domingo, 31 de julho de 2011

Setorial de Transporte do PT denuncia o apagão da Linha 4 do Metrô

Essa linha 4 – Amarela foi prometida pelo então governador Geraldo Alckmin para entrar em funcionamento na sua primeira fase em 2006. José Serra a prometeu para 2010. Estamos em 2011 e até o momento a fase um ainda não está plenamente em funcionamento. Das seis estações prometidas, quatro estão em funcionamento; a linha opera em escala experimental, das 4:40 horas às 21:00. A concessionária privada não possui ainda todos os 15 trens previstos para operar nessa fase. A construção foi terceirizada para um consórcio formado pelas quatro maiores construtoras brasileiras, sem fiscalização efetiva do Metrô, o que resultou no desabamento na estação Pinheiros, com a morte de 7 pessoas e do teto de um túnel em que um operário morreu. Em 2010 também houve a morte de um engenheiro que trabalhava nessa linha. Ela deveria ter 12 estações, mas a Três Poderes foi cancelada pelo Alckmin, após a licitação, pelo movimento de moradores da região onde a estação seria construída. Eles não queriam “gente diferenciada no bairro”. O resultado é um hiato de 2,6 quilômetros (deve ser o maior em área urbana do mundo) entre as estações Morumbi e Butantã. Há vários aditivos e irregularidades na construção dessa linha. Aliás, o Metrô tem se superado nesses 16 anos de governos tucanos. Recentemente a linha 5 – Lilás teve sobrepreço de R$ 304 milhões por causa de uma licitação viciada que impedia uma empresa ficar com mais de um lote. O resultado, segundo consta na imprensa, foi o conluio delas. O monotrilho da Cidade Tiradentes teve a primeira licitação fracassada, as empresas queriam mais para fazer a linha. O governo estadual reviu os preços para cima, retirando escadas rolantes e elevadores das estações. Está

pagando mais por menos serviços, em relação ao previsto inicialmente. A justiça Suíça e francesa denunciou pagamento de propinas membros do governo paulista pela Alstom. Há ainda a compra de trens superfaturados pelo Metrô num contrato caducado da década de 1990. A linha 4 – Amarela vai ser operada por um consórcio privado que ganhou um verdadeiro presente do governo tucano, pois ela será a mais produtiva do sistema. E há o risco do governo ter de tirar recursos do orçamento se o faturamento da empresa privada não foi o previsto em contrato. Como resultado temos a menor malha metroviária entre as grandes capitais do mundo, apenas 70,6 quilômetros. A Cidade do México tem 201 quilômetros e Santiago do Chile 84 quilômetros e está previsto chegar a 103, em breve. O custo do Metrô de São Paulo, segundo o antigo secretário de transportes é de R$ 400 milhões o quilômetro. Para o atual diretor presidente em oitiva na Assembleia Legislativa de São Paulo, somente as obras civis estão saindo por R$ 326 milhões o quilômetro. Incompetência de gestão por parte dos tucanos, aliada ao superfaturamento levam o metrô paulista a ser o mais superlotado do mundo. Desde 2007 ocorreram 50 panes no sistema, prejudicando 3,7 milhões de passageiros. Quando confrontados com a luz dos fatos se constata que os tucanos construíram um mito de competência que somente com o apoio da imprensa não ruiu totalmente ainda. Em todas as obras de transportes ficam constados superfaturamentos, uso de material indevido, aditivos em excessos, não cumprimento do cronograma de obras, elevação dos custos durantes as obras, não cumprimento das obrigações ambientais, ocorrência de acidentes, projetos básicos incompletos, entre outras . No rodoanel o Tribunal de Contas da União fez três relatórios constatando irregularidades na construção dos trechos oeste e sul pelo governo paulista. Pena que o Tribunal de Contas do Estado – TCE e do Ministério Público de São Paulo - MPESP não sejam tão ativos quanto os seus pares federais.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Youth Orchestra of Bahia - Tico-Tico no Fubá

350 mil famílias em São Paulo poderão ter desconto na conta de energia elétrica

Parceria firmada nesta quinta-feira (28), em São Paulo, entre o Governo Federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), a Caixa Econômica Federal, a Prefeitura de São Paulo e a empresa do setor elétrico AES Eletropaulo poderá beneficiar 350 mil famílias pobres do estado. A partir de agosto, a distribuidora fará um mutirão para cadastrar seus clientes de baixa renda no Cadastro Único dos Programas Sociais do Governo Federal. Com isso, essas famílias estarão habilitadas a receber o beneficio da tarifa social, o Bolsa Família e as ações do Plano Brasil Sem Miséria. Hoje 1,19 milhão recebem o benefício da transferência de renda.

Presente à cerimônia de assinatura da parceria, a secretária extraordinária de Superação da Extrema Pobreza do MDS, Ana Fonseca, destacou que o ato representa a maturidade política dos envolvidos. “A presença do prefeito Gilberto Kassab neste evento demonstra que a superação da extrema pobreza está acima de ideologias políticas”, afirmou. O prefeito de São Paulo lembrou que a celeridade do cadastramento vai possibilitar que mais famílias em situação de extrema pobreza possam ter acesso aos seus direitos.

Além deles, participaram da cerimônia o vice-presidente da AES Eletropaulo, Pedro Bueno, e a vice-prefeita de SP e secretária municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Alda Marco Antônio.

Logística – A parceria com a prefeitura da capital paulista permitirá que os colaboradores e contratados da Eletropaulo tenham acesso ao Cadastro Único. O município, por meio da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, oferecerá infraestrutura e monitores para o treinamento dos entrevistadores de campo e suporte técnico para o preenchimento do Número de Inscrição Social (NIS), além de auxiliar a distribuidora na identificação de famílias com direito ao beneficio da tarifa social.

Alem da capital paulista, a concessionária deverá cadastrar clientes das cidades de Barueri, Carapicuíba, Diadema, Embu das Artes, Itapevi, Mauá, Osasco, Santo André, São Bernardo do Campo e Taboão da Serra. A distribuidora está definindo o cronograma, com base no perfil de renda dos clientes. Ao todo, a concessionária deverá ter 250 entrevistadores em campo e cem digitadores, destacados para cadastro e emissão do NIS, pré-requisito para a concessão da tarifa social.

