Por Carlos Zarattini
A
história da Força Aérea Brasileira (FAB) e da indústria nacional de Defesa ganhou
novo capítulo com o primeiro voo do maior avião já projetado no Brasil, o
KC-390, realizado nesta semana, na base da Embraer em Gavião Peixoto, interior
de São Paulo. A aeronave está sendo desenvolvida e fabricada pela Embraer
Defesa e Segurança (EDS) em parceria com FAB, que aportou mais de R$ 4 bilhões
ao projeto e possui a propriedade intelectual. A intenção hoje é que o KC-390 venha
substituir as missões do avião C-130 Hércules na
frota da Força Aérea.
O Comandante da
Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato, nos
faz entender com mais exatidão esse projeto ao declarar que o “KC-390
será a espinha dorsal da aviação de transporte da FAB da Amazônia à
Antártica e terá um papel fundamental para os mais diversos projetos do Estado
brasileiro, da pesquisa científica à manutenção da soberania”.
O KC-390, maior aeronave já fabricada na América
Latina, é um dos pilares da Estratégia Nacional de Defesa e sua produção no
país; a previsão é que já em 2016 tenhamos 28 unidades do novo modelo de
cargueiro; é um importante reforço tecnológico e
a estruturação de equipamentos ao Exército, Marinha e Aeronáutica, compõem
projetos que reforçam a cadeia produtiva da indústria de defesa. Um produto que
já nasce, pela primeira vez na história da indústria nacional, com
possibilidades concretas de ser exportado.
Recentemente, a FAB assinou contrato com a SAAB para aquisição
de 36 caças Gripen NG e inauguramos em Itaguaí, no Rio de Janeiro, o estaleiro para a construção de
cinco submarinos brasileiros, com prospecção nuclear, projeto com investimentos
de R$ 28 bilhões. Outro grande progresso foi a implementação do Sistema Integrado de
Monitoramento de Fronteiras, o Sisfron. Esse sistema vem garantindo tecnologia
de informação e ocupação das áreas de fronteira, fundamental para impedir não
apenas a integridade territorial do Brasil, mas também para combater o
narcotráfico, a criminalidade de modo geral e inclusive a preservação do meio
ambiente nacional em áreas tão importantes como a Amazônia e o Pantanal.
Os
atuais acontecimentos demonstram que o Brasil vive hoje um novo momento nas Forças Armadas, na defesa brasileira como um todo, porque
nós passamos a construir um projeto de defesa que é muito mais do que uma
somatória de ações, como vinha sendo feito anteriormente, é um projeto robusto
que busca atuações em prol de fortalecer uma política nacional de defesa e nos
inclui no seleto grupo de países que possuem produtos no mercado de defesa.
Esse
cenário reafirma que nosso projeto de desenvolvimento científico, tecnológico e
industrial na área de Defesa Nacional está sendo capaz de fazer com que o nosso
país evolua tanto do ponto de vista do conhecimento, dos meios de defesa como
do ponto de vista de garantir autonomia brasileira. É isso está sendo colocado
em prática, com investimentos e visão estratégica. Muito se avançou na
Estratégia de Defesa Nacional.
O Brasil
que estamos construindo, superando conflitos do passado e as dificuldades que
surgem a todo o momento, é um país comprometido com a recuperação da capacidade operacional
das Forças Armadas, a implementação de uma Estratégia Nacional de Defesa.
E,
nós, aqui no Parlamento, estamos trabalhando para
acompanhar as ações políticas, legislativas e orçamentárias necessárias para o
seguimento desse projeto vitorioso, centrado no desenvolvimento e proteção do
nosso povo brasileiro.
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