sexta-feira, 14 de junho de 2013

Haddad diz que violência policial nos protestos contra aumento é 'lamentável'

São Paulo – O prefeito Fernando Haddad (PT) condenou hoje (14) a violência da Polícia Militar contra os manifestantes do quarto ato pela redução das tarifas no transporte público em São Paulo. Ele disse que cidade convive bem com manifestações e protestos, mas “não convive e repudia qualquer tipo de violência”.
O prefeito afirmou que, na terça-feira (11), em que um protesto contra o aumento da passagem também foi marcado por confronto, foram vistas “cenas de violência contra policias e ontem (13) o Brasil conheceu cenas de violência que também ensejaram abertura de investigação por parte da Secretaria da Segurança Pública. São cenas lamentáveis e que não condizem com São Paulo”.
As declarações foram feitas no programa Bom Dia SP, da TV Globo.
A manifestação de ontem (13) foram marcadas por forte repressão e violência policial. Já na concentração dos manifestantes, em frente ao Teatro Municipal, ao menos 40 pessoas foram detidas e levadas para o 78º Distrito Policial, nos Jardins, na zona sul. Segundo a polícia, ao final dos confrontos, ao menos 235 pessoas foram presas, das quais 231 foram liberadas após prestar depoimentos.
As quatro pessoas que continuam presas não têm direito a fiança e estão sendo indiciadas por formação de quadrilha. Eles estão detidos na carceragem do 2º DP, no Bom Retiro, e devem ser transferidos para um Centro de Detenção Provisória (CDP) ainda hoje (14).
Entre os agredidos pela polícia na manifestação de ontem estão jornalistas que cobriam o ato. A repórter da RBAGisele Brito, acompanhada por dois jornalistas do portal Terra, foi surpreendida por um grupo de policiais militares que os agrediu com golpes de cassetetes sem motivação alguma.
O repórter Piero Locatelli, da revista semanal Carta Capital, esteve entre o grupo de detidos antes mesmo do início da manifestação, por “porte de vinagre”. Ele foi levado para o 78º Distrito Policial, na região dos Jardins, de onde foi liberado horas depois. Em nota, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) repudiou a postura da corporação.

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