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segunda-feira, 16 de junho de 2014

Sistema Alto Tietê também pode secar este ano

Especialista alerta que, no nível atual de perdas, manancial pode secar em 150 dias; Sabesp garante que volume dá até a próxima estação de chuvas e lamenta ‘alarmismo’



“Estamos perdendo por dia 12 mil litros por segundo. Se continuar assim, o volume do Sistema Alto Tietê acaba em 150 dias e, pelo que sei, aqui não temos volume morto significativo para explorar. Estamos indo para o brejo do mesmo jeito e ninguém fala nada.” Com estas palavras, pronunciadas ao jornal O Estado de S. Paulo deste domingo (15), o engenheiro José Roberto Kachel dos Santos aponta o risco de o segundo maior manancial do estado também entrar em situação crítica, a exemplo do Cantareira. Santos é membro do Comitê da Bacia do Alto Tietê e informou que o grupo criou uma Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico semelhante ao constituído para acompanhar o Cantareira.

O Sistema Alto Tietê responde pelo abastecimento de 4 milhões de pessoas e seu volume de armazenamento está o pior em períodos pré-inverno em dez anos. Neste domingo, o nível das represas do manancial estava em 28,8%; há um ano, era de 62,1%. As água do Alto Tietê e do Sistema Guarapiranga vêm sendo remanejadas para parte da população atendida pelo Cantareira desde fevereiro. O Sistema Alto Tietê compõe-se de cinco represas entre os municípios de Suzano e Salesópolis, na Grande São Paulo. Além do remanejamento para o Cantareira, a falta de chuvas na região também contribui para a seca nesse manancial.

A redução contínua do volume do Alto Tietê vem sendo observada desde que a situação do Cantareira começou a chamar a atenção. O SPressoSP apontou em várias matérias que a queda entrava em um patamar preocupante. Mesmo assim, a Sabesp manteve a produção de 15 mil litros do Alto Tietê e pretende avançar mais com a produção no sistema na capital, segundo O Estado de S. Paulo.

Ouvida pela reportagem do jornal, a Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos do governo do estado informou que as projeções da Sabesp indicam que o Sistema Alto Tietê “tem água suficiente para garantir o abastecimento até a próxima estação chuvosa”. A secretaria ainda, segundo o jornal, “lamenta que O Estado agora encampe a tese de que outro sistema, o do Alto Tietê, vai secar e entrar em colapso”.

Fonte: Linha Direta

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Sabesp não investiu 37% do previsto em obras pré-crise

Avaliação consta de documento interno da empresa sobre anos 2008-2013 

Foto: Transparência São Paulo

 Novo sistema de abastecimento atrasou três anos; companhia afirma que teve um 'bom desempenho' A Sabesp não investiu 37% do que tinha previsto para a realização de obras no período entre 2008 e 2013.

A avaliação consta de um documento interno da empresa finalizado em dezembro do ano passado, antes da mais grave crise de fornecimento de água que a Grande São Paulo já enfrentou. O sistema Cantareira, responsável pelo abastecimento de 9 milhões de pessoas, estava com 25% da sua capacidade na última sexta-feira (30) --se não fosse o uso de uma reserva de emergência chamada "volume morto", o nível estaria em 6,5%.

 O documento interno ao qual a Folha teve acesso é o Plano Metropolitano de Água III, assinado por um grupo de trabalho que envolve ao menos duas diretorias da Sabesp. Os autores, após elencar benefícios de obras realizadas, criticam os resultados obtidos no período. A não execução de investimentos "resultou em um considerado descompasso entre o previsto' e o realizado' nesse programa", diz o texto.

 Um atraso destacado pelos analistas é a construção do sistema São Lourenço, que trará água do interior do Estado até a Grande São Paulo. "O fato mais relevante a ser considerado é a postergação do início da implantação do Sistema Produtor São Lourenço de 2011 para 2014", escrevem os autores.

 A obra, prevista para 2011, foi lançada só em abril deste ano pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), durante a crise hídrica. O investimento estimado é de R$ 2,2 bilhões. Em outro ponto do relatório, os analistas também afirmam que, entre 2008 e 2013, ficaram praticamente pela metade obras que tornam mais confiável a integração entre os diferentes reservatórios que abastecem as cidades da Grande São Paulo Essa integração é importante em uma seca como a atual, em que outras represas estão sendo usadas para fornecer água a áreas antes atendidas pelo Cantareira.

 OUTRO LADO 

 A Sabesp informou, por meio nota, que considera bom seu desempenho durante o período 2008-2013. Na interpretação da empresa, o relatório evidencia que os "benefícios e resultados alcançados atingiram bom desempenho, tendo em vista o horizonte de planejamento de longo prazo". A Sabesp confirma que o sistema São Lourenço será entregue no fim de 2017. A empresa diz que, como as tubulações vão passar por área de preservação ambiental, o traçado teve de ser refeito para minimizar impactos, o que atrasou o cronograma.


 Fonte: Folha de S.Paulo

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Zarattini faz duras críticas ao governo do estado de São Paulo

carloszarapt
Foto: Gustavo Bezerra

A crise da falta d’água, a violência, os baixos índices de aproveitamento escolar e a corrupção que o estado de São Paulo enfrenta foram destacados pelo deputado Carlos Zarattini (PT-SP) ontem, em pronunciamento na tribuna da Câmara. O parlamentar atribui a crise no estado aos 20 anos de “desgoverno tucano”.
 
“O estado de São Paulo vive uma profunda crise que se manifesta claramente na questão da água que tomou conta da regiões metropolitanas de São Paulo e de Campinas, por conta da incúria do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que nesses últimos 20 anos não saiu do Palácio dos Bandeirantes”, critica.
 