Regras – O beneficio da tarifa social é concedido aos clientes que possuam renda familiar per capita de até meio salário mínimo mensal, comprovada por NIS e registradas no Cadastro Único, ou famílias em que um dos membros usufrua do Benefício de Prestação Continuada (BPC), concedido às pessoas com deficiência ou com mais de 65 anos que comprovem não ter condições de se manter ou de ser mantidas por suas famílias.

O desconto da tarifa social é aplicado para o consumo de até 220 kwh/mês. Caso o cliente ultrapasse esse volume, receberá o benefício referente aos 220 kwh/mês. Uma família que consome, por exemplo, 160 kwh/mês e é beneficiada pela tarifa social pagará 38% a menos na fatura. Ou seja: em vez de pagar R$ 57,11, pagará R$ 35,16. Os documentos necessários para inscrição no Cadastro Único são conta de energia elétrica, CPF, titulo de eleitor, carteira de trabalho, carteira de identidade e certidão de casamento ou nascimento.

André Carvalho
Ascom/MDS
3433-1021

Kassab Deixa 147 Mil Crianças Sem Creche!

Em seu Plano de Metas Kassab prometeu que todas as crianças de São Paulo teriam vagas em Creches, hoje São Paulo tem 147 mil crianças fora da creche! Leiam matéria publicada no Jornal Agora:

Procura cresce 54% em um ano na cidade de SP

DO "AGORA"

São Paulo está perto de alcançar um recorde negativo: a cidade tem 147 mil crianças fora da creche.

O número é semelhante ao registrado quatro anos atrás, quando a fila por uma vaga na rede reunia 158 mil nomes. Na comparação com junho do ano passado, quando a procura era de 95 mil, a alta é de 52 mil crianças (54%).

Os números divulgados ontem pela Secretaria Municipal de Educação mostram ainda que o extremo sul da capital é o mais prejudicado pela falta de atendimento.

A região tem seis dos dez distritos mais necessitados de creches. Grajaú é o primeiro da lista, com 6.807 crianças à espera de uma matrícula.

Bairros nobres da cidade e o centro são as áreas com as menores filas. Mesmo assim, nenhum bairro zerou a procura. As creches atendem crianças de até quatro anos.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Assembleia Legislativa de São Paulo realiza sessão solene em homenagem ao Santos FC

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Uma sessão solene para homenagear o Santos Futebol Clube na Assembleia Legislativa de São Paulo abre, na próxima segunda-feira (01), às 10 horas, as comemorações dos órgãos oficiais pelo centenário do Clube.



O evento foi proposto pela deputada estadual Telma de Souza (PT) em alusão às conquistas do 19º título do Campeonato Paulista e do Tri da Libertadores da América. "Este será o reconhecimento do Parlamento Paulista, que representa o povo do estado, às glórias do Santos FC, simbolizadas nas conquistas deste ano. É, também, uma homenagem à cidade de Santos e à sua população", destacou Telma.



A sessão solene – que deverá ter a presença de autoridades de diversas áreas – vai acontecer no plenário Juscelino Kubitschek. A Assembleia Legislativa fica na Avenida Pedro Álvares Cabral, 201, Ibirapuera, São Paulo.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Pelo Respeito ao Torcedor! Jogo até as 23h15!

Cerca de 40 Torcidas Organizadas deram início a um movimento para defender a Copa do Mundo no Brasil “com prestação de contas e sem Ricardo Teixeira”, e declararam apoio ao Projeto de Lei que apresentei que limita o horário do término das partidas de futebol até as 23h15 PL 6871/10.

Vejam a matéria publicada no R7:
Gaviões da Fiel, Camisa 12 e Estopim, do Corinthians; Dragões da Real, do São Paulo; Mancha Verde, do Palmeiras, e mais 35 torcidas do interior paulista e de outros estados anunciaram na sexta-feira (22) o início de um movimento para defender a Copa do Mundo no Brasil “com prestação de contas e sem Ricardo Teixeira”.

As torcidas decidiram também apoiar o projeto do deputado federal Carlos Zaratini (PT-SP) que propõe a alteração do horário de jogos de futebol no Brasil. Nos dias de semana, os jogos são realizados às 21h50, por imposição da TV Globo - detentora dos direitos de transmissão -, para que se ajustem à sua grade de programação.

Zaratini tem participado de debate com dirigentes de torcidas. André Azevedo, presidente da Dragões da Real, diz que o horário é ingrato com os torcedores.

- É um desrespeito realizar jogos que terminam à meia-noite. Depois, o torcedor não tem condução para voltar pra casa e é obrigado a ficar na rua.

O projeto do deputado aguarda parecer do deputado Acelino de Freitas (PRB-BA), o ex-boxeador Popó, relator da Comissão de Turismo e Esporte.  Leia Mais...

domingo, 24 de julho de 2011

Kassab apronta até com a Universidade da Zona Leste

Depois de muita luta tudo parecia resolvido. Kassab finalmente assinou a desapropriação do prédio da antiga fábrica Gazarra para a Universidade da Zona Leste. Agora vem a denúncia de maracutaia na desapropriação. Leiam a nota do Ministério Público, a luta continua!

Extraído de: Ministério Público do Estado de São Paulo - 22 de Julho de 2011

Nota à imprensa Desapropriação de terreno na Zona Leste da Capital para instalação da Unifesp

Em razão da divulgação pela Prefeitura Municipal de São Paulo, de nota a imprensa, informando a suspensão da ação de desapropriação de terreno na Zona Leste em razão do Ministério Público ter questionado o processo de avaliação da área, o Ministério Público do Estado de São Paulo, através dos Promotores de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital com atribuição no caso, esclarece:

1- Não é contra e tampouco desconhece a importância da instalação da UNIFESP na Zona Leste da Capital, reivindicação popular na qual se perfilha.

2- O Ministério Público não recomendou ou solicitou a suspensão do processo de desapropriação da área destinada para essa finalidade, mas a adequação do preço ofertado pela Municipalidade, evitando-se o enriquecimento sem causa e o prejuízo ao erário. 2- A atuação do Ministério Público no caso se funda na defesa do patrimônio público e social, em razão da quebra dos princípios gerais da administração pública, em especial da moralidade, economicidade e lealdade administrativa, no processo de desapropriação do imóvel que a Prefeitura decretou de utilidade pública para tal finalidade.

