quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Zarattini pede providências ao ministério do Desenvolvimento contra demissões em Cubatão

Para impedir que a empresa Usinas Siderúrgicas de Minas (Usiminas) encerre as atividades na Usina Siderúrgica de Cubatão – São Paulo, o deputado federal Carlos Zarattini (PT/SP) pediu nesta quarta-feira providências ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro. Zarattini reivindicou que o ministério solicite junto a empresa que suspenda as demissões por 60 dias até que uma solução definitiva seja adotada.
Durante a reunião, Armando Monteiro informou que já existem estudos no ministério sobre a implementação de novas alíquotas para proteger o mercado siderúrgico brasileiro. Na avaliação de Zarattini, a ação poderá contribuir para a manutenção das atividades na Usina. “Essas medidas devem ser adotadas nos próximos dias e poderão surtir efeito. Elas poderão garantir aumento da produção e, consequentemente, a continuidade da produção em Cubatão”, destacou.  

O parlamentar paulista, que articulou a reunião, demonstrou preocupação com o indicativo de fechamento de postos de trabalho. “A situação de Cubatão é grave. Caso a paralisação das atividades da empresa seja confirmada, o município de Cubatão perderia 4 mil empregos diretos e 1,5 indiretos. Já na região da Baixada Santista, 23 mil pessoas poderão perder o trabalho e 100 empresas fechariam as portas. Seria um cenário de verdadeiro caos na região”, alertou.

O deputado federal Marcelo Squassoni (PRB/SP) e José Mentor (PT/SP) também participaram da reunião. A Usiminas é a antiga Companhia Siderúrgica Paulista (COSIPA), empresa privatizada durante o governo de Fernando Henrique Cardoso.

CPI do BNDES – O deputado Zarattini, que ocupa a vice-presidência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do BNDES, apresentou requerimentos a CPI solicitando informações sobre os financiamentos concedidos pelo BNDES a Usiminas e a convocação da diretoria da empresa.



