SÃO PAULO - A discussão sobre o fim das prévias e a adoção regras mais duras para filiação partidária dividiu o grupo que hoje comanda o PT. Reunidos ontem em São Paulo, integrantes da chapa Para Mudar o Brasil, composta pela correntes PT de Luta e de Massa (PTLM), Novos Rumos e Construindo um Novo Brasil (CNB), a maior do partido, não chegaram a acordo sobre as mudanças no estatuto, a serem votadas no 4ª Congresso do PT no dia 4 de setembro.
"As propostas do anteprojeto foram mal recebidas pela maioria", afirmou o deputado federal Carlos Zarattini, pré-candidato para a Prefeitura de São Paulo. O texto com as mudanças foi elaborado pela comissão de reforma do estatuto e causou polêmica entre militantes, principalmente pela limitação às prévias, em que os militantes escolhem o candidato majoritário por eleição direta.
"A proposta do [deputado federal Ricardo] Berzoini, de serem necessários 20% das assinaturas dos filiados [para inscrever a pré-candidatura], acaba com as prévias", criticou Zaratinni. Hoje, é preciso do apoio de 10% dos filiados ou de 15% da direção para concorrer a indicação do partido. O anteprojeto prevê dobrar esses números. "Em São Paulo, com 120 mil filiados, seria preciso 24 mil assinaturas. É absurdo", disse.
"As propostas do anteprojeto foram mal recebidas pela maioria", afirmou o deputado federal Carlos Zarattini, pré-candidato para a Prefeitura de São Paulo. O texto com as mudanças foi elaborado pela comissão de reforma do estatuto e causou polêmica entre militantes, principalmente pela limitação às prévias, em que os militantes escolhem o candidato majoritário por eleição direta.
"A proposta do [deputado federal Ricardo] Berzoini, de serem necessários 20% das assinaturas dos filiados [para inscrever a pré-candidatura], acaba com as prévias", criticou Zaratinni. Hoje, é preciso do apoio de 10% dos filiados ou de 15% da direção para concorrer a indicação do partido. O anteprojeto prevê dobrar esses números. "Em São Paulo, com 120 mil filiados, seria preciso 24 mil assinaturas. É absurdo", disse.
Os defensores do modelo argumentam que é preciso limitar a disputa interna para não criar sequelas e evitar a disputa apenas para marcar posição - comum nas alas mais radicais do PT. "As últimas prévias que fizemos, embora seja um instrumento democrático, foram viciadas por vários problemas, inclusive interferência econômica", afirmou o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho.
Na semana passada, Carvalho disse ao "Estado de S. Paulo" que a realização de prévias seria um "desastre". Agora, ele fala em "aperfeiçoar" o processo de escolha. "Prefiro que a gente chame as lideranças, discuta e chegue a um consenso", declarou.
Outro tema a dividir o grupo que comanda o PT é uma mudança proposta no anteprojeto para tornar obrigatória a participação em cursos e palestras para se filiar ao partido. "Tem que colocar limites em certas práticas. Mas não estou convencido que essa exigência seja a solução", disse o ex-chefe da Casa Civil José Dirceu, que, em tom de brincadeira, comparou as regras a um "Enem" (exame que serve como vestibular ao fim do ensino médico) para se filiar a legenda.
Um dos coordenadores da comissão de reforma do estatuto, Gleber Naime reclamou das críticas. "Quem faz piadinha deveria perceber que desqualifica o debate. Não queremos filiados só para votar nas eleições internas. Queremos militantes", disse. "Os cursos podem ser uma alternativa para votar na eleição interna, ao invés da contribuição financeira ao partido", completou.
Na semana passada, Carvalho disse ao "Estado de S. Paulo" que a realização de prévias seria um "desastre". Agora, ele fala em "aperfeiçoar" o processo de escolha. "Prefiro que a gente chame as lideranças, discuta e chegue a um consenso", declarou.
Outro tema a dividir o grupo que comanda o PT é uma mudança proposta no anteprojeto para tornar obrigatória a participação em cursos e palestras para se filiar ao partido. "Tem que colocar limites em certas práticas. Mas não estou convencido que essa exigência seja a solução", disse o ex-chefe da Casa Civil José Dirceu, que, em tom de brincadeira, comparou as regras a um "Enem" (exame que serve como vestibular ao fim do ensino médico) para se filiar a legenda.
Um dos coordenadores da comissão de reforma do estatuto, Gleber Naime reclamou das críticas. "Quem faz piadinha deveria perceber que desqualifica o debate. Não queremos filiados só para votar nas eleições internas. Queremos militantes", disse. "Os cursos podem ser uma alternativa para votar na eleição interna, ao invés da contribuição financeira ao partido", completou.
(Raphael Di Cunto | Valor)
*Fonte: Jornal Valor Econômico
No caso, como se trata de mudança do Estatuto, eu sugiro a formalização de um texto, a partir das discussões nos diretórios. Quantos Diretórios Zonais da Capital estão discutindo isto? E a reforma política? A não ser nos macro encontros, não fui convidada a debater no diretório do Butantã, qualquer desses temas. Aí fica difícil! Se é pra fazer de conta que ainda existem prévias, como foi nas eleições 2010, em que o Senador Suplicy angariava assinaturas, como reza o Estatuto, enquanto outros empurravam o Ciro Gomes pra cá e outros impunham a candidatura do Mercadante, sendo que o Suplicy, apesar das milhares de assinaturas recolhidas e de estar no dia da reunião do Diretório Estadual, que rechaçou por unanimidade sua candidatura, mesmo estando com 19 % das intenções de votos no Estado, contra 13 % do Mercadante, segundo a Folha de São Paulo do mesmo dia, o melhor mesmo é acabar com a hipocrisia. Só que o PT, não só os atuais mandatários que não são eternos, pelo contrário, assim como eu, já estão andando na direção contrária, pois já com mais de 50 anos, perderia sua identidade. Penso que uma reforma política deveria começar sim dentro do próprio partido, chamando realmente sua base a participar do processo de reforma, como protagonista da reforma e não como meros votantes, que mal sabem o que significa a sigla PT, não conhecem sua história, nem seu objetivo, que também este último vai se perdendo no imaginário dos ideológicos que sonharam e muitos ainda sonham que o Partido ainda é dos Trabalhadores. A Estrela é um símbolo muito amado, agora as estrelas do PT, não deveriam se colocar acima do Partido e dos seus militantes fieis. Todos deveriam ser bem vindos, mas dizendo a que vieram!!! Senão, curso neles mesmo!!!! Muito tenho de aprender, não nego, mas dentro do que pude, lutei,luto e defendo o meu Partido, pois conheço seus princípios e lutaria ainda mais para que ele não se perca por estrelismo de alguns.
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