terça-feira, 15 de maio de 2012

Haddad questiona promessa tucana de mais metrô com quantidade de equipamentos para obras

Mobilidade urbana foi o tema da plenária do Conversando com São Paulo, movimento coordenado por Fernando Haddad, deste sábado. Problemas e soluções para o trânsito e o transporte foram discutidos pela mesa composta por Ciro Biderman, professor e pesquisador da FGV-SP, Carlos Zarattini, deputado federal e ex-secretário municipal de Transportes de São Paulo, Flamínio Fichmann, consultor de trânsito e transporte, e Ailton Brasiliense, da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP).

Durante a plenária, Haddad afirmou duvidar da promessa tucana de construir mais 126 km de trilhos até 2018. Vale destacar em que desde 1995, o PSDB construiu menos de 30 km de linhas. “Em Madri, quando fizeram uma forte expansão do Metrô, seis ‘tatuzões’ estavam operando. Aqui em São Paulo, fui informado que existe apenas um e ele está parado”, declarou.

Para o pré-candidato do PT, as sucessivas mudanças de datas para o início das obras e os atrasos na entrega de novas linhas do Metrô são desrespeitosos com a população. “Vejam o que fazem que o pessoal da Brasilândia, falando da Linha 6-Laranja”, disse. “Mais uma vez vão vender uma série de coisas que não serão concretizadas.”

Carlos Zarattini criticou a falta de ação da gestão Serra/Kassab, especificamente na área de transportes. “Lotação excessiva e viagens mais demoradas vão ser o legado dessa administração”, comentou.

Para Ciro Biderman, o apagão dos transportes identificado por Haddad se deve principalmente ao que ele chama de “carrocentrismo”. “Tirando as duas gestões do PT na Prefeitura, os demais governantes previlegiaram o carro. Dois exemplos são o minhocão e a obra grosseira que foi o aumento de pistas da marginal Tietê feita pelo Serra no governo do Estado com o apoio do Kassab”, comentou.

Ailton Brasiliense reforçou a necessidade de se voltar a pensar no transporte público da cidade como uma rede. “O Bilhete Único foi um grande passe neste sentido e hoje estamos parados. Só se pensa em transporte como feixes e não como rede.” Ele também destacou a necessidade de se implantar mais tecnologia nos transportes públicos.

No encerramento, Haddad se mostrou muito animado com as plenárias do Conversando com São Paulo. “Nenhum pré-candidato tem essa facilidade de mobilizar tantos quadros para trazer soluções para a cidade.”

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