3- Documentos recolhidos pela 1ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital, no último dia 19 de julho de 2.011, apontam que:

- o imóvel foi arrecadado nos autos do processo de falência de sua proprietária GAZARRA S/A INDÚSTRIA METALÚRGICAS (proc. nº 583.00. -32ª Vara Cível), sendo o ato anotado nas matrículas nº 23.204 e nº 23.203, ambas do 9º Oficial do Registro de Imóveis da Capital, no dia 04 de setembro de 2.002;

- o imóvel foi declarado de utilidade pública em julho de 2.010, conforme decreto municipal de lavra do Sr. Prefeito Municipal Gilberto Kassab, de 26 de julho de 2.010 (PA 20-10-0.161.951-6);

- o imóvel foi arrematado, pela empresa MONFORT ADMINISTRAÇAO DE BENS PRÓPRIOS LTDA por R$ 15.476.401,05, acrescidos de R$

de comissão, com preço a ser pago mediante entrada de 30% e mais 15 prestações, em leilão público realizado no último dia 11 de maio de 2.011, conforme termo de arrematação homologado pelo Juízo da 32º Vara no dia 30 de maio de 2.011.

- somente após, em julho de 2.011, é que a Procuradoria Geral do Município ajuizou ação de desapropriação ofertando preço muito superior ao da arrematação, conforme ação de desapropriação distribuída em 11 de julho de 2.011 para a 6ª Vara da Fazenda Pública, oferecendo o preço de R$

(proc. nº 0024249-70.2011.8.26.0053).

4- Desse modo, diante da publicidade dos atos, representadas pelas anotações nas matrículas dos imóveis e publicação do edital do leilão, era e é de domínio público a arrecadação e arrematação do imóvel no processo falimentar, tornando-se obrigação do agente público a consideração dos fatos no momento do ajuizamento da ação de desapropriação, evitando-se o enriquecimento sem causa, do arrematante, no caso a empresa MONFORT ADMINISTRAÇAO DE BENS PRÓPRIOS LTDA, bem como o prejuízo ao erário.

5- Como a Procuradoria Geral do Município foi omissa em relação a tais fatos, oferecendo o preço de R$

(proc. nº 0024249-70.2011.8.26.0053), muito superior ao preço da arrematação R$ 15.476.401,05, acrescidos de R$

de comissão (proc. nº 583.00. -32ª Vara Cível), também muito superior ao laudo de avalição considerado para o leilão em março de 2.011 -R$ 37.915.961,63, coube ao Ministério Público a adoção de providências para evitar o prejuízo potencializado pela omissão do Agente Público Municipal.

6- Dessa forma, é que a 1ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital, em decorrência da urgência, adotou providências preliminares, em três frentes:

- fez protocolizar petição na ação de desapropriação, pedindo ao Juiz para que adeque o preço aos princípios do artigo 27, do Decreto Federal 3.365/41, chamando ao processo a empresa MONFORT ADMINISTRAÇAO DE BENS PRÓPRIOS LTDA, evitando o seu enriquecimento sem causa e o prejuízo ao erário;

- oficiou ao Sr. Secretário de Negócios Jurídicos e ao Sr. Prefeito Municipal, noticiando os fatos e pedindo informações e cópias dos processos administrativos respectivos;

- distribuiu representação para conhecimento material de fundo pelo Promotor de Justiça Natural, visando apurar a omissão relevante sob a ótica jurídica de proteção desta Promotoria de Justiça -prejuízo ao erário e improbidade administrativa (irregularidade na indenização de terreno desapropriado).

7- Desse modo, a questão não se resume a questionamento feito pelo Ministério Público no processo de avaliação da área, mas a evidente omissão de Agentes Públicos Municipais, que tendo o dever de agir para evitar o enriquecimento sem causa e o prejuízo ao erário, agiram de modo a favorecê-los, em circunstâncias que precisam ser esclarecidas.

8- Nesse contexto, distribuída a representação para a 10ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social (PJPP nº 581/2011), é certa a instauração de inquérito civil visando apurar a omissão relevante de agentes públicos em decorrência do ajuizamento da ação de desapropriação sem que fossem observados os critérios de legalidade para atribuição do preço, visando a imissão na posse, bem como as circunstâncias em que o imóvel foi arrematado no Juízo falimentar pela empresa MONFORT ADMINISTRAÇAO DE BENS PRÓPRIOS LTDA, a origem dos recursos e seus interesses, já que havia a anotação de se tratar de imóvel declarado de utilidade pública.

Roberto Antonio de Almeida Costa1º Promotor de Justiça do Patrimônio Público e Social.

Carlos Cardoso de Oliveira Junior10º Promotor de Justiça do Patrimônio Público e Social

domingo, 17 de julho de 2011

Dilma inicia a construção dos Submarinos Brasileiros

Ontem, sábado 16/07/2011, em Itaguaí (RJ) na fábrica da Nuclep, estive presente na cerimônia de corte da primeira chapa do Projeto do Submarino Brasileiro junto com a Presidente Dilma Roussef.












Com certeza, é um dos principais projetos em andamento no Brasil. Vamos construir, em parceria com a França, quatro submarinos convencionais e um submarino de propulsão nuclear. Vai ser um diferencial não apenas para a Defesa Nacional, mas principalmente pela transferência de tecnologia para a industria nacional. Vamos adquirir conhecimento na construção dos cascos dos submarinos, em toda a sua eletrônica, além de concluir o desenvolvimento do ciclo do enriquecimento do urânio para fins pacíficos.
E vamos ter um importante instrumento para garantir a nossa soberania no Oceano Atlântico ( a Amazônia Azul) e toda sua riqueza, a mais importante o Pré Sal.





quarta-feira, 13 de julho de 2011

Trem Bala: Governo Dilma enfrenta as empreiteiras

Toda a mídia anunciou o "fracasso" do leilão do Trem de Alta Velocidade pela falta de comparecimento de interessados. No entanto, ninguém observou que ao manter o leilão e imediatamente anunciar um novo modelo de licitação, o Governo Dilma enfrentou a arrogância das grandes empreiteiras nacionais que se recusaram a participar do leilão e anunciaram aos quatro cantos que o custo da obra não seria R$ 32 bilhões mas sim R$ 50 ou 60 bilhões. Esses grandes grupos que dominam as grandes obras nacionais queriam impor seu preço e até mesmo a tecnologia a ser usada.

