quarta-feira, 1 de julho de 2015

Em defesa dos taxistas, Zarattini luta pelo fim do Uber

Nesta terça-feira, 30, o deputado federal Carlos Zarattini (PT/SP) se reuniu em Brasília com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para discutir medidas jurídicas possíveis para impedir as atividades oferecidas pelo aplicativo Uber, serviço ilegal que utiliza motoristas não credenciados para fazer transporte de passageiros, no país. O sistema que já funciona em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Distrito Federal é um programa para celulares que estabelece uma ponte entre usuários e motoristas para a prestação de serviço de transporte, como os serviços prestados pelos taxistas.


Na avaliação de Zarattini, taxistas poderão perder passageiros com o surgimento do serviço de transporte de passageiro, por meio do aplicativo Uber. “Esse serviço vai contribuir para a extinção de postos de trabalho. É um fenômeno complexo, já rejeitado em muitos países e que promove concorrência desleal, já que não há pagamento de tributos e nem atividades fiscalizadas pelo Estado. Por isso, vamos lutar para garantir que os quase 300 mil taxistas no Brasil, sendo 35 mil só em São Paulo capital, tenham seus empregos garantidos”.

Janot avaliou que o tema é complexo e prometeu verificar as solicitações feitas. “Precisamos analisar e verificar se o problema é de competência da União”, destacou. O advogado Fabio Godoy, que participou da reunião, pediu apoio do Ministério Público Federal para barrar a prática. “O Uber promove uma concorrência predatória e há indícios de sonegação fiscal, evasão de divisas e problemas com a questão tributária”, destacou.

O presidente da Associação Brasileira das Associações e Cooperativas de Motoristas de Táxi (AbracomTaxi), Edmilson Americano, destacou o clima de insatisfação e preocupação da categoria. “Esse serviço está inviabilizando o trabalho de milhares de taxistas que recolhem impostos e cumprem a legislação vigente. A Justiça precisa olhar com cautela essa violação das leis”.  



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