quarta-feira, 20 de junho de 2012

Brasileiros são os mais confiantes na economia, diz pesquisa


 Os brasileiros são o povo mais otimista do mundo quanto aos rumos econômicos de seu país. A conclusão é de uma pesquisa encomendada pela Confederação Sindical Internacional (CSI), com sede em Bruxelas, que filia centrais dos cinco continentes e representa aproximadamente 175 milhões de trabalhadores.
A CSI perguntou a 13 mil pessoas em 13 países se estavam satisfeitas com a condução da economia por seus governos. Foram escolhidas nove nações pertencentes ao mundo desenvolvido (EUA, Reino Unido, Canadá, Japão, Bélgica, França, Bulgária, Alemanha e Grécia) e quatro emergentes (Brasil, África do Sul, Indonésia e México).
Para 69% dos brasileiros, o país está indo na direção certa – a média internacional mostrou que apenas 38% da população está satisfeita com os rumos de seus países. Na Grécia, que sofre com os efeitos da crise, tão somente 9% aprovam a política econômica de Atenas, que lá se traduz por um termo bastante utilizado pela mídia mundial: pacotes de austeridade.
Segundo o levantamento, 46% da população brasileira acredita que as futuras gerações viverão melhor que a atual, opinião não compartilhada pelos demais cidadãos, sobretudo na Europa. A exceção é a Indonésia, onde 59% aposta que a situação ficará muito melhor nos dias vindouros.
“O Brasil tem mostrado ao mundo que quando os governos se concentram em políticas de criação de emprego e proteção social, eles podem manter o apoio da população”, analisa Sharan Burrow, secretária-geral da CSI.‬ “Muitos países europeus e do G20 traíram os eleitores. Os governos precisam ouvir o povo ou correrão um risco crescente de instabilidade política e econômica.”
Sharan Burrow está no Rio de Janeiro participando de um encontro sindical preparatório para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) e logo em seguida viajará para Los Cabos, México, onde apresentará o estudo da CSI durante a Cúpula do G20, que reunirá as 20 maiores economias do mundo na segunda (18) e terça-feira (19).
Outras conclusões da pesquisa – que refletem diretamente as políticas econômicas adotadas recentemente nos Estados Unidos e Europa – apontam que 70% dos entrevistados acreditam que os bancos possuem grande influência na tomada de decisões políticas. Ademais, 87% pensam que as instituições financeiras deveriam pagar um preço maior pela crise global.
“A ortodoxia está sendo amplamente rechaçada pelo povo”, conclui a secretária-geral da CSI. “Opiniões antiausteridade estão crescendo em tantos países que poderão provocar uma remodelação do pensamento econômico global.”
Fonte: http://virou.gr/LgjNqx - Linha Direta. 

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