Agora, com a proposta de realização de dois leilões elas perdem o controle do projeto. O primeiro leilão vai ser usado para escolher a tecnologia do TAV. A empresa ganhadora vai realizar o projeto executivo da obra de acordo com suas especificações e pagará um bônus pela utilização dessa infra-estrutura. Com o projeto executivo será possível calcular o custo da obra, com baixíssimo risco.

O segundo leilão selecionará o grupo investidor que deverá contratar as empreiteiras que construirão a infra-estrutura de acordo com o projeto executivo, portanto com preço definido. Ou seja, as empreiteiras não poderão impor um preço, até mesmo porque a linha será dividida em trechos. Assim, poderão participar empresas médias e de outros países. Essa obra será financiada pelo BNDES e paga com os bonus dos operadores.

Evidentemente não será simples e fácil essa batalha. As grandes empreiteiras continuarão dizendo que a obra custa muito caro, que a demanda não é certa e outros argumentos muito divulgados pela nossa mídia.

O Governo também vai ter que ser muito mais afirmativo na defesa do TAV. Tem que demonstrar que essa é a melhor alternativa para a principal ligação do país. Melhor, por que é de alta capacidade, melhor ambientalmente, melhor em termos de segurança e é preciso comparar custos com a alternativa rodoviária e com a construção de um novo aeroporto. Enfim, é preciso convencer o povo que não estamos propondo um brinquedo sofisticado, mas sim uma alternativa correta de transporte inter-metropolitano já adotada nos principais países do mundo.

Com pré-sal, Brasil tem novos desafios na área de defesa, diz Zarattini

Com pré-sal, Brasil tem novos desafios na área de defesa, diz Zarattini

Seg, 11 de Julho de 2011 12:28

Com as megajazidas da camada pré-sal, riquezas minerais cada vez mais cobiçadas e uma biodiversidade de valor inestimável, os olhos do mundo direcionam-se para o Brasil. Para o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), presidente da recém-lançada Frente Parlamentar de Defesa Nacional, o Brasil precisa se preparar para lidar com esta nova realidade e discutir de forma mais aprofundada projetos que garantam o aprimoramento da capacidade dissuasória das Forças Armadas brasileiras e assegurem a absorção de alta tecnologia pela indústria nacional de defesa. Um dos desafios é manter a previsibilidade no fluxo de investimentos e de recursos para o setor. Leia abaixo os principais pontos da entrevista de Zarattini concedida ao Informes:

Informes - Quais os objetivos da Frente Parlamentar de Defesa Nacional?

Zarattini - A Frente surgiu a partir da decisão do Governo Lula de criar a Estratégia Nacional da Defesa e tem como objetivo apoiar sua implementação. Funcionou na legislatura passada e agora foi relançada. Visa aproximar a sociedade brasileira do tema da defesa, levando a idéia do desenvolvimento tecnológico dual, civil e militar. Somos um país de tradição pacifista, mas temos de zelar por nossos interesses,que agora passam para um outro patamar, especialmente com o pré-sal. O nosso próprio desenvolvimento econômico e social nos impõe a discussão do assunto defesa e a adoção de medidas que protejam nosso patrimônio natural e nossas conquistas econômicas e sociais. O Brasil cresce com distribuição de renda, caminha para se tornar a quinta economia mundial e tem desafios como garantir alimentos, produtos de consumo, moradia e infraestrutura para todos os brasileiros

Informes -Quais os grandes desafios na área de defesa, do ponto de vista geoestratégico?

Zarattini- Temos de defender nosso litoral, cada vez mais cobiçado. Nossa costa tem mais de 7,3 mil km, e nossas fronteiras terrestres alcançam 15,9 mil km. Cada vez que se descobre um poço de petróleo, principalmente na camada do pré-sal, aumentamos nossa riqueza. Mas há também nossos minérios, e muitos ainda em grande quantidade a ser descoberta, e a Amazônia, com suas riquezas e uma megabiodiversidade de valor inestimável, tem suas fronteiras ainda muito desguarnecidas. Mas não se trata de preocupação com nossos vizinhos; ao contrário, nossa política com os países de nosso entorno é de cooperação. Nesse aspecto, temos o objetivo de construir a Unasul (União das Nações Sul-americanas ), que se desenvolve a todo vapor, e o próprio Mercosul.

Informes - Quais seriam então as ameaças reais ao País?

Zarattini - São as eventuais ameaças que poderemos ter no futuro, em função de nosso grande potencial energético ( e não só do pré-sal) e de nossas grandes riquezas no campo da biodiversidade. Isso vai atrair interesses diversos para o Brasil, até mesmo a pirataria. Portanto, temos de guarnecer não somente para nos defender de eventuais ameaças externas como também nos preparar para ataques como o de pirataria , de terrorismo e de grupos hostis. Não podemos imaginar que tudo transcorrerá tão pacificamente como tem sido até hoje. Temos de ter capacidade dissuasória para impedir a concentração de forças hostis nas fronteiras terrestres, nos limites das águas brasileiras e no uso de nosso espaço aéreo.

Informes- O que se pode pensar a respeito da indústria nacional de defesa, que gera empregos e agrega tecnologia à área civil?

Zarattini - Queremos aprovar uma lei que criará a Empresa Estratégica de Defesa que seja a base industrial de defesa no Brasil. Empresas com base de produção no país, controladas por brasileiros, especialmente aquelas cujos produtos sejam de baixa e média tecnologia. Vai ter a função de suprir todas as necessidades na área de defesa do país. A idéia é que seja instalada e controlada por brasileiros. Precisamos aprovar uma legislação que caracterize esse tipo de empresa e que tenha condições de sobreviver economicamente e esteja pronta para, na eventualidade, fornecer equipamentos de defesa parta o Pais se proteger. Para isso, temos que garantir a pesquisa e o desenvolvimento científico no Brasil e fortalecer o poder de compras do Estado para garantir a transferência de tecnologia de alta complexidade, acelerando nosso desenvolvimento e colocando as Forças Armadas em condições de se equiparar com as mais modernas do mundo.

Informes - A indústria nacional do setor tem uma situação melhor que a de dez anos atrás?

Zarattini - Já esteve muito enfraquecida e hoje vive um processo de pleno renascimento. Pequenas empresas estão se associando a grandes empresas. Por exemplo, a Odebrecht se associou a empresas pequenas do setor. A própria Odebrecht entrou no processo de construção do submarino nuclear. A Embraer se associou a outras empresas, criando a Embrar Defesa, para a produção de equipamentos aeronáuticos específicos para a defesa nacional Estamos vendo agregações que têm fortalecido o setor de defesa. De 2003 para cá, com Lula, avançamos muito no sentido de modernização de nossas Forças Armadas, mas o caminho ainda é longo.

