quarta-feira, 13 de julho de 2011

Trem Bala: Governo Dilma enfrenta as empreiteiras

Toda a mídia anunciou o "fracasso" do leilão do Trem de Alta Velocidade pela falta de comparecimento de interessados. No entanto, ninguém observou que ao manter o leilão e imediatamente anunciar um novo modelo de licitação, o Governo Dilma enfrentou a arrogância das grandes empreiteiras nacionais que se recusaram a participar do leilão e anunciaram aos quatro cantos que o custo da obra não seria R$ 32 bilhões mas sim R$ 50 ou 60 bilhões. Esses grandes grupos que dominam as grandes obras nacionais queriam impor seu preço e até mesmo a tecnologia a ser usada.

Agora, com a proposta de realização de dois leilões elas perdem o controle do projeto. O primeiro leilão vai ser usado para escolher a tecnologia do TAV. A empresa ganhadora vai realizar o projeto executivo da obra de acordo com suas especificações e pagará um bônus pela utilização dessa infra-estrutura. Com o projeto executivo será possível calcular o custo da obra, com baixíssimo risco.

O segundo leilão selecionará o grupo investidor que deverá contratar as empreiteiras que construirão a infra-estrutura de acordo com o projeto executivo, portanto com preço definido. Ou seja, as empreiteiras não poderão impor um preço, até mesmo porque a linha será dividida em trechos. Assim, poderão participar empresas médias e de outros países. Essa obra será financiada pelo BNDES e paga com os bonus dos operadores.

Evidentemente não será simples e fácil essa batalha. As grandes empreiteiras continuarão dizendo que a obra custa muito caro, que a demanda não é certa e outros argumentos muito divulgados pela nossa mídia.

O Governo também vai ter que ser muito mais afirmativo na defesa do TAV. Tem que demonstrar que essa é a melhor alternativa para a principal ligação do país. Melhor, por que é de alta capacidade, melhor ambientalmente, melhor em termos de segurança e é preciso comparar custos com a alternativa rodoviária e com a construção de um novo aeroporto. Enfim, é preciso convencer o povo que não estamos propondo um brinquedo sofisticado, mas sim uma alternativa correta de transporte inter-metropolitano já adotada nos principais países do mundo.

2 comentários:

  1. Aecio da Silva Freitas13 de julho de 2011 às 23:10

    O governo não precisa de baixar a cabeça para as empleiteiras ... Deve-se contratar, pagar os recursos devidos e jamais entrar em jogos que descontrolem as receitas, dinheiro vai dienheiro vem... o Brasil deve ser uma naçaão de eterno progreso, construindo sempre e não por impulsos e emoções. Basta começar. Deputado use o seu poder para convencer, faças uma Lei para que a caixa ou o BNDS Seja o Patrão e adiministre os valores das obras, sem precisar de intermediários, resposta a altura ao nível de arogância, já despeijada efetivamente. Lembre-se elas vão querer um super faturamento para financiar seus representantes futuros, no entanto o povo não pode ter representantes e sim as empresas... Isso é o que vinga e o que voces compartilhão Sempre, comerce por vos, dizendo não a esse furo na constituição do país e a toda população que espera por Saúde. segurança e principalmente Educação para não ter um congreso tão aleio nos representando.
    Aecio da Silva Freitas
    PSB-SP.

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  2. Muito boa matéria, Zsrattini. Esclarecedora. Vc Precisa ter aquela opção de a gente poder compartilhar a tua postagem no facebook e twitter, para que mais pessoas possam ter acesso a táo
    simples e contundente explicação.
    Valeu!

    Grande abraço.

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