O golpe parlamentar patrocinado pela aliança PSDB-PMDB contra a presidente Dilma Rousseff arruinou a economia brasileira no ano passado, levando o Produto Interno Bruto (PIB), soma de todas as riquezas produzidas no ano pelo país, a uma queda de 3,6% em relação a 2015. O País já registra 13 milhões de desempregados.
Para o líder, faz parte da “política antipovo e antinacional” do governo reduzir os direitos trabalhistas e previdenciários da população brasileira. As propostas de reforma para essas duas áreas, encaminhada pelo governo para o Congresso, juntamente com a defesa de projeto que estabelece terceirização irrestrita no mercado de trabalho, tem o objetivo de transferir mais renda para os setores privilegiados da sociedade.
“É estranho que se fale em reforma trabalhista e em terceirização: o governo quer anular conquistas históricas dos trabalhadores. Destruir sindicatos e permitir a terceirização até mesmo no setor público”, denunciou Zarattini.
De acordo com o petista, aumentar a jornada de trabalho e diminuir a renda de trabalhadores é um retrocesso histórico. “É um governo que pratica uma política deletéria contra o povo”, acusou;
A política Temer/Meirelles, na avaliação do parlamentar paulista, também comete o equívoco de sobrevalorizar o real ante o dólar, o que inviabiliza as exportações de manufaturados nacionais e aumenta a importação. Isso representa desemprego no Brasil e desequilíbrio na balança de pagamento, explicou Zarattini.
O equívoco é tão grande que o Brasil pratica hoje a maior taxa de juros no mundo (12,15% ao ano). “A atual taxa de juros deprime ainda mais a economia, pois inviabiliza a atividade econômica e os investimentos das empresas”, comentou o líder.
Diante desse quadro de depressão econômica, o governo ilegítimo Temer quer compensar as camadas que vivem de renda retirando direitos de milhões de brasileiros. A reforma da Previdência, segundo Zarattini, insere-se na estratégia do governo golpista de deixar à margem pessoas que se beneficiam de aposentadorias garantidas por um sistema de seguridade universal, sobrando recursos para os bancos e os rentistas.
Com a proposta de reforma de previdência enviada pelo governo, continua Zarattini, a maioria dos brasileiros não terá condições de se aposentar pelo sistema público, por conta do tempo mínimo de contribuição de 25 anos e 49 anos de contribuição para se obter a aposentadoria integral. “Essa reforma precisa ser sumariamente rejeitada pela comissão especial”, defendeu.
Caso esta reforma seja aprovada, milhões de idosos brasileiros serão jogados na miséria, como já aconteceu no Chile e na Argentina, países que fizeram mudanças na previdência de cunho privatizante.
O líder lembrou que no Dia Internacional da Mulher, neste 8 de março, não há o que comemorar, já que as mulheres serão fortemente golpeadas pela reforma previdenciária. Zarattini lembrou que as mulheres têm dupla jornada, em casa e no trabalho, mas o governo quer que elas se aposentem com o mesmo tempo de contribuição dos homens. “É um retrocesso que tem de ser rejeitado a qualquer custo”, concluiu Zarattini.
PT na Câmara
Foto: Gustavo Bezerra/PT na Câmara
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