Segundo o Ministério Público do Estado de São Paulo nos últimos 20 anos a Companhia de Saneamento Básico do estado (Sabesp) foi praticamente privatizada pelo governo tendo mais de 50% de suas ações vendidas na Bolsa. O governo fez com que a Sabesp tivesse que apresentar lucros, deixando de investir mais de R$ 870 milhões.
 
Educação - Zarattini acredita que essa crise em São Paulo é por causa do governo. “É uma crise que acontece também na educação, onde os índices de aproveitamento escolar são cada vez piores, particularmente no Ensino Médio, onde caiu a nota na própria avaliação do governo do estado”.  O parlamentar também destaca a crise que se manifesta segurança pública. “Hoje o cidadão paulista sofre porque não pode sair de casa por conta da quantidade de ameaças que vem sofrendo nas ruas,” lamenta.
 
Para o deputado Zarattini, o governo que não investiga, que não pune, que não quer tomar conhecimento daquilo que acontece se encontra “chafurdando na lama da corrupção” com os escândalos dos trens do Metrô, da Alstom, da Eletropaulo e tantos outros desvios de recursos durante a gestão tucana. “Isso acontece porque o governador Alckmin não permite que a Assembleia Legislativa investigue o que está acontecendo”.
 
Depois de muitos anos o PT conseguiu instalar uma CPI lá na Assembleia para investigar os pedágios, mas o deputado Carlos Zarattini questiona a escolha do presidente da CPI, o neto do ex-governador Mário Covas. “Sem dúvida alguma vai investigar com muito rigor a ação do seu avô”, ironiza. Zarattini lamenta a situação em que se encontra o estado de São Paulo. “É necessária uma mudança, é preciso tirar o nosso estado dessa crise, que é a crise tucana de 20 anos de desgoverno.” 
 
Késia Paos 

 

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Crise da água: omissão de Alckmin pode gerar colapso social e paralisia econômica


O desabastecimento de água extrapola a casa do cidadão, os hospitais e escolas, ele afeta diretamente a indústria e, consequentemente, o emprego e toda a economia paulista. 39% da distribuição das outorgas de captação no Alto Tietê vão para as indústrias

O baixo nível dos reservatórios do sistema Cantareira que ameaça deixar todo o conjunto da Região Metropolitana de São Paulo sem água é reflexo direto da falta de planejamento e investimentos dos seguidos governos do PSDB no Estado.

Esta afirmação é feita a partir da constatação de que os tucanos não realizaram obras apontadas em estudos e Planos Diretores como necessárias para ampliação da produção de água, assim como não tomaram medidas de incentivo ao uso racional e redução de perdas.

Em 2004, após o sistema Cantareira passar pelo seu período mais crítico, até então, quando o nível baixou para 20% - hoje, o nível está em 11% - uma portaria do DAEE - Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo – determinou que a Sabesp deveria elaborar, no prazo de 12 meses, um Plano de Contingência para ações durante situações de emergência. Passados dez anos, isso nunca foi feito.

O Atlas Brasil – Abastecimento Urbano de Água, publicado pela Agência Nacional de Águas, também indicou, em 2010, a necessidade de obras de caráter mais imediato, como o reforço do sistema Alto Tietê, aumento do bombeamento para o reservatório Biritiba e implantação de captação no rio Juquiá. Mais uma vez, os tucanos desconsideram e toda a população ficou a mercê da sorte de chover sobre os reservatórios.

O relato destes fatos foi pauta do debate, promovido pela Liderança do PT na Assembleia Legislativa, na manhã desta quarta-feira (23/4), que contou com a presença de representantes de movimentos populares e sindicais e deputados. O assessor de Saneamento da Bancada, Edson Aparecido da Silva, explicou a atual problemática.

Economia do Estado pode ser afetada

“A atual crise da água no Estado extrapola o abastecimento das casas dos cidadãos, dos hospitais, das escolas, ela vai afetar diretamente a indústria e, consequentemente, o emprego e toda a economia paulista”, explicou o especialista ao lembrar que 39% da distribuição das outorgas de captação no Alto Tietê vão para as indústrias.

Neste sentido, o presidente da Cut-SP, Adi dos Santos, falou sobre a importância do movimento sindical debater a crise, já que a indústria tem como um dos principais insumos a água.

Representantes de movimentos populares reafirmam a importância de levar esse debate para o conjunto da população e acabar com a ideia que governo paulista e grande parte da mídia têm apresentado de que a água está acabando porque as pessoas não economizam. 

“A água está acabando porque não foram feitas as obras necessárias”, enfatizou o deputadoJoão Paulo Rillo, líder da Bancada do PT, que disse da necessidade premente do governo Alckmin começar já o racionamento. Mas o que eles têm feito, segundo Rillo, é "tucanar" a questão com os chamados rodízios às escondidas. O líder petista quer trazer o debate sobre a água para a Assembleia, envolvendo os diversos setores da sociedade.


Grande ato em 13 de maio

A Bancada dos deputados do PT e os movimentos sociais decidiram realizar um grande seminário dia 13 de maio, na Assembleia Legislativa, para debater a crise da água. 

A mesma temática será incluída na caminhada do MST – Movimento Sem Terra – que será realizada, em São Paulo, entre os dias 5 e 9 de maio. E no dia 29 de maio, a Cut-SP irá realizar um grande ato, em Guarulhos.

A unificação das ações entre Bancada e movimentos foi um dos encaminhamentos do debate desta quarta-feira; (sv)

Fonte: Imprensa PT Alesp