Publicado em 14-Fev-2011
Pergunto-me: não é medo das concessionárias de rodovias... Ando bastante desconfiado dessa fobia de nossos jornais com a implantação do trem de alta velocidade (TAV) no Brasil, inicialmente uma linha ligando Rio-Campinas-São Paulo. A obra, dentre outras razões, é vital para a Copa do Mundo de 2014 no país e as Olimpíadas de 2016 no Rio.
A pergunta ingênua é a seguinte: que interesses estão por trás dessa oposição fanática e radical ao TAV, estampada por matérias publicadas ao longo de toda a semana passada, inclusive neste fim de semana?
Seriam idiotas, ou loucos, os governos de todo o mundo desenvolvido que aplicam bilhões e bilhões de dólares, e/ou euros, yenes, yuans, para construir TAVs e TVGs, por exemplo, na Espanha, Portugal, França, Alemanha, Japão, Coréia, China e agora o dos Estados Unidos? Estão todos errados?
Será que um país continental como o Brasil não deve investir mesmo em trens de alta velocidade? Para que esses países investiram tanto em pesquisa e construíram uma indústria complexa e competitiva nesse área? Para nada? Ou será que devemos continuar a construir, por concessões, apenas estradas?
Será que as concessionárias de rodovias não veem seus negócios ameaçados pela concorrência do TAV, da mesma forma que o transporte aéreo concorre com o rodoviário, para a alegria dos usuários, já que a concorrência melhora os serviços e os preços caíram? Por que não podemos construir o TAV para que ele, da mesma forma, concorra com o transporte aéreo e rodoviário?
Isto é o melhor para todos, não parece a vocês também?
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