Informes - Qual o papel do Congresso neste processo?

Zarattini - Além da lei específica, há uma questão central: é preciso haver continuidade na disponibilidade de recursos para os projetos de defesa. Não adianta começar projeto, como o da construção de submarinos, que num ano conta com dinheiro, no outro não. É preciso um fluxo permanente de recursos para garantir a continuidade desses projetos. O pré-sal poderá agregar recursos para a Marinha, mas mesmo assim não temos ainda recursos suficientes , de forma segura, para todos os anos próximos. O projeto do submarino nuclear, por exemplo, é para ser desenvolvido ao longo de dez anos. O projeto dos caças (FX-2) é para cinco, seis anos. Precisamos de continuidade para a plena realização desses projetos. Por exemplo, a transferência de bases e equipamentos do Exército para a Amazônia, é de longo prazo. Se não houver fluxo de recursos, o processo para pela metade. O segmento precisa ter previsibilidade no fluxo de investimentos e de recursos para a realização de pesquisa e para o desenvolvimento de projetos. A discussão e o aprofundamento da Estratégia Nacional de Defesa que queremos implantar exige também o fortalecimento de três setores estratégicos: o espacial, o cibernético e o nuclear.

Informes - A sociedade estaria hoje mais sensível a essas questões?

Zarattini - Essa é uma das funções da Frente : sensibilizar a sociedade para o tema. Nenhum país tem autonomia se não tiver um sistema de defesa compatível com suas necessidades. Esse debate deve ganhar a sociedade. E não estamos tratando do assunto de forma estanque, tratamos também de questões relacionadas ao desenvolvimento nacional, com tecnologia de última geração, que vem com esses novos equipamentos. Defesa não envolve só armamentos, como se pensa comumente. Envolve equipamentos de comunicação, de detecção. Trata-se de um conjunto de equipamentos para assegurar a integridade do território nacional. O setor desenvolve também tecnologias de uso dual, com aplicações militares e civis. O tema é mais do que armas, mas vamos precisar de metralhadoras também...

Paulo Paiva Nogueira

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Vista Aérea do Traçado do Rodoanel Trecho Norte

O acidente do Morro dos Macacos. Pelo Geólogo Alvaro Rodrigues






















Caros colegas,

Permitam-me aproveitar a ocasião para trocar algumas idéias sobre trabalhos em áreas de risco.

Como os amigos devem ter visto pelo noticiário ontem, 07.07.2011, ocorreu um grande deslizamento, com duas vítimas fatais, em área de risco situada no Morro dos Macacos, Cidade Ademar, zona Sul de São Paulo (domínio de mar de morros em direção à escarpa da Serra do Mar). Esta área foi corretamente classificada pelo IPT como de alto e muito alto graus de risco.

Chamo a atenção para alguns erros graves cometidos nas decisões tomadas para a solução dos problemas e para a própria consolidação geotécnica dessa área. As fotos ajudam a entendê-los.

1) Trata-se geomorfologicamente de uma clássica grota, uma cabeceira de drenagem, feição que indica uma acelerada frente natural de evolução do relevo, área de natural concentração de águas superficiais e subterrâneas. É a própria Natureza nos alertando a plena voz: “bandeira vermelha, nem cheguem perto, zona de perigo”. Ou seja, área “non edificandi” por excelência. Comum palco de ocupação por invasão ou loteamentos irregulares. Mas também, em alguns casos, por ocupações totalmente regularizadas perante a lei.

2) Em uma situação dessas de forma alguma a linha de casas na crista do talude poderia ser mantida. As casas deveriam ter sido desocupadas, o talude abatido, a drenagem instalada e tudo ser paulatinamente transformado em um denso bosque florestado;

3) Da mesma forma em toda a grota: retirada de todas as habitações, limpeza superficial de materiais soltos, drenagem e reflorestamento intenso. Era para tudo se transformar em um belo parque público.

4) Quanto à obra: provavelmente atendendo-se interesses comerciais decidiu-se pela manutenção das ocupações de crista e contenção geotécnica via terraplenagem intensa e solo grampeado com tela argamassada.

5) Adicionalmente a esse erro de concepção de origem, desastrosamente procedeu-se de uma só vez toda a terraplenagem, o que provocou uma maior desestabilização do conjunto (já que a linha de crista foi mantida), para só então serem executados os serviços de estabilização geotécnica. O correto é proceder a terraplenagem em painéis e degraus gradativos e só continuá-la após esses painéis e degraus terem sido consolidados.

6) Isso nos revela um ponto fraco das ações de consolidação geotécnica de áreas de risco. Como essas operações transformaram-se em um potencial “bom negócio”, delas estão participando grandes empreiteiras sem nenhum experiência em obras urbanas de menor porte e maior risco. O que nos alerta da importância de não pararmos nossos trabalhos apenas na cartografia e indicação dos graus de risco, precisamos avançar mais um pouco e irmos até a indicação do melhor destino para a área, e se for o caso de consolidá-la geotecnicamente, até a concepção das obras e serviços de estabilização que devam ser executados. E após, o acompanhamento técnico dessas atividades.

Abraços,

Álvaro



A Resistência Italiana




CONMOVEDOR. NO SE PIERDAN EL VIDEO






Les dejo saborear esto. Es conmovedor.


El último 12 de marzo, Silvio Berlusconi debió enfrentar la realidad. Italia festejaba el 150 aniversario de su creación y en esta ocasión se dio en la ópera de Roma la ópera Nabucco de Giuseppe Verdi, dirigida por el maestro Ricardo Muti. Antes de la representación, Gianni Alemanno, alcalde de Roma, subió al escenario para pronunciar un discurso denunciando los recortes al presupuesto de cultura que hizo el gobierno, siendo que Alemanno es miembro del partido gobernante y viejo ministro de Berlusconi. Esta intervención política, en un momento cultural de los más simbólicos para Ialia, produciría un efecto inesperado, siendo que Berlusconi en persona había asistido a la representación.


