sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Meta fiscal recessiva não terá digital do PT, afirma Zarattini

O líder da Bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara, deputado Carlos Zarattini (PT-SP),anunciou na tribuna da Câmara nesta quarta-feira (30) que a meta fiscal recessiva e excludente, em debate no Congresso Nacional, não terá a digital do PT. Segundo o petista, uma política econômica que reduz investimentos – incluindo os investimentos em políticas sociais –não logrará sucesso.

O líder do PT lembrou que recentemente o Parlamento aprovou a proposta do governo ilegítimo de Michel Temer que aumentou a previsão de déficit de R$ 170,5 bilhões para 2016, quando as projeções da equipe de Dilma Rousseff eram de R$ 96,7 bilhões. “Esse governo fez uma política econômica cruel para os pobres, privilegiou os ricos e prejudicou fortemente aqueles que vivem do seu trabalho”, denunciou Zarattini.

“O governo não vai cumprir essa meta, porque ele não tem condições sequer de manter sua arrecadação, tamanho é o equívoco dessa política econômica. Nós, do PT, seremos contrários a essa política adotada por esse governo, que leva o País ao buraco, à miséria e ao desemprego. Essa proposta não vai ter nossa assinatura”, asseverou.



Na proposta do governo ilegítimo, o déficit deste ano foi aumentado de R$ 139 bilhões para R$ 159 bilhões. Ele também pretende, para o déficit do ano que vem, subir o valor de R$ 129 bilhões para os mesmos R$ 159 bilhões. “O governo quer entregar o País, quer chegar a R$ 159 bilhões de déficit com aumento de privatizações e com aumento de impostos sobre os mais pobres”, criticou Zarattini. Segundo o líder, a nova proposta do governo de aumento de déficit vai aprofundar ainda mais a crise e a recessão.

“Temer quer vender a Companhia de Energia de Minas Gerais (Cemig) a preço de bananas, exatamente para poder garantir mais recursos para evitar que esse déficit aumente ainda mais”, observou.

Para Zarattini, o governo não fez o dever de casa ao não promover a reoneração da folha de pagamento. Segundo ele, esse procedimento era necessário e já vinha sendo apontada no governo da presidenta Dilma. Esse fato – apontou o líder do PT – permitiu às empresas aumentarem sua margem de lucro.

Outro item criticado pelo deputado Carlos Zarattini diz respeito à política de juros. “O governo manteve a política de juros cruel. Não só manteve a taxa nominal como – com a queda da inflação, por causa da redução da atividade econômica – a taxa de juro foi aumentada. Como resultado, o Brasil chegou a 14 milhões de desempregados”, condenou o petista.

Benildes Rodrigues 

Foto: GustavoBezerra/PTnaCâmara

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