Blog do Alon
domingo, 13 de março de 2011
Uma questão de segurança (13/03)
O debate sobre construir maciçamente usinas nucleares no Brasil é complexo, mas tem uma preliminar. Um país onde qualquer chuva mais forte em certas regiões é sinônimo de mortes em profusão tem providências anteriores a adotar
O impressionante terremoto no Japão e a consequência para os equipamentos nucleares daquele país vão provocar reflexões adicionais sobre o programa nuclear brasileiro.
A energia nuclear para fins pacíficos é essencial, e nenhum país deve ser impedido de acesso à tecnologia, nas condições impostas pela necessidade de evitar a proliferação bélica.
No nosso caso a questão é bem central para a estratégia de abastecimento de energia.
Nosso maior potencial de energia limpa, ainda inexplorada, está na Amazônia. Mas a construção de usinas hidroelétricas no norte do país enfrenta dura resistência ambiental.
O governo tem lutado e buscado avançar, mas o exemplo de Belo Monte mostra que as dificuldades tendem a crescer.
Desde a crise de abastecimento no começo da década passada os governos brasileiros recorrem à termoleletricidade.
Foi assim com Fernando Henrique Cardoso, na origem do problema, e foi também assim com Luiz Inácio Lula da Silva, administração em que o ramo estava a cargo da hoje presidente Dilma Rousseff.
Termoeletricidade no Brasil é um contrassenso, principalmente por queimar combustíveis fósseis.
Mais ou menos poluentes, são todos mais prejudiciais ao meio ambiente do que, por exemplo, a hidroeletricidade.
As pressões sociais têm imposto restrições ao tamanho dos reservatórios das hidroelétricas, para adaptá-las a critérios de correção ambiental e social.
Certas fontes, como solar e eólica (ventos), ainda não demonstraram capacidade de suprir a demanda, então uma alternativa bastante discutida nos últimos anos é a nuclear.
Que enfrenta também forte resistência dos ambientalistas, notadamente pelo desafio de armazenar em segurança o lixo atômico.
O terremoto/tsunami japonês coloca, para nós aqui, um ponto adicional no debate. A preliminar de qualquer decisão é a existir uma defesa civil eficiente, provada e que consiga a confiança da sociedade.
Tenho sido favorável à construção de usinas nucleares no Brasil, pois parece haver algo de obscurantismo na rejeição pura e simples de uma tecnologia.
Nos transgênicos o Brasil superou o desafio, com resultados benéficos para nossa agricultura. Uma decisão adotada lá atras e que agora mostra plena utilidade, nesta era de crescente demanda por alimentos.
O problema não está nas tecnologias, mas na capacidade de usá-las de modo ambiental e socialmente responsável.
As recentes chuvas no Rio de Janeiro exibiram o total despreparo e irresponsabilidade das autoridades daquele estado e da maioria dos municípios atingidos. Revelou-se também que um plano federal para prevenir consequências de desastres vinha dormindo havia anos na gaveta.
O grande número de mortes não teve maiores consequências políticas, pois ali a mão federal e a estadual se lavaram mutuamente. Afinal são aliados.
Agora temos a promessa de que, finalmente, vai acontecer. Vamos ter um bom sistema de alerta. Dados os antecedentes, a sociedade tem o direito de desconfiar. Os governos, em primeiro lugar o federal, precisam mostrar serviço. Para só depois pedir crédito de confiança.
O debate sobre construir maciçamente usinas nucleares é complexo, mas tem uma preliminar. Um país onde qualquer chuva mais forte em certas regiões é sinônimo de mortes em profusão tem providências anteriores a adotar.
Carlos, exposição magna remetendo-nos a ~~~>>
ResponderExcluir"Um país onde qualquer chuva mais forte em certas regiões é sinônimo de mortes em profusão tem providências anteriores a adotar."
E mais te digo, e mais te coloco de boca a ouvido>
Cuidai com empreiteiras...cuidai.
Já viu como asfaltos recém recapeados
(a custos altos, por sinal) notou como eles
se tornam buracos rapidinho?
Vocë colocou bem a questáo >
"Um país onde qualquer chuva mais forte em certas regiões é sinônimo de mortes em profusão tem providências anteriores a adotar."
Nunca é demais lembrar >>> é bom repetir até
que a verdade seja realmente perccebida >>
"Um país onde qualquer chuva mais forte em certas regiões é sinônimo de mortes em profusão tem providências anteriores a adotar."
Para discutir a Questão Nuclear, que deve ser debatida, é claro, não é necessário que todos envolvidos sejam especialistas, mas, sem dúvida faz-se necessário, como passo inicial, as diversas formas construtivas das mesmas.
ResponderExcluirEsse conhecimento, meio Técnico, meio Político, é essencial para se entender do que estamos falando, seus riscos, seus benefícios, etc.
As Centrais Three Mile Islands, de Chernobyl, a do nordeste da Europa (onde ocorreu anos atrás um vazamento, através de uma nuvem radioativa que passou pela Europa), as do Japão, a de Angra I e a de Angra II, não são iguais e t~eem filosofias construtivas diferentes.
Cada uma, teve seu Norte, na época de seu projeto e construção. Em umas, priorizaram a Segurança, em outras o Custo. Isso faz com que devam ser tratadas tb de forma diferenciadas, e não num pacote único.
Assim com em outros ramos da Engenharia, temos pontes que caem e outras permanecem lá apesar de toda sorte de desastres naturais, ou não. Temos edifícios que caem, e outros não. E por aí vai...o Norte que guiou esses projetos é que será determinante pra sabermos se valeu a pena, ou não, usarmos a Tecnologia.
A Tecnologia por si só, não é boa, nem má. A responsabilidade como a fazemos é que a tornará um vilão ou um parceiro de uma Sociedade mais Justa, mais Humana.
Bom, finalizando, acredito que pode-se construir usinas nucleares seguras, observadas por populações conscientes, independente se o país é desenvolvido ou não. Mas importante é a qualificação, treinamento e responsabilidade de quem as faz e administra.
Na verdade, acredito que o problema de segurança em usinas nucleares é técnico e viável. Pra mim, a grande questão na utilização da Energia Nuclear para produção massiça de energia Elétrica reside no Lixo Atômico. O que fazer com ele? É uma questão mundial, que não vem sendo encarada como deveria por tds os países detentores de centrais Nucleares. Essa displicência é oriunda do fato desse lixo só começar a incomodar após 20, 30 anos de uso da usina.
Cordialmente,
o governo brasileiro deveria ensentivar o povo brasileiro em estalar enrjia solar prinçipalmente o povo de baicha renda ele propio entraria com parte dos custo com isso o pais economizava muita enerjia e nao presizava construir mais uzinas nucear o norte e nordeste e rico em sol
ResponderExcluirQuem se interessar ,energia renovavel http://www.novaenergia.net/forum/viewtopic.php?f=27&t=13859
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