Numa situação não vista desde os anos 90, o Estado de São Paulo vive um surto de insegurança provocado por uma grande facção criminosa. Enquanto São Paulo registra aumento de 10% nos assassinatos, o Rio de Janeiro vive situação inversa.
A tendência oposta é reflexo das fases vividas pelos dois estados na segurança pública. Especialistas, como Ligia Rechenberg, do Instituto Sou da Paz, apontam que a crise atual é fruto de um esgotamento do modelo se segurança pública do Estado.
Segundo Pedro Abramovay, ex-secretário nacional de Justiça, a hegemonia da facção criminosa PCC, eliminando rivais dentro dos presídios e nas ruas, fez diminuir o número de homicídios e aumentar o lucro do tráfico e dos crimes contra o patrimônio.
Na prática, vivia-se uma situação cômoda para os dois lados. Sem acerto de contas e sem provocar rebeliões em presídios, a facção continuou lucrando e expandindo seus negócios. A cúpula da Segurança, por outro lado, viu os homicídios diminuírem e as revoltas no sistema carcerário cessarem.
Até que, este ano, a violência recrudesceu, com uma sequência de mortes na periferia da capital paulista e da Grande São Paulo. “Alguma coisa quebrou esse equilíbrio”, diz Guaracy Mingardi, ex-subsecretário nacional de Segurança Pública. “Os presídios continuam controlados, mas, na periferia, o que se vê é uma guerra suja, com motivos desconhecidos.”
Fonte: Linha Direta - http://virou.gr/T1oghZ
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