quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Ranking da competitividade: porque na pesquisa da CNT notas das rodovias serão sempre baixas?




Enviada em 14 de setembro de 2011

Para a pesquisa da CNT, todas as rodovias, sem exceção, deveriam ser assim!

O ranking global de competitividade do Fórum Econômico Mundial - documento que subsidia a reunião anual dos líderes globais em Davos – traz algumas incongruências em sua avaliação sobre a malha viária brasileira. José Augusto Valente, especialista em Logística e Transporte, diretor executivo da Agência T1, ressalta, por exemplo os critérios usados nas notas da pesquisa da CNT que avalia como “bom” apenas a pontuação acima de 81.

Valente explica que a nota final de cada ligação rodoviária é a média das notas relativas à Pavimentação, Sinalização e Geometria. “Se a ligação rodoviária tiver nota 100 na pavimentação e 100 na sinalização, mas 40 na geometria, por estar em região montanhosa, terá uma média 80 e será considerada regular, o que seria considerado muito bom em qualquer país”, conclui Valente.

“Como os índice de Geometria serão sempre baixos (leia mais neste blog), a nota final da grande maioria das ligações rodoviárias estará sempre abaixo de 81. O que levará a CNT e à imprensa a informar que a malha rodoviária nacional está reprovada”, raciocina o especialista.

Corrente de comércio exterior duplicou

Por fim, o consultor ressalta que a CNT não avalia rodovias, mas as ligações rodoviárias, juntando rodovias federais com estaduais e rodovias com alto volume de tráfego com outras de baixíssimo volume. O que não traz nenhuma consequência prática para os gestores das malhas federal e estadual.

Segundo Valente, o estudo do Fórum tem de explicar a seguinte contradição: a corrente de comércio exterior quase quadriplicou, passando de cerca de US$ 100 bilhões em 2002 para US$ 355 bilhões em 2010. A quantidade de contêineres (cargas de maior valor agregado) aumentou 2,25 vezes, passando de dois milhões, em 2002, para 4,5 milhões, em 2010.

Em 2010, explica o consultor, o Brasil teve o melhor desempenho, no comércio exterior, entre todos os países, incluindo a China. Em relação a 2009, as exportações cresceram 38%, enquanto as importações cresceram 34%. A China teve crescimento de 25% e 30%, respectivamente.

Afinal, o que dizem os números?

“Esses números sustentam a tese de que o Brasil perdeu posições em competitividade, como diz o Fórum? Que as rodovias, ferrovias e portos estão em situação precária? Qual é a racionalidade dessa informação, que colide de frente com os fatos?”, questiona Valente.

via: http://agenciat1.com.br



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