“Esta é uma reforma que vai, na prática, impedir que boa parte desses milhões de brasileiros possa se aposentar e, os poucos que conseguirem, receberão menos do que aquilo a que têm direito e com o qual contribuíram a vida toda”, ponderou o líder do PT.
Zarattini classificou de “verdadeiro absurdo” a tentativa do governo de querer passar o “rolo compressor” num tema dessa importância. “Com certeza não vão conseguir”, antecipou.
O líder apontou ainda como mais um exemplo da pressa do governo em penalizar o trabalhador, a manobra de ressuscitar o projeto de lei (PL 4302/98), da era de Fernando Henrique Cardoso (FHC), que versa sobre terceirização de mão de obra.
Ele criticou a ideia do governo de voltar a discutir a questão da terceirização resgatando um projeto que vem de 1998 e que foi discutido em outra composição Congresso. “É um projeto muito antigo, mas o governo quer passar esse projeto também a toque de caixa”, alertou.
Ao se pronunciar sobre a afirmação do relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Maia (PPS-BA), que adiantou que o governo não vai abrir mão da idade mínima de 65 anos para a aposentadoria, Zarattini afirmou que esse é um dos pontos fundamentais defendidos por Michel Temer.
“Como é que podemos admitir colocar uma idade mínima tão alta para o padrão da idade média do brasileiro? Como se pode colocar no texto que só pode se aposentar com 65 anos, sendo que há regiões em que a maioria dos brasileiros não chega a essa idade?, questionou Zarattini.
“Nas regiões Nordeste e Norte, e mesmo na periferia de grandes cidades, como são Paulo e Rio de Janeiro, tem uma grande parcela de brasileiros que não chega aos 65 anos. Então, é uma proposta que não tem pé e nem cabeça”, criticou.
Mobilização – Adiantou o líder do PT que o massacre que o governo Temer pretende fazer à classe trabalhadora, terá resistência. “Vai ter uma mobilização muito grande que vai começar agora no dia 8 de março. Em muitas cidades do país as mulheres vão às ruas contra a reforma da Previdência. Esse vai ser um tema principal porque as mulheres vão ser muito prejudicadas se aprovada essa reforma”, explicou Zarattini.
Benildes Rodrigues
Foto: Nilson Bastian / Agência Câmara
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