Da Folha de S. Paulo
DE SÃO PAULO - Acusado de tentar furtar quatro latas de atum e uma lata de óleo em fevereiro, um homem de 31 anos foi condenado a um ano e seis meses de prisão porque chegou duas horas atrasado em seu julgamento. Wagner Colombo deveria estar às 14h30 na audiência na 9ª Vara Criminal da Barra Funda (zona oeste), porém, quando chegou às 16h30, a juíza Patrícia Alvares Cruz já havia decidido por sua prisão.
O réu alegou que a demora aconteceu porque levou três horas de ônibus para ir de São Mateus (zona leste) até o fórum. A juíza informou à defensora que o representa que não poderia voltar atrás da decisão. Conforme advogados e defensores consultados pela Folha, casos de tentativa de furto em que o réu não está preso, não costumam resultar em prisão em primeira instância porque é um crime considerado leve. A lógica é que o réu poderia recorrer da decisão em liberdade.
No caso dele, a juíza alegou que a prisão ocorreu porque o réu era reincidente (já cumpriu uma pena de cinco anos por roubo) e porque não "se dignou a comparecer ao seu julgamento". A Defensoria Pública informou que vai recorrer da condenação.
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