quarta-feira, 20 de maio de 2015

Reforma Política: “Distritão" vai contra uma tradição da política brasileira, diz Zarattini

O deputado Carlos Zarattini (PT/SP) defendeu nesta terça-feira, 19, um sistema eleitoral que reforce a atuação dos partidos e o voto nas listas partidárias. Durante reunião da Comissão Especial da Reforma Política, o parlamentar criticou ainda o sistema de "Distritão", no qual os mais votados em cada estado são eleitos independente do partido político. Modelo proposto no relatório do deputado Marcelo Castro (PMDB-PI). Se aprovado o sistema proporcional atual seria substituído por um majoritário.

Zarattini anunciou que Partido dos Trabalhadores deve passar a defender o sistema distrital misto para a eleição de deputados na busca pelo entendimento. Esse modelo combina o voto majoritário e o proporcional. Inicialmente, o partido defendia o sistema proporcional, com listas fechada de candidatos.

“Somos contra a proposta do "distritão" porque vai contra uma tradição da política brasileira, o voto proporcional. Um voto que sempre garantiu a representação de setores, ideias e partidos minoritários. Esse sistema acaba com essa ideia de proporcionalidade. Vamos defender uma proposta que é intermediária, que nós aceitamos uma composição com o voto distrital misto, porque ele garante a representação dos distritos e mantém a representação proporcional garantindo que as ideias minoritárias sejam representadas”, destacou o parlamentar paulista.

A proposta prevista no relatório prevendo financiamento privado de campanha também foi criticada pelo petista. “Nós não concordamos que se mantenha o financiamento privado das campanhas. Mas ainda que se mantenha o financiamento das empresas. Essa vinculação de empresa privada e atividade política é a porta de entrada da corrupção nos sistema político. Nós defendemos o financiamento público e por meio de pessoas físicas, mas com limite de doação”.


 O presidente da Comissão, deputado Rodrigo Maia (DEM/RJ) agendou para próxima segunda e terça-feira a votação do relatório do deputado Marcelo Castro (PMDB/PI).

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