“Temos uma denúncia de corrupção contra o Michel Temer que é gravíssima. É corrupção durante o exercício do mandato. Isso, sem dúvida nenhuma, vai criar um grande debate aqui na Casa, um debate que vai levar, acredito, a uma mudança de governo”, afirmou Zarattini.
Assim como o líder petista, o país aguarda com ansiedade o desenrolar de mais esse capítulo importantíssimo desta história que pode acelerar a saída de Temer do Palácio do Planalto. “Não é possível que um presidente da República que cometeu um crime de corrupção na residência oficial do governo possa continuar governando”, considerou.
Ironizou o líder a retórica discursiva da base aliada do governo que afirma ter convicção de que a denúncia não será acatada no Congresso, por ausência de provas. “Só com o que já temos de conhecimento, de fatos que envolveram Michel Temer, Rodrigo Rocha Loures e Joesley Batista, só aí já temos muita coisa grave, sem dizer o que pode ainda aparecer em possíveis delações de Eduardo Cunha, Lúcio Funaro e outros”, salientou Zarattini, fazendo referência aos inquéritos em curso e aos depoimentos esperados do doleiro Lúcio Funaro, operador do deputado cassado e ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha.
Um dos pontos altos citados por Zarattini é que os parlamentares, no momento em que a denúncia chegar ao plenário da Câmara, obrigatoriamente, terão que declarar o voto e esse voto vai aparecer no painel. Tal fato, observou, vai causar instabilidade muito grande no Congresso.
“O clima vai mudar totalmente. Não só pela gravidade das denúncias, mas porque é um governo impopular que ninguém no país acredita. Ele tem 3% de aprovação. Então, se juntarmos denúncia grave, impopularidade e a situação econômica que vai de mal a pior, os deputados terão que decidir se continuarão nesse barco ou se pulam antes que afundem”, considerou Carlos Zarattini.
Benildes Rodrigues Foto: GustavoBezerra/PTnaCâmara
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