terça-feira, 30 de maio de 2017

Artigo: Artigo: Um novo modelo econômico para o Brasil

Em um momento de turbulência institucional, diante da iminência de afastamento do presidente ilegítimo Michel Temer- denunciado por crime de responsabilidade e obstrução da Justiça – retoma-se o debate sobre caminhos para a superação da grave crise econômica por que passa o Brasil.

O primeiro passo é a convocação de eleições diretas o mais rápido possível. Só um governo legítimo conseguirá implementar políticas públicas que levem o Brasil de novo à rota do desenvolvimento.

Temer já não tem condições de governar e ainda patrocina modelo econômico ortodoxo avesso ao crescimento econômico e à justiça social. Temer comete ataques diários aos direitos do povo brasileiro, com reformas que são verdadeiros atentados à população, como o desmonte da legislação trabalhista e da Previdência.

Desmantelamento - Diante do quadro catastrófico da economia brasileira – desemprego recorde e sem qualquer perspectiva de melhora, com uma recessão histórica agravada por medidas como a entrega de riquezas nacionais a grupos estrangeiros a preço de banana e o desmantelamento do Estado nacional — é preciso adotar medidas completamente opostas ao modelo de Michel Temer.

As Bancadas do PT na Câmara e no Senado elaboraram um conjunto de propostas para tirar o Brasil do atual atoleiro. Foram apresentadas em abril, no seminário “Estratégias para a Economia Brasileira – Desenvolvimento, Soberania e Inclusão”, em Brasília, com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

São propostas que vão na contramão das medidas ortodoxas de Temer e Henrique Meirelles. O trabalho é focado em seis eixos centrais, a partir da perspectiva de que o Estado tem papel fundamental como indutor do desenvolvimento, com investimentos públicos em setores estratégicos e sem retirada de direitos do povo.

Nosso país é rico, com grandes recursos naturais e humanos, e tem plenas condições de dar a volta por cima. São seis os pontos que norteiam a proposta das duas bancadas do PT:

1) defender os direitos e as conquistas sociais e econômicas da população; 2) fortalecer as empresas brasileiras; 3)recuperar a capacidade de investimento do Estado; 4) retomar os investimentos em infraestrutura; 5) recuperar o papel da Petrobras; 6) aplicar uma nova política monetária, com redução dos juros.

Sabotagem - O modelo adotado pelo atual governo, baseado na cartilha neoliberal dos anos de 1990, até o próprio FMI já mostrou ser ineficaz e injusto. A crise atual no Brasil surgiu como consequência de crise internacional, na esteira da crise financeira mundial de 2008/9, mas também em decorrência de uma sabotagem política dos perdedores das eleições de 2014, o que levou ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff sem que tivesse cometido nenhum crime, a não ser as chamadas pedadalas fiscais, que vão cair no anedotário da história.

O Brasil precisa estimular a reindustrialização, incentivando o desenvolvimento tecnológico e as exportações, com uma política cambial realista. Mais exportações, mais renda e empregos. O corte dos juros é outro desafio- não há economia que resista ao rentismo atrelado à mais alta taxa de juros do mundo. O Brasil precisa recuperar o papel estratégico do BNDES, hoje colocado pelo atual governo em segundo plano, com o objetivo claro de até fechar um dos maiores bancos de fomento do planeta.

O mercado interno brasileiro é de grande potencial, e deve ser explorado ao máximo, como fizeram os governos dos PT a partir de 2003. Como o próprio ex-presidente Lula frisa sempre, os mais humildes não são problema, são a solução. Com crédito para as camadas mais desfavorecidas, há impulso às compras e, por consequência, das atividades das empresas. A economia deve ser incrementada com a retomada dos investimentos nos serviços públicos. Os investimentos do Estado, em qualquer lugar do mundo, até nos países mais liberais, como os EUA, são estratégicos.

                                


Qualquer retomada do crescimento econômico do Brasil passa pela politica de aumentos reais do salário mínimo, a volta dos programas de estímulo à construção civil, como o Minha Casa, Minha Vida, o fortalecimento dos bancos públicos, a ampliação das parcerias do Brasil com países em desenvolvimento e a integração com os países sul-americanos.

Combater a sonegação fiscal, instituir um sistema de tributação progressiva, estimular os setores de alta tecnologia, valorizar a política industrial de conteúdo local e ter o pré-sal como fonte de riqueza para assegurar um futuro melhor para todos os brasileiros, tudo isso faz parte das propostas das bancadas do PT na Câmara e no Senado.

Por fim, é preciso fortalecer a Petrobras, empresa que está sendo destruída pelo atual governo, com a venda de seus ativos a preço de banana para grupos estrangeiros. A Petrobras tem papel estratégico e precisa ser salva, impedindo-se e revertendo-se sua fragmentação, destruição e privatização. É preciso restabelecer os planos de investimento da estatal, concluir as obras paradas, especialmente plataformas e refinarias. Outro desafio é fortalecer a política de conteúdo nacional e regional e de compras da Petrobras.

O PT já governou o Brasil e sabe como gerar emprego e renda- e sem destruir direitos. É preciso estimular a produção e implementar um projeto de longo prazo e autossustentável para o País, com justiça social, combate às desigualdades regionais e respeito à soberania nacional.

Artigo do líder do partido na Câmara, deputado Carlos Zarattini (SP), publicado no Site Poder 360:

www.poder360.com.br/opiniao/opiniao/solucao-para-economia-e-o-contrario-do-que-prega-o-presidente-ilegitimowww.poder360.com.br/opiniao/opiniao/solucao-para-economia-e-o-contrario-do-que-prega-o-presidente-ilegitimo

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