Relatado luego por el Times, Ricardo Muti, director de la orquesta, contó que fue una verdadera velada de revolución: "Al principio hubo una gran ovación en el público. Luego comenzamos con la ópera. Se desarrolló muy bien hasta que llegamos al famoso canto Va pensiero. Inmediatamente sentí que la atmósfera se tensaba en el público. Hay cosas que no se pueden describir, pero uno las siente. Era el silencio del público que se hacía sentir. Pero en el momento en que la gente se dio cuenta que empezaba el Va Pensiero, el silencio se llenó de verdadero fervor. Se podía sentir la reacción visceral del público ante el lamento de los esclavos que cantan: "Oh patria mía, tan bella y perdida."


Cuando el coro llegaba a su fin, ya se oían en el público varios "bis". El público comenzó a gritar: "Viva Italia" y "Viva Verdi" Gente en el gallinero comenzó a arrojar papeles con mensajes patrióticos. En una única ocasión Muti había aceptado hacer un bis para el Va Pensiero en la Scala de Milan en 1986, dado que para él la ópera debe ir de principio a fin. "Yo no quería sólo hacer un bis. Tenía que haber una intención especial para hacerlo", relata. En un gesto teatral, Muti se dio vuelta y miró al público y a Berlusconi a la vez, y dijo:


Luego de que se callaran los llamados a un bis para el Va Pensiero, en el público se oyó el Larga Vida a Italia!"






Sí, estoy de acuerdo con esto. "Larga vida a Italia". Pero...






"Ya no tengo más 30 años y he vivido mi vida, pero recorrí mucho el mundo, y hoy tengo vergüenza de lo que sucede en mi país. Entonces accedo a vuestro pedido de un bis para el Va Pensiero, nuevamente. No es sólo por la dicha patriótica que siento, sino porque esta noche, cuando dirigía al Coro que cantó "Ay mi país, bello y perdido" , pensé que si seguimos así vamos a matar la cultura sobre la cual se construyó la historia de Italia. En tal caso, nuestra patria, estaría en verdad "bella y perdida".


(Aplausos , incluidos de los artistas en escena)


Muti : Siendo que reina acá un clima italiano, yo, Muti, me callé la boca muchos años. Quisiera ahora... tendríamos que darle sentido a este canto; estamos en nuestra casa, el teatro de Roma, y con un coro que cantó magníficamente bien y que acompañö espléndidamente. Si quieren, les propongo unirse a nosotros para que cantemos todos juntos.






Entonces invitó al público a cantar con el coro de esclavos. "Vi grupos de gente levantarse. Toda la ópera de Roma se levantó. Y el Coro también. Fue un momento mágico en la ópera.






Esa noche no fue solamente una representación de Nabucco, sino también una declaración del teatro de la capital para llamar la atención a los políticos."


Acá está el video de ese momento lleno de emoción:


http://www.youtube.com/embed/G_gmtO6JnRs







Custo da Ampliação da Marginal do Tietê Já é 75% Maior

PSDB critica o Governo Federal, mas não fazem a lição de casa! As novas pistas da Marginal Tietê vão ficar 75% mais caras do que o previsto! Isso é mais uma prova da falta de Planejamento dos Tucanos!

Custo da ampliação da Marginal do Tietê já é 75% maior

Apesar de as novas pistas da Marginal do Tietê terem sido abertas há quase um ano e meio, as obras de ampliação continuam consumindo dinheiro dos cofres públicos. Uma nova atualização no valor do convênio firmado entre Prefeitura de São Paulo e governo do Estado colocou mais R$ 200 milhões na obra no fim de junho. O custo da Nova Marginal chega a R$ 1,75 bilhão - 75% acima do estimado no primeiro orçamento, de 2008.


No total, seria possível construir 300 escolas ou 7 hospitais de 200 leitos cada com os R$ 750 milhões extras que já foram gastos com a avenida. O aumento de custos é resultado da inclusão de serviços que não estavam previstos pela Desenvolvimento Rodoviário S. A. (Dersa), empresa responsável pela obra.


Em fevereiro deste ano, só faltava terminar a ponte estaiada do Complexo Bandeiras, que vai facilitar a entrada dos veículos na Avenida do Estado a partir da Marginal - prevista no projeto inicial, em 2008. A nova injeção de recursos não será dirigida apenas para a nova ponte.


Segundo a Dersa, os R$ 200 milhões são necessários para obras secundárias, como travessias subterrâneas para passagens de cabos para iluminação, complementos de barreiras de concreto e o alargamento da pista local para implantação da 4.ª faixa entre as Pontes do Limão e Casa Verde. Esta última ainda não foi concluída, e não foi informado prazo para o término dos trabalhos. A Dersa não revelou a lista completa de ajustes ainda por fazer.


Explicações

Os convênios são instrumentos jurídicos que viabilizam o repasse de recursos para a execução da obra. No caso da Marginal, o primeiro foi assinado em 25 de fevereiro de 2008, no valor de R$ 1 bilhão, quando se deu o pontapé inicial para os trabalhos. Progressivamente, novas atualizações foram feitas para que a Dersa pagasse os serviços considerados necessários para a continuação da obra.


Em relação aos motivos dos aumentos, a empresa afirmou que, como o projeto de engenharia e o licenciamento ambiental foram concluídos após a assinatura do convênio, somente com a finalização desses trabalhos é que foi possível obter uma "estimativa mais realista sobre o custo do empreendimento". Outra justificativa para os aditamentos foi a inflação, já que o convênio não possui cláusulas para reajuste automático da correção monetária. 

A empresa disse também que há a possibilidade de não usar todo o valor das atualizações, mas não informou quanto dos R$ 200 milhões será usado ou economizado. As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Comissão aprova regra para interrupção de serviços públicos

Segue abaixo o texto do Jornal da Câmara sobre a aprovação de uma emenda de minha autoria na Comissão de Minas e Energia. Como a emenda foi absorvida pelo relator, a autoria ficou dele.

Simão Sessim: consumidor terá prazo mais adequado para regularizar sua situação.A Comissão de Minas e Energia aprovou proposta que só permite a interrupção ou a cobrança judicial de dívidas de serviços públicos, como de água, luz e telefone, após o vencimento da conta não paga e a comunicação ao consumidor inadimplente em correspondência com aviso de recebimento, com pelo menos 30 dias de antecedência.

O texto aprovado é o substitutivo do relator, deputado Simão Sessim (PP-RJ), ao Projeto de Lei 2566/96, do Senado, que originalmente obriga os prestadores de serviços públicos a fornecer ao consumidor, no momento da medição no domicílio, comprovante de consumo mínimo.

