segunda-feira, 14 de maio de 2012

Haddad repudia pedágio urbano e compara à crise do apagão

“Não podemos privilegiar quem é mais rico. Isso eu chamo de apagão no transporte, tem características rigorosas. Você tem falta de investimento na produção, tem a oferta, então restringe cada vez mais. Precisamos inverter as prioridades”, declarou o pré-candidato do PT. Haddad defendeu ainda mais investimentos em corredores e no viário. “Até calçadas e ciclovias”, exemplificou. 


A discussão em torno da eventual cobrança de pedágio urbano no centro expandido de São Paulo foi repudiada pelo pré-candidato do PT à Prefeitura da capital, Fernando Haddad, neste sábado. Em evento para a discussão da mobilidade urbano e trânsito, Haddad criticou a possibilidade que visa dar mais fluidez ao tráfego na região e fez comparações à chamada Crise do Apagão, que racionou o uso de energia elétrica no País entre 2001 e 2002 durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

“Não podemos privilegiar quem é mais rico. Isso eu chamo de apagão no transporte, tem características rigorosas. Você tem falta de investimento na produção, tem a oferta, então restringe cada vez mais. Precisamos inverter as prioridades”, declarou o pré-candidato do PT. Haddad defendeu ainda mais investimentos em corredores e no viário. “Até calçadas e ciclovias”, exemplificou.

“Eles (Prefeitura) vendem dilemas para a sociedade. Investir em metrô não é contrário a investir em corredor. Eles geraram esse apagão porque não saem desse dilema e isso leva a essa paralisia”, definiu Fernando Haddad. Ele foi seguido por Aílton Brasiliense, presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos, que defendeu mais espaço aos corredores de ônibus na capital. “Mil carros, por hora em uma faixa, levam 1,4 mil pessoas. Em uma faixa, por hora, os ônibus levam 4 mil pessoas”, afirmou.

Bastante controverso, o projeto para a cobrança do pedágio urbano no centro expandido da capital foi aprovado em abril pela Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa (CCJ) da Câmara de Vereadores, que julgou o projeto legal e constitucional. O autor é o vereador Carlos Apolinário (DEM). O preço pretendido é de R$ 4 por dia útil.

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