais entre abril e maio. Falando para uma plateia composta por dirigentes do partido e de movimentos sociais, parlamentares e militantes de todo o Brasil, o ex-presidente Lula convocou a militância à unidade e à luta contra o governo golpista e pela reconstrução da imagem da legenda.
“Eu trabalho com a ideia de que 2017 é o ano para recuperarmos a imagem do PT. Eu quero me dedicar de corpo e alma a reconstruir, no bom sentido, e a limpar a imagem desse partido”, disse Lula, que desafiou a direita a questionar o legado petista à frente do governo.
“Esse partido tem muito mais virtudes do que defeito. Nós não fizemos tudo [no governo], mas ninguém fez mais do que nós”, afirmou.
Segundo Lula, o PT sofreu com um golpe que é resultado de uma concertação das elites brasileiras. “Eles construíram um pacto, talvez o mais importante pacto que a elite brasileira já fez”, ressaltou.
O ex-presidente também criticou o atual bloco de poder que comanda o Executivo, referindo-se sempre ao “governo golpista” de Michel Temer e da direita. “Quando eu vejo eles destruírem a Petrobras que nós fizemos (...) eu acho que estamos retrocedendo ao longo da história. E nós temos que brigar agora”, avalia Lula, que abordou bastante o debate econômico.

“Se quisermos resolver o problema da economia, temos que voltar a incluir os pobres no orçamento da união. Eles estão tentando resolver a economia fazendo um ajuste em cima de quem não merece ajuste, que é o povo pobre e trabalhador deste país”, argumentou Lula, revelando ainda que tem divergências com alguns economistas petistas.
As distorções no uso da bandeira do combate à corrupção foi outro assunto tratado na fala de Lula. “Não dá para em nome de combater a corrupção, você quebrar o país e a economia brasileira. Se tem um partido que batalhou pelo combate à corrupção, esse partido se chama Partido dos Trabalhadores e eu tenho muito orgulho disso”, declarou.
O líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), participou do ato e, além de saudar a militância pela realização do Congresso, defendeu a candidatura de Lula à presidência em 2018. “Vamos fazer esse Congresso para fazer um balanço dos nossos 13 anos de governo, mas ao mesmo tempo erguer o partido para enfrentar as lutas que temos pela frente e, principalmente, para voltar ao País a democracia e para, de novo, ocuparmos o Palácio do Planalto, dar direção para esse País e construirmos um país justo, democrático e soberano, elegendo o presidente Lula em 2018 ou antes disso”, conclamou Zarattini.
“Esse partido é um instrumento de luta do povo brasileiro que está enraizado em todos os cantos do País. Essa força nos permitiu ganhar quatro eleições e começar um processo de emancipação social e soberania nacional. Esse nosso partido provou que a democracia é o melhor caminho para a emancipação do Brasil”, destacou o líder.
O vídeo completo do ato está disponível no Facebook da Fundação Perseu Abramo:
Mais detalhes na Agência PT de Notícias:
Rogério Tomaz Jr.
Foto: Paulo Pinto/Agência PT

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

PT reafirma defesa do respeito à proporcionalidade das bancadas para eleição na Câmara

A bancada do PT na Câmara definiu nesta terça-feira (17) os critérios que vão nortear o eventual apoio do partido a um dos candidatos à presidência da Câmara. Os parlamentares firmaram posição a favor do respeito ao princípio democrático da representação proporcional na composição da Mesa Diretora da Casa – o PT tem a segunda maior bancada – e do respeito às regras do Regimento Interno da Câmara. Também foram destacados o direito ao amplo debate das propostas enviadas pelo governo ilegítimo e golpista de Michel Temer à Câmara, com destaque para as reformas da Previdência e Trabalhista, além da garantia de participação popular nas discussões.
Até agora, quatro candidatos disputam a presidência da Câmara. O atual presidente, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), e os deputados André Figueiredo (PDT-CE), Jovair Arantes (PTB-GO) e Rogério Rosso (PSD-DF). “Nós precisamos ter democracia na Câmara e essa democracia passa pelo respeito à proporcionalidade e ao regimento interno. O PT tem que estar na Mesa porque possui a segunda maior bancada (da Câmara) eleita pelo povo brasileiro. Então, nossa principal decisão é colocar a todos os candidatos, e a todos os partidos da Casa, essa exigência de respeito à democracia”, afirmou.
O líder também destacou que a bancada petista não abre mão do direito ao amplo debate de todos os projetos em tramitação na Câmara. “Queremos que os projetos que venham para essa Casa sejam amplamente debatidos, queremos a participação popular no parlamento, queremos ver as galerias abertas à participação do povo, porque os temas em debate mexem com a vida de todos brasileiros, especialmente a reforma da Previdência e a reforma Trabalhista”, ressaltou.

Na reunião ficou definida a composição de uma comissão que discutirá o posicionamento da bancada nesse processo de eleição para a presidência da Câmara e que se reunirá com o ex-presidente Lula e com a Executiva Nacional no dia 19, quinta-feira. Já na sexta (20), o tema será debatido na reunião do diretório nacional do PT, em São Paulo.
Fazem parte da Comissão da bancada o líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (PT-SP) e os deputados Arlindo Chinaglia (SP), Décio Lima (SC)Givaldo Vieira (ES)José Guimarães (CE)José Mentor (SP), Marco Maia (RS)Nelson Pellegrino (BA), Paulo Pimenta (RS)Paulo Teixeira (SP), Pedro Uczai (SC) e Vicente Cândido (SP).


Rui Falcão - Presente à reunião, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, também apoiou a exigência da bancada de presença na Mesa Diretora, afirmando que “o PT precisa ter participação correspondente ao peso social que representa na Câmara”.
Segundo Falcão, a participação na Mesa Diretora fortalece o PT na luta contra os retrocessos propostos pelo governo ilegítimo e golpista de Michel Temer. “Estamos dialogando com todos os movimentos sociais que desejam barrar essas medidas de retrocesso que o governo golpista vem implementando, e que estão sendo feitos a toque de caixa no País. Isso não corresponde aquilo que a população espera. Estão revogando direitos, estabelecendo medidas antidemocráticas e desmontando em pouco tempo o que foi duramente construído ao longo dos 13 anos dos governos petistas”, lamentou.
Héber Carvalho