O presidente respondia pela prática dos crimes de organização criminosa – junto com os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) – e sozinho pelo delito de obstrução de justiça. Orientaram o voto pelo arquivamento da denúncia contra Temer o PMDB, DEM, PP, PSD, PR, PRB, PEN, PSL e o Solidariedade. Divididos, PSDB e o PV liberaram as bancadas.
Ao defender o voto contrário ao relatório do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), que inocentava Temer, o líder da bancada do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (PT-SP) disse que na denúncia da PGR sobravam motivos para investigar o presidente ilegítimo e golpista.
“Em um momento a denúncia do Janot errou a mão ao criminalizar a política, mas acertou em apontar fatos que envolvem Temer em práticas criminosas. Além disso, temos a clareza que esse governo precisa ser impedido de continuar levando o País para o buraco, entregando nossas riquezas, destruindo direitos trabalhistas e previdenciários dos trabalhadores e a nossa soberania”, ressaltou.
Ainda durante o dia, enquanto não registravam presença no plenário e obstruíam a votação, os parlamentares da oposição protestaram com faixas e cartazes contra Michel Temer no Salão Verde da Câmara. Vários deles se revezaram em uma tribuna improvisada na entrada do plenário para defender a investigação de Temer pelo STF, e denunciar a corrupção e os retrocessos sociais e econômicos patrocinados pelo governo golpista.
Héber Carvalho
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