terça-feira, 19 de abril de 2011

Os supersalários das grandes empresas e os salários dos professores paulistas

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao último orador deste período, ilustre Deputado Carlos Zarattini. S.Exa. dispõe de 3 minutos, impreterivelmente.

O SR. CARLOS ZARATTINI (PT-SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, destaco reportagem do jornal Valor, de ontem, cuja pesquisa mostra que os dirigentes das maiores empresas de capital aberto do Brasil receberam, em média, R$1,860 milhão por ano, aumento de 36% sobre o ganho médio de 2009. Entre as empresas que melhor pagam seus executivos estão o Itaú Unibanco, que paga R$14,4 milhões; em seguida a OSX, fabricante de navios, R$13,3 milhões, e a HRT, empresa de petróleo, que paga R$11,6 milhões. São supersalários, e gostaria de contrastar com o salário dos professores do Estado de São Paulo, que recebem, em média, R$22 mil por ano, ou seja, 82 vezes menos do que os dirigentes das grandes empresas brasileiras, para cuidar de 4,862 milhões de alunos, em 5.610 escolas. O resultado desse baixo salário é a nota dos alunos: no Ensino Fundamental I, 5,4; no Ensino Fundamental II, 4,3, e no Ensino Médio, 3,6.



Sr. Presidente, veja como se paga mal os professores no Estado de São Paulo. Gasta-se por ano na educação em São Paulo R$28,3 bilhões, menos do que 10 vezes o que se paga aos dirigentes das grandes empresas, que equivale a R$ 3,29 bilhões.

Portanto, fico até estarrecido com alguns Deputados que reclamam do Piso Nacional dos Professores. Não vamos avançar no Brasil enquanto se pagar milhões e milhões aos dirigentes das grandes empresas nacionais e uma miséria aos professores brasileiros.

Muito obrigado.

Um comentário:

  1. Enquanto os pedreiros de outros paises ganham ao ano em média R$66.000,00, os pedreiros daqui ganham miseraveís R$14.940,00, portanto não é só professor que esta ganhando pouco, mas a classe operaria que soa e muito pra construir esse pais.

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