O governo divulgou no fim de 2012 o balanço de um ano e cinco meses do Plano Estratégico de Fronteiras, lançado em junho de 2011. A avaliação positiva do governo destaca ações das operações “Sentinela” e “Ágata”. A primeira é coordenada pelo Ministério da Justiça, e a segunda, pelo Ministério da Defesa.
A operação Sentinela desarticulou 42 organizações criminosas transnacionais, prendeu 20 mil pessoas e apreendeu 310 toneladas de maconha e 40 toneladas de cocaína. A quantidade de drogas apreendidas foi 330% maior, se comparada com período equivalente, entre janeiro de 2010 e maio de 2011.
Para o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), “os números mostram que as ações nas fronteiras evoluíram muito e estão muito mais aperfeiçoadas que antes”. A Operação Sentinela também apreendeu 2.235 armas, 7.500 veículos, R$ 10 milhões oriundos de atividade ilícita e quase 2 milhões de medicamentos falsificados ou de venda proibida no Brasil.
Já a operação Ágata apresentou o seguinte resultado: 319 mil veículos vistoriados, 222 aviões inspecionados e 5.600 embarcações fiscalizadas, das quais 498 foram apreendidas. Também na operação Ágata, quatro pistas clandestinas de pouso foram destruídas e 19 mil quilos de explosivos e 11 mil quilos de entorpecentes foram apreendidos.
Zarattini lembrou também que “o governo iniciou o processo do Sisfron [Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras], que em dois anos permitira o acesso a dados muito mais evoluídos e com resultados muito mais eficazes.” O sistema é uma importante iniciativa adotada pelo Ministério da Defesa para monitorar e aumentar a presença do Estado brasileiro nas fronteiras brasileiras.
Entre os investimentos previstos para este ano dentro do Plano Estratégico de Fronteiras, estão a compra de equipamentos de comunicação, viaturas, lanchas, coletes à prova de balas e a construção de residências funcionais para policiais federais.
Dimensões – O Brasil possui 16.886 quilômetros de fronteiras com dez países, ao longo de 11 estados e 588 municípios. Em função dessas dimensões, os diversos problemas constatados, como contrabando, tráfico de drogas e de armas, roubo de cargas e de veículos e crimes ambientais, adquirem maior relevância.
O deputado Zarattini enfatiza que, infelizmente, o problema de segurança não está só nas fronteiras. “Alguns governos de estado, como o de São Paulo, preferem reprimir a população a, de fato, combater a criminalidade” constatou.
Fonte: Linha Direta - http://migre.me/cP5pN
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