Em 2010 o governador Geraldo Alckmin prometeu em sua campanha rever os contratos e baixar o valor dos pedágios, não foi o que aconteceu. Neste domingo (01), houve reajuste de quase 5% e o prejuízo foi parar no bolso do trabalhador.
Nas praças em que incide o Índice de Preço do Consumidor Amplo (IPC-A), o reajuste será de 4,98%. Já nas rodovias em que o cálculo é feito pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) será aplicado 4,26% de reajuste.
Para elucidar: Em uma viagem de São Paulo a Santos, o pedágio de São Paulo sai de R$ 20,10 para R$ 21,20.
São Paulo tem um dos pedágios mais caros do país e do mundo. Neste momento o pedagiômetro marca mais de R$ 3 bilhões deixados para a manutenção de estradas.
Os valores abusivos não atingem só os motoristas, acarretam também no aumento de fretes, condução e até mesmo nos produtos básicos de consumo.
A privatização das rodovias no Estado teve início há 14 anos, quando 12 empresas tornaram-se concessionárias. A partir de 2008 outras sete assumiram estradas paulistas, totalizando 5.315 km segundo a Agência de Transporte do Estado (Artesp). Em menos de duas décadas o aumento na cobrança dos pedágios chegou a 168% acima da inflação, atingindo, segundo o Ipea, média de R$ 12,76 em São Paulo (a cada 100 km). Já os pedágios cobrados pelo governo federal na Rodovia Fernão Dias são oito vezes mais baratos que o Estado.
O número de praças de pedágio em São Paulo também deu um salto assustador com a privatização promovida pelos tucanos – de 40, em 1997, para 227 treze anos depois, (com cobrança nos dois sentidos) numa média de criação de um novo posto a cada 40 dias no ano de 2010.
“É vergonhoso subestimar uma população que constrói com tanto trabalho a riqueza do nosso Estado. O número de veículos e de praças de pedágios aumentam, mas não vemos nunca a diminuição do valor da tarifa, sempre majorada para garantir a tese do equilíbrio econômico contratual", diz a deputada Ana Perugini que desde 2008, incentiva a discussão em torno da concessão onerosa das estradas paulistas, pedindo uma mudança de postura das autoridades estaduais, com a revisão das tarifas e as vias alternativas, de forma a dar à população novas opções de trajetos e tráfego em todas as regiões.
Fonte: Linha Direta - http://virou.gr/LLXKSB
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