domingo, 23 de outubro de 2011

E vem mais privatização no metrô de São Paulo

21/10/2011

CCR planeja disputar seis linhas do metrô de São Paulo

Por Fábio Pupo
Valor SÃO PAULO -

A CCR está planejando disputar a licitação de quatro linhas do metrô de São Paulo que o governo do Estado pretende conceder à iniciativa privada, informaram fontes. A mobilidade urbana é um assunto estratégico para a empresa.

As linhas em questão são a 5-lilás, 6-laranja, 17-ouro e a extensão da 4-verde (estas duas funcionarão por meio de monotrilho). Além disso, a CCR também pretende disputar os projetos da linha 15 (entre Vila Prudente e Tiquatira) e da linha 20 (entre Lapa e Água Espraiada).

Cinco projetos da Companhia de Trens Metropolitanos (CPTM) também são visados pela companhia. São eles: Expresso Bandeirantes (linha que liga Campinas a São Paulo e é incentivado pelo governo do Estado como alternativa ao trem-bala), Trem de Jundiaí (que ligaria a Luz à Jundiaí), Expresso ABC (que liga a Luz a São Caetano, Santo André e Rio Grande da Serra), além de Linha 13 e Linha 14 (trens que se ligam ao aeroporto).

Linha 4-amarela

Hoje, a única concessão de metrô com participação do grupo CCR é a linha 4-amarela, em São Paulo, por meio de um contrato de operação e manutenção de 30 anos com a controlada ViaQuatro.

Além da CCR (com 58%), a ViaQuatro tem participação de quatro sociedades. Uma delas é a Montgomery Participações, com 30% (sociedade brasileira detida por um fundo de investimento em participações administrado pelo Banif, com participação da Odebrecht e voltado a atividades relacionadas a investimento em infraestrutura de transportes e logística).

Há ainda participação da Mitsui Co. (empresa japonesa pertencente ao grupo Mitsui, que atua globalmente nos setores de logística e transporte, dentre outros) com 10%; da Benito Roggio (sociedade argentina do grupo Roggio, de transporte e concessões de vias), com 1%; e da RATP (sociedade francesa do grupo RATP, que atua em transporte público de passageiros como operador ou assistente técnico de operações), também com 1%.

(Fábio Pupo / Valor)

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