Essa linha 4 – Amarela foi prometida pelo então governador Geraldo Alckmin para entrar em funcionamento na sua primeira fase em 2006. José Serra a prometeu para 2010. Estamos em 2011 e até o momento a fase um ainda não está plenamente em funcionamento. Das seis estações prometidas, quatro estão em funcionamento; a linha opera em escala experimental, das 4:40 horas às 21:00. A concessionária privada não possui ainda todos os 15 trens previstos para operar nessa fase. A construção foi terceirizada para um consórcio formado pelas quatro maiores construtoras brasileiras, sem fiscalização efetiva do Metrô, o que resultou no desabamento na estação Pinheiros, com a morte de 7 pessoas e do teto de um túnel em que um operário morreu. Em 2010 também houve a morte de um engenheiro que trabalhava nessa linha. Ela deveria ter 12 estações, mas a Três Poderes foi cancelada pelo Alckmin, após a licitação, pelo movimento de moradores da região onde a estação seria construída. Eles não queriam “gente diferenciada no bairro”. O resultado é um hiato de 2,6 quilômetros (deve ser o maior em área urbana do mundo) entre as estações Morumbi e Butantã. Há vários aditivos e irregularidades na construção dessa linha. Aliás, o Metrô tem se superado nesses 16 anos de governos tucanos. Recentemente a linha 5 – Lilás teve sobrepreço de R$ 304 milhões por causa de uma licitação viciada que impedia uma empresa ficar com mais de um lote. O resultado, segundo consta na imprensa, foi o conluio delas. O monotrilho da Cidade Tiradentes teve a primeira licitação fracassada, as empresas queriam mais para fazer a linha. O governo estadual reviu os preços para cima, retirando escadas rolantes e elevadores das estações. Está
pagando mais por menos serviços, em relação ao previsto inicialmente. A justiça Suíça e francesa denunciou pagamento de propinas membros do governo paulista pela Alstom. Há ainda a compra de trens superfaturados pelo Metrô num contrato caducado da década de 1990. A linha 4 – Amarela vai ser operada por um consórcio privado que ganhou um verdadeiro presente do governo tucano, pois ela será a mais produtiva do sistema. E há o risco do governo ter de tirar recursos do orçamento se o faturamento da empresa privada não foi o previsto em contrato. Como resultado temos a menor malha metroviária entre as grandes capitais do mundo, apenas 70,6 quilômetros. A Cidade do México tem 201 quilômetros e Santiago do Chile 84 quilômetros e está previsto chegar a 103, em breve. O custo do Metrô de São Paulo, segundo o antigo secretário de transportes é de R$ 400 milhões o quilômetro. Para o atual diretor presidente em oitiva na Assembleia Legislativa de São Paulo, somente as obras civis estão saindo por R$ 326 milhões o quilômetro. Incompetência de gestão por parte dos tucanos, aliada ao superfaturamento levam o metrô paulista a ser o mais superlotado do mundo. Desde 2007 ocorreram 50 panes no sistema, prejudicando 3,7 milhões de passageiros. Quando confrontados com a luz dos fatos se constata que os tucanos construíram um mito de competência que somente com o apoio da imprensa não ruiu totalmente ainda. Em todas as obras de transportes ficam constados superfaturamentos, uso de material indevido, aditivos em excessos, não cumprimento do cronograma de obras, elevação dos custos durantes as obras, não cumprimento das obrigações ambientais, ocorrência de acidentes, projetos básicos incompletos, entre outras . No rodoanel o Tribunal de Contas da União fez três relatórios constatando irregularidades na construção dos trechos oeste e sul pelo governo paulista. Pena que o Tribunal de Contas do Estado – TCE e do Ministério Público de São Paulo - MPESP não sejam tão ativos quanto os seus pares federais.