Sobre o texto aprovado, Sessim afirmou que “o consumidor terá um prazo mais adequado para regularizar sua situação, antes que seja efetivada a suspensão do serviço”. A proposta acrescenta a medida à Lei 8.987/95, que trata da concessão e da permissão de serviços públicos.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Deputados cobram investimentos e melhorias de concessionárias de energia elétrica

Em audiência pública na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara, realizada nesta quarta (6), as concessionárias de energia elétrica foram duramente criticadas e cobradas quando à melhoria dos serviços prestados à população. O debate ocorreu por iniciativa do deputado Carlos Zarattini (PT-SP), entre outros, e teve como foco as constantes denúncias contra a Eletropaulo, que atende a Grande São Paulo.
 

Câmara aprova reajuste de 4,5% das tabelas do Imposto de Renda

A Câmara dos Deputados aprovou ontem a nova tabela do Imposto de Renda para as Pessoas Físicas. Votei favoravelmente ao projeto do relator, acompanhando a posição do PT, que manteve basicamente a proposta do Governo. No entanto, continuo considerando injusto o reajuste abaixo da inflação e um erro colocar em lei os reajustes dos próximos três anos. Hoje nós não podemos saber qual será a inflação futura e a antecipação pode levar a prejuízos tanto para o contribuinte como para a Receita.
Apesar disso, o Projeto incluiu qustões que não estavam previstas na MP. Por exemplo, deu continuidade à possibilidade do patrão abater do IR a Contribuição Patronal da Previdência para os empregados domésticos e também de despesas com Plano de Saúde para essa categoria.
Leia o noticiário da Câmara:

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Procura-se maquinista

Excelente artigo do jornalista José Roberto Toledo, publicado hoje no Estado de São Paulo, onde demonstra o quanto a Cidade de São Paulo está atrasada em relação ao resto do Brasil. A política Tucana-Kassabista está levando a Cidade à paralisia em qualquer dos campos pesquisados. Os mais evidentes: transporte, educação e saúde. Pena que no final Toledo não conclua com isso, mas quem se lembra dos 17 anos de Governo do Estado nas mãos do PSDB e dos 7 deles na Prefeitura conclue por conta própria.

Procura-se maquinista

04 de julho de 2011
0h 00

José Roberto de Toledo - O Estado de S.Paulo

São Paulo está ficando para trás. A desaceleração da velha locomotiva é suave, mas persistente. Enquanto o interior do Brasil e outras metrópoles pisam no acelerador, a capital paulista anda com o freio de mão puxado. Nem por isso seus governantes deixam de dar nota máxima a si mesmos, como se não tivessem mais nada a fazer. Talvez não tenham mesmo.

Entre 2000 e 2010, a renda dos paulistanos cresceu apenas 4% acima da inflação, uma fração do que cresceu o rendimento dos brasileiros e o pior desempenho entre todas as capitais. Nas outras 26, a renda teve um crescimento real de 37%, na média.

Quais problemas atrasaram o desenvolvimento da cidade na década passada? Uma série deles. Desde a mudança do perfil do emprego até o baixo desempenho de seu sistema de ensino, passando pela perda de competitividade ocasionada, entre outras coisas, pela piora do trânsito e aumento do custo de vida.

Menos qualidade no dia a dia associada à possibilidade de trabalhar à distância expulsaram muitos paulistanos dos extratos mais altos de renda para o exterior, cidades do entorno ou para outras capitais. Foi o caso de Florianópolis, destino de muitos ex-moradores de São Paulo que queriam viver melhor. Não por acaso, a catarinense tornou-se a 1.ª no ranking de renda das capitais e a 2.ª entre todas as cidades brasileiras.

Enquanto Florianópolis subia, São Paulo caía: do 4.º para o 7.º lugar no ranking de renda das capitais, e para o 15.º, entre todas as cidades do País. Vitória, Brasília, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Curitiba já têm renda por habitante maior do que a paulistana. E, no ritmo atual, logo Belo Horizonte também ultrapassará São Paulo. Está no Censo 2010.

Não foi só na renda que a posição relativa da capital paulista piorou em comparação a outras capitais. A taxa de analfabetismo das pessoas de 10 a 14 anos que moram em São Paulo oscilou de 1,9% para 2% na década passada. Parece baixa, mas não é. A taxa das crianças curitibanas era maior do que a das paulistanas dez anos atrás, agora é metade. São Paulo caiu do 9.º para o 10.º lugar no ranking de alfabetização de crianças em idade escolar. A cidade não mais importa analfabetos, os produz aqui.

Crianças que não são alfabetizadas no momento certo engrossam as estatísticas do atraso escolar e acabam abandonando seus estudos precocemente, sem saber o básico para arrumar um bom emprego. Vão ganhar mal e alimentar a espiral do baixo crescimento da renda.

Nos últimos dez anos, a oferta de emprego - motor que fez São Paulo crescer e atrair imigrantes do mundo inteiro em outras eras - mudou de marcha. A indústria e a administração pública, que pagam melhores salários, viram sua fatia diminuir pouco a pouco no bolo do mercado de trabalho paulistano, enquanto cresceram as do comércio e, principalmente, dos serviços. Proporcionalmente menos metalúrgicos e professores, mais office-boys e balconistas.

Como pizza ainda não é material de exportação, a balança comercial da cidade também sofreu. De um superávit de quase US$ 1 bilhão, em 2003, para o maior déficit do século em 2010: menos US$ 7,9 bilhões.

Se São Paulo fosse uma empresa com ações na Bolsa, sua cotação estaria em baixa. Não uma queda abrupta, daquelas que provocam manchetes, mas um suave e confortável plano inclinado que leva do protagonismo à mediocridade. Ainda não chegou lá, mas está a caminho.

Esse câmbio de locomotiva a vagão mais lento do comboio já foi detectado por pesquisadores, como André Urani (Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade - Iets). Mas talvez o bairrismo e a falta de drama tenham evitado que o assunto ganhasse o destaque necessário - para sorte dos políticos que, em tese, deveriam liderar o processo oposto.

Nenhum partido que passou pela Prefeitura de São Paulo nos últimos 15 ou 20 anos tem a ganhar politicamente com a desaceleração paulistana. Nenhum nível de governo (municipal, estadual e federal) é inocente. Da falta de planejamento (de estratégia, de prioridades corretas) à taxa de câmbio supervalorizada, passando pela guerra fiscal, todos deram sua contribuição para inclinar o plano no sentido errado.

