terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Zarattini repudia ação e lembra acusações infundadas contra o PT

O Brasil assiste estarrecido a mais uma faceta do governo ilegítimo e golpista de Michel Temer. Conhecido internacionalmente como aquele que protege e blinda o seu staff denunciado na Operação Lava Jato, desta vez, entrou em cena a figura do censor. As vítimas da censura do Palácio do Planalto são, justamente, setores da imprensa, um dos tripés que sustentou o golpe de 2016: Folha de São Paulo e O Globo. Ambos foram impedidos pela justiça brasileira de divulgar matérias que revelam diálogo comprometedor entre um hacker e a primeira-dama Marcela Temer.
Ao comentar a censura, o líder da Bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), repeliu a nova prática adotada pelo governo ilegítimo e lembrou que a mídia que sempre afagou o golpista, sentiu agora o peso pesado desse afago.
“A Folha de São Paulo e O Globo, que sempre atacaram nosso governo, dizendo que era um governo que iria promover o controle da mídia, foram agora alvos exatamente de um controle exercido por um governo que eles apoiaram e apoiam sem restrições”, alfinetou Zarattini.
“Repudiamos esse ato do presidente da República e consideramos um crime contra a liberdade de imprensa no nosso país”, rechaçou Zarattini. Ele ainda observou que desde a sua fundação, o Partido dos Trabalhadores traz como uma de suas grandes marcas a defesa da democracia e o combate à censura.
O líder petista ainda se mostrou estarrecido com mais esse desmando promovido por aqueles que tomaram de assalto o Palácio do Planalto. Para ele, Michel Temer adotou uma medida “estranha” ao permitir que o seu secretário da Casa Civil (Gustavo do Vale Rocha) fizesse uma ação para impedir que esses órgãos de imprensa divulguem informações relevantes para que a população conheça ainda mais seus atos. “Esses dados são importantes porque demonstram uma atuação escusa do presidente da República”, observou.
O argumento usado pelo departamento jurídico da Casa Civil da Presidência da República – foi que, a divulgação do conteúdo incorreria em uma séria “conduta criminosa e atentatória de direitos fundamentais”. Ainda, para o Palácio do Planalto, a Folha e O Globo não atentaram para esse fator, e que a divulgação tinha como objetivo “aumentar o número de acesso a seus sites e venda de suas edições impressas”.
Benildes Rodrigues

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