O
deputado Carlos Zarattini (PT/SP) defendeu nesta terça-feira, 19, um sistema
eleitoral que reforce a atuação dos partidos e o voto nas listas partidárias.
Durante reunião da Comissão Especial da Reforma Política, o parlamentar
criticou ainda o sistema de "Distritão",
no qual os mais votados em cada estado são eleitos independente do partido
político. Modelo proposto no relatório do deputado Marcelo Castro (PMDB-PI). Se
aprovado o sistema proporcional atual seria substituído por um majoritário.
Zarattini anunciou que Partido dos Trabalhadores deve passar
a defender o sistema distrital misto para a eleição de deputados na busca pelo
entendimento. Esse modelo combina o voto
majoritário e o proporcional. Inicialmente, o partido defendia o
sistema proporcional, com listas fechada de candidatos.
“Somos
contra a proposta do "distritão" porque vai contra uma tradição da
política brasileira, o voto proporcional. Um voto que sempre garantiu a
representação de setores, ideias e partidos minoritários. Esse sistema acaba
com essa ideia de proporcionalidade. Vamos defender uma proposta que é intermediária, que nós aceitamos uma
composição com o voto distrital misto, porque ele garante a representação dos
distritos e mantém a representação proporcional garantindo que as ideias
minoritárias sejam representadas”, destacou o parlamentar paulista.
A proposta prevista no relatório prevendo financiamento
privado de campanha também foi criticada pelo petista. “Nós não
concordamos que se mantenha o financiamento privado das campanhas. Mas ainda
que se mantenha o financiamento das empresas. Essa vinculação de empresa
privada e atividade política é a porta de entrada da corrupção nos sistema
político. Nós defendemos o financiamento público e por meio de pessoas físicas,
mas com limite de doação”.
O presidente da Comissão, deputado Rodrigo
Maia (DEM/RJ) agendou para próxima segunda e terça-feira a votação do relatório
do deputado Marcelo Castro (PMDB/PI).
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