A eleição de 2012 é mais uma oportunidade para encarar o problema e enfrentá-lo. Mas os representantes dos paulistanos parecem mais ocupados com o rame-rame de seus joguetes pelo poder. O trem passa e eles olham da estação. Falta um maquinista.

domingo, 3 de julho de 2011

Reino Unido fecha cerco à corrupção corporativa

A mídia brasileia adora tentar convencer o nosso povo que aqui é o país onde nada dá certo e as mazelas são eternas. Leiam este artigo que mostra a que ponto chegou a corrupção na Inglaterra e quais as medidasque elessão obrigados a tomar. E não é só corrupção no setro público...tem também nas empresas. Tô falando algo estranho?


Reino Unido fecha cerco à corrupção corporativa

Cristine Prestes
De São Paulo

01/07/2011Text Resize

Texto:-A +A ...CompartilharImprimirEnviar por e-mail ..A partir de hoje, grandes corporações mundiais estão sujeitas ao crivo de duas leis de combate à corrupção que as deixam praticamente sem alternativa além da adoção de minuciosas políticas de prevenção interna. Entrou em vigor no Reino Unido a chamada "UK Bribery Act", que transforma em crime o pagamento de propina, independentemente das partes envolvidas. Segundo especialistas, a legislação, ao lado da similar americana que pune o ato de corromper com multas milionárias - a Foreign Corrupt Practices Act (FCPA) -, era o que faltava para fechar o cerco à corrupção no mundo corporativo.

A avaliação de quem estuda o tema é de que, embora locais, as duas leis têm um alcance muito maior do que se imagina. Estão sujeitas a elas todas as empresas que tenham algum tipo de operação nos dois países, sejam nacionais ou estrangeiras. "São duas grandes potências com leis específicas que capturam todos os grandes grupos econômicos do mundo", diz José Francisco Compagno, sócio da Ernst & Young Terco que atua na área de fraudes e investigações.

Não é preciso estar instalado fisicamente no Reino Unido ou nos EUA para que uma companhia seja obrigada a obedecer as regras das duas leis. No caso dos EUA, por exemplo, basta que o câmbio de uma operação seja fechado no país para que a empresa esteja sujeita a punições se for investigada por algum ato de corrupção que envolva funcionário de um governo estrangeiro. Da mesma forma, companhias estrangeiras com ações em bolsas americanas também devem obedecer a norma.

A lei britânica vai ainda mais longe. Além de punir a prática de corrupção entre empresas privadas e governos estrangeiros, ela prevê também sanções ao pagamento de propinas entre particulares. Na prática, significa dizer que se uma empresa fornecedora oferecer vantagens ao funcionário da compradora para que seu produto seja adquirido, por exemplo, ambas podem ser investigadas e punidas por isso. "A UK Bribery é um marco na evolução da ética nos negócios", avalia José Francisco Compagno. Presentes como viagens, brindes e convites também podem ser interpretados pelos órgãos de controle como propina, a depender do caso específico.

Apesar de ter sido inspirada na FCPA, a lei britânica avançou em alguns aspectos além da penalização da corrupção praticada entre particulares. Quem for condenado pode pegar 10 anos de prisão e ser obrigado a pagar uma multa sem limite de valor. Nos EUA, a FCPA prevê sanções de até 200% do valor obtido de forma ilícita por quem incorreu no crime de corrupção de funcionários públicos estrangeiras. De acordo com a UK Bribery, a única forma de atenuar a pena é a implantação de estruturas efetivas de prevenção interna - os chamados programas de "compliance". A partir de hoje, as empresas têm 90 dias para se adequar às novas regras e implementar programas de combate à corrupção.

"O Reino Unido deu um passo à frente com a lei, que está sendo levada muito a sério pelas empresas", diz a advogada Isabel Franco, especialista em legislação anticorrupção e sócia do escritório KLA - Koury Lopes Advogados, para quem as companhias "não têm mais como escapar". Ainda que seja considerada um avanço, a UK Bribery entra em vigor com dez anos de atraso. Isso porque a promulgação de uma lei de combate à corrupção de funcionários públicos estrangeiros foi um compromisso assumido pelo Reino Unido em 1998, quando o país assinou a Convenção sobre o Combate à Corrupção de Funcionários Públicos Estrangeiros em Transações Comerciais Internacionais da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Em vigor desde 1999 e com 32 países signatários, a convenção é fruto da pressão americana sobre o órgão em torno da disseminação de leis de combate à corrupção ao redor do mundo. Nos EUA, a FCPA existe desde 1977 e foi elaborada após o escândalo de Watergate, que desvendou um esquema gigantesco de corrupção que envolveu US$ 300 milhões em subornos pagos por 400 companhias. No entanto, durante décadas a norma enfrentou resistência interna à sua aplicação. Por ser o único país de porte a punir a corrupção de governos estrangeiros, os EUA sofreram pressões das corporações, que argumentavam que perdiam competitividade diante das concorrentes europeias. Para se ter uma ideia do que isso significa, basta dizer que até o fim da década de 90 a Alemanha permitia que as empresas deduzissem do imposto de renda os valores pagos em propinas.

A FCPA acabou ganhando peso no mundo corporativo somente a partir de meados da década passada, quando começaram a surgir punições relevantes, tanto em quantidade quanto em valores envolvidos. Nos últimos cinco anos, o país investigou mais casos de corrupção de funcionários públicos estrangeiros do que nos 20 anos que os antecederam. Da mesma forma, as multas tiveram um expressivo aumento em seus valores. O marco no combate à corrupção corporativa foi o caso da Siemens AG, que pagou US$ 1,6 bilhão em multas e na devolução de lucros obtidos com a criação de um esquema de suborno de funcionários públicos que funcionou por anos a fio em várias de suas filiais ao redor do mundo.

No Reino Unido, o debate sobre a criação de regras para punir quem incorre em atos de corrupção começou no ano 2000, mas ganhou força a partir do escândalo que envolveu a empresa britânica BAE Systems, que atua no setor de defesa e foi acusada de ter pago US$ 2 bilhões a um príncipe saudita para viabilizar um contrato de US$ 85 bilhões entre os dois países em 1985. Agora, finalmente a lei entra em vigor.






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