quarta-feira, 29 de maio de 2013

Bilhete Único Metropolitano: para tornar a vida do trabalhador mais barata.

Desde que fizemos Bilhete Único em São Paulo (2004, na gestão Marta Suplicy) que a gente luta para ter o Bilhete Único Metropolitano. Tem 30% das pessoas que trabalham em São Paulo e são de outros municípios. Tem um deslocamento forte intermunicipal. É uma proposta que venho defendendo faz tempo. No sábado, 25 de maio, o Jornal Diário do Grande ABC publicou uma entrevista minha falando sobre o assunto, confira. 
Zarattini prevê evolução da proposta para desoneração 
Fábio Martins - Do Diário do Grande ABC 

Em balanço do mandato no Grande ABC, o deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP) sinalizou a perspectiva de evolução de seu projeto para desonerar transporte público no âmbito nacional - há expectativa de ser votado na terça-feira, em Brasília. Secretário de Transportes no governo Marta Suplicy, em São Paulo, o petista sustentou que o texto retira imposto para que se reduza o valor da tarifa nas cidades e incentive a implantação do Bilhete Único. O parlamentar concedeu entrevista exclusiva ontem ao Diário antes de firmar visitas aos prefeitos Luiz Marinho, de São Bernardo, Carlos Grana, de Santo André, e Donisete Braga, de Mauá, todos do PT. Esse tour serviu para manter proximidade com o eleitorado da região, onde angariou cerca de 15 mil votos no pleito de 2010 - ele será candidato à reeleição no ano que vem. Para o deputado, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) está desnorteado e o tucanato estadual tem fadiga de material. Por isso, avalia que o PT pode aproveitar desse momento de anseio por renovação política no plano majoritário. Zarattini aposta que o petismo deve lançar nome novo para concorrer ao Palácio dos Bandeirantes, mencionando Alexandre Padilha, Guido Mantega e Marinho. Por outro lado, ponderou que o caso do prefeito de São Bernardo necessita ser analisado com cautela - eventual candidatura implicaria na saída do Paço dois anos antes do término do mandato. "Como isso repercutiria naquelas pessoas que confiaram no governo? Precisa levar isso em conta. Não pode simplesmente falar que está indo embora."
DIÁRIO - Como está o andamento do projeto que trata da desoneração do transporte? 
ZARATTINI - Começamos em 2008, aprovado em 2010 na Câmara, tempo recorde de dois anos. Foi para o Senado e está lá há três anos. Encontra-se na última comissão (de Assuntos Econômicos, presidida por Lindbergh Farias, do PT). O Lindbergh quer colocar em votação na terça-feira. É projeto que propõe a desoneração do transporte, retirando o imposto federal, estadual e municipal para que isso reduza o valor da tarifa. Como contrapartida, diminui a passagem e implanta o Bilhete Único. Ao mesmo tempo, deve sair a medida provisória em que a presidente Dilma Rousseff (PT) tira 3,65% de PIS/Confins. Isso dá uns R$ 0,10. No nosso projeto, a gente obriga as cidades que quiserem obter a desoneração a reduzir a tarifa. 
DIÁRIO - O sr. avalia ser possível em curto prazo efetivar o Bilhete Único Metropolitano? 
ZARATTINI - Desde que fizemos Bilhete Único em São Paulo (2004, na gestão Marta Suplicy) que a gente luta para ter o Bilhete Único Metropolitano. Tem 30% das pessoas que trabalham em São Paulo e são de outros municípios. Tem deslocamento forte intermunicipal. A Marta na campanha de 1998 já tinha entrado com proposta do Bilhete Único Metropolitano. Quando ela ganhou a prefeitura, fez em São Paulo. Na última eleição, em 2010, Geraldo Alckmin (PSDB) incorporou na plataforma, mas até agora nenhuma ação efetiva para implantar. O PSDB largou a bandeira no meio do caminho. O governo está perdido. 
DIÁRIO -O sr. disputará a reeleição? 
ZARATTINI -Vamos trabalhar para manter mandato de Brasília. Além desse projeto do Bilhete Único e redução dos tributos, nós também aprovamos proposta que pune empresas corruptoras. A legislação está indo para o Senado. As empresas que tiverem qualquer tipo de irregularidade passam a ter série de punições, chegando até a desconstituição por meio da Justiça. É projeto que Lula enviou em 2010 e nós relatamos. Outro projeto é tarifa social de energia elétrica, que é redução na conta de luz para família de baixa renda, aprovado em 2010. Queremos continuar e temos muita coisa para fazer em Brasília. 
DIÁRIO - O sr. considera que o cenário está favorável para eventual primeira vitória do PT ao governo do Estado? 
O PSDB está em fase de fadiga de material. Já deu o que tinha que dar. O próprio Alckmin já está no governo desde 1994, foi vice-governador do Mário Covas (morto em 2001). Ele atravessou todas essas administrações. Vai terminar em 2014 com 20 anos de Palácio dos Bandeirantes. No período do José Serra ele foi secretário de Ciência e Tecnologia. Não surgem propostas, ímpeto novo. A população tem essa necessidade de ter renovação.
 DIÁRIO -O que o PT tem a oferecer e quem? 
ZARATTINI -O PT tem experiência nacional de sucesso. Os dez anos dos governo Lula e Dilma são de sucesso no País. Primeiro a visão de equilíbrio social, com menos disparidade, políticas sociais, de renda e política arrojada de investimento. É bom lembrar que quem botou de pé o PAC e o Minha Casa, Minha Vida foram os governos do PT. Temos o que mostrar. 
DIÁRIO - Levando em consideração essa vitrine dos governos petistas, nesse período, houve duas eleições estaduais. O sr. considera que o eleitorado não enxergou dessa forma a ponto de o candidato do PSDB vencer no primeiro turno os pleitos?
 ZARATTINI -O eleitor demorou a entender, na verdade. A força do PSDB é muito grande aqui, é inegável. É estrutura muito arraigada. Criou base social difícil de ser mudada. Mas o PT tem demonstrando capacidade de inovação e desenvolvimento econômico e social que começa a balançar a população.
 DIÁRIO -Por outro lado, o PT não tem arriscado em quadros novos ao governo do Estado. O ex-presidente Lula tem colocado os nomes de Mercadante, Luiz Marinho e Alexandre Padilha. Qual a avaliação que o sr. faz do que o PT pode oferecer de candidatura? 
Tem também o nome do Guido Mantega, que é interessante. A administração da economia no Brasil é um sucesso. Mas alguém pode falar da inflação do tomate, só que durou 15 dias. Produtos agrícolas são sazonais. Há alteração na entresafra. Estamos hoje com inflação sob controle, distribuição de renda, salário-mínimo em recuperação de mais de 70%. Tivemos a menor taxa de desemprego dos últimos 40 anos ou da história. O Lula tem defendido muito a renovação no PT. Deu certo com a Dilma, com o Fernando Haddad e em várias outras cidades. 
DIÁRIO - Qual é o seu preferido para entrar no páreo? 
ZARATTINI - Estamos discutindo. O melhor nome é aquele que tiver a maior chance de ganhar e estamos formando essa avaliação. Esse quadro será aquele que se apresenta com mais traquejo e mais empatia, além de internamente ser capaz de unificar partido. Se sai desunido para a disputa, já sai derrotado. Pode até não ser muito conhecido, como o Haddad, mas ele tinha o que falar e quando falava angariava apoio. 
DIÁRIO -O sr. acredita que o Marinho deve se colocar na disputa? Entende ser arriscado ao ter ainda dois anos de mandato à frente da Prefeitura? 
ZARATTINI - O Marinho está desenvolvendo excelente trabalho em São Bernardo. Tanto que devido a essa atuação, esse sucesso, que o nome dele é cogitado. Se tivesse com muitos problemas, provavelmente não seria cotado. Agora, evidentemente que ele tem os compromissos dele, o relacionamento com o eleitorado da cidade, que têm de ser avaliados. Como isso (renúncia ao Paço) repercutiria naquelas pessoas que confiaram no governo dele? Precisa levar isso em conta. Não pode simplesmente falar que está indo embora.
DIÁRIO - Qual a avaliação que o sr. faz da mudança no comando do PT estadual, possivelmente com o ex-prefeito de Osasco Emídio de Souza? 
ZARATTINI ­ - Ele tem experiência muito grande. Foi prefeito oito anos de cidade do porte de Osasco. É pessoa que joga pela unidade do partido, busca chegar em acordo que represente a unidade do partido e tem experiência eleitoral. É boa proposta. É candidato que reúne maior apoio. 
DIÁRIO -Como o sr. considera essa possibilidade de o senador Eduardo Suplicy (PT) ser deslocado para concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados como puxador de votos para suprir ausência de outros nomes petistas? 
ZARATTINI - Realmente vamos precisar repor candidatos para manter votação. A discussão no Senado envolve política de aliança. Tem de ter a disposição de negociar candidato. Isso faz parte para tentar amarrar outros partidos. Apostamos bastante em coligação em São Paulo com o PMDB e PSD, PR, PCdoB, PDT. Estamos conversando. Suplicy tem folha de serviços prestados enorme, 24 anos no Senado, foi deputado estadual, federal, é patrimônio do PT. Tanto ele como senador quanto deputado será puxador. Ele tem carimbo do PT. 
DIÁRIO - O PMDB está colocando que terá candidatura ao Estado. Não acredita neles? 
ZARATTINI - Partido do tamanho de PMDB se não falar que tem candidato está morto. O mais natural é dizer isso. Assim como o PSD. Isso não impede que dialogue até junho do ano que vem e tente chegar em uma composição. 
DIÁRIO -Na época em que estourou o Mensalão, o sr. fazia parte do diretório nacional do PT. Qual a avaliação em relação ao julgamento do processo no STF? 
ZARATTINI - É uma das maiores fraudes da história jurídica. Se for esmiuçar os autos, as condenações foram absolutamente sem provas. Se criou teoria do domínio do fato, que é aberração jurídica. Houve muita disputa política. Marcar julgamento para a véspera da eleição foi tentativa de influenciar no resultado da eleição e que de fato influenciou. Teve viés político grande. A maioria do STF entrou no jogo político, capitaneado pelo Joaquim Barbosa, e usou isso para ter essa fama toda.

Um comentário:

  1. Deputado Carlos Zazattini, como lhe é de costume usar a sinceridade, verdade, honestidade e lealdade para com o PT, militância e seus eleitores; se é importante ou não, aproprio do meu direito e dever com militante de elogiar o equilíbrio que vossa excelência expondo suas considerações em relação os próximos pleitos eleitoral em que o PT terá definido seus candidatos, inclusive o Sr. para reeleição de Deputado, peço lhe permissão para fazer minhas suas palavras e faço apelo ao Excelentíssimo Senador Eduardo M. Suplicy; Ajude nós a reeleger a Presidente Dilma, Eleger o nosso futuro Governador para o Estado de São Paulo;("LUIZ MARINHO NÃO,TEMOS COMPROMISSO PARA CONSOLIDAR AS POLITICAS SOCIAIS DO PT EM SBCAMPO") nunca tivemos momento melhor, para GANHAR O GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, É MOMENTO SEN. SUPLICY, SUA AJUDA SERÁ FUNDAMENTAL; UNIDOS SOMOS FORTES.

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