quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Chico Macena denuncia política habitacional da Prefeitura.

Dados desmascaram a questionável política habitacional da gestão Kassab   

Enquanto governo não faz o que deve a iniciativa privada abre caminho para habitação popular

Mais de 80% das Habitações de Moradia Popular e de Interesse Social foi entregue às construtoras, somente cerca de 15 % dos investimentos é de responsabilidade da Prefeitura, e menos de 1% são do Governo do Estado. Enquanto a gestão Kassab afirma que falta terreno para implantação de novas habitações, a iniciativa privada mostra que está justificativa não é verídica.

Se os dados do relatório mensal do Aprov, órgão da Secretaria Municipal de Habitação sobre a emissão de alvarás para as novas construções em 2010, forem desmembrados em unidades habitacionais, veremos que o investimento da Prefeitura é ainda menor. Das 7372 unidades Habitacionais de Interesse Social e de Habitação de Moradia Popular, somente 428 estão sendo implementadas pela Cohab e CDHU, ou seja, cerca de 5% do número total de moradias.

Outra indicação do relatório de 2010, que desmascara a política habitacional da gestão Kassab é que das cinco habitações previstas para implantação na região da Sé, somente uma é do poder público, ou seja, espaço para as grandes incorporadoras implantarem Habitações de Interesse Social e de Moradia Popular existe, mas para o poder público cumprir seu dever social não.

Além da prefeitura não investir e passar para as construtoras o direito de exploração das moradias, os dados mostram a continuidade de uma política que afasta as habitações populares da região central. Das 162 habitações, somente 32 estão localizadas em áreas mais próximas do centro expandido, considerando os bairros da Vila Prudente e Penha.

O mês de novembro foi marcado por reivindicações dos movimentos de habitação, que há anos reivindicam pelo direito de poder adquirir uma moradia digna. Garantir moradia popular na região central impacta diretamente nas melhorias do trânsito e transporte de toda cidade e também faz parte da requalificação do centro.

Um terço dos moradores da capital paulista vivem em situação irregular, a questão habitacional envolve uma série de fatores que impactam na segurança, meio ambiente, saúde e educação. Não dá para ignorar está situação, a cidade de São Paulo é complexa existem diversos problemas, é obvio que não há facilidade em resolvê-los, mas dados como esses desmascaram a política de habitacional da gestão Kassab. A Prefeitura abre caminho para especulação imobiliária oferecer habitações populares, enquanto finge não haver espaço na cidade para implementação de projetos

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