quarta-feira, 29 de maio de 2013

PIB sobe 1,9% no primeiro trimestre; em 12 meses, crescimento é de 1,2%

São Paulo – O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,9% no primeiro trimestre em comparação a igual período de 2012. Sobre o último trimestre do ano passado, a alta foi de 0,6%, abaixo do esperado. Em 12 meses, houve expansão de 1,2%, segundo os resultados divulgados na manhã de hoje (29) pelo IBGE. A preços de mercado, o PIB somou R$ 1,11 trilhão.
Em relação ao quarto trimestre de 2012, a agropecuária cresceu 9,7%, o setor de serviços teve leve alta, de 0,5%, e a indústria caiu 0,3%, puxada pelo segmento extrativo mineral (-2,1%) – a indústria de transformação subiu 0,3%.
Sobre o primeiro trimestre do ano passado, o destaque também foi a agropecuária, com crescimento de 17%. "A taxa pode ser explicada pelo bom desempenho de alguns produtos que possuem safra relevante no 1º trimestre e pelo crescimento na produtividade. Entre os produtos com safras significativas no trimestre e que registraram crescimento estão soja (23,3%), milho (9,1%), fumo (5,7%) e arroz (5,1%)", diz o IBGE.
A indústria recuou 1,4%, com queda de 6,6% no setor extrativo, resultado da retração na extração de petróleo. A construção civil caiu 1,3% e a indústria de transformação, 0,7%, "resultado influenciado pelo declínio da produção de máquinas para escritório e equipamentos de informática; metalurgia; químicos inorgânicos; produtos farmacêuticos, têxtil e artigos do vestuário".
De acordo com o instituto, a queda nesses setores "foi parcialmente contrabalançada" pelo crescimento da produção de veículos automotores, outros equipamentos de transporte, máquinas e aparelhos elétricos e mobiliário.
O consumo das famílias aumentou 2,1% sobre o primeiro trimestre de 2012, na 38ª variação positiva seguida nessa base de comparação. "Um dos fatores que contribuíram para este resultado foi o comportamento da massa salarial real, que teve elevação de 3,2% no primeiro trimestre de 2013", aponta o IBGE. "Além disso, houve um aumento, em termos nominais, do saldo de operações de crédito do sistema financeiro com recursos livres para as pessoas físicas de 9,5% no primeiro trimestre de 2013."
A formação bruta de capital fixo, um indicador de investimentos, registrou crescimento de 3%, após quatro quedas seguidas em 2012, com "expansão da importação e produção interna de bens de capital". A despesa de consumo da administração pública subiu 1,6%. As importações subiram 7,4% e as exportações caíram 5,7%.
Na comparação com o último trimestre do ano passado, o investimento subiu 4,6%. O consumo das famílias ficou praticamente estável (0,1%).
O PIB acumulado em 12 meses (1,2%) teve alta de 3,9% na agropecuária e de 1,7% nos serviços. A indústria recuou 1,2%. O consumo das famílias aumentou 3% e o da administração pública, 28%. A formação bruta de capital fixo caiu 2,8%. As exportações recuaram 2,3%, enquanto as importações cresceram 0,6%.
A taxa de investimento no primeiro trimestre correspondeu a 18,4% do PIB, ante 18,7% em igual período de 2012.

Comparação

O IBGE divulgou duas tabelas de comparação internacional, a primeira com resultados sobre o quarto trimestre de 2012. Nessa base, o Brasil e os Estados Unidos têm crescimento equivalente (0,6%), acima do México (0,5%) e da Alemanha (0,1%) e abaixo do Japão (0,9%). O PIB da União Europeia recuou 0,1%.
Em relação ao primeiro trimestre do ano passado, entre os chamados Brics, o Brasil tem expansão equivalente à da África do Sul (1,9%) e pouco acima da Rússia (1,6%). A China tem expansão de 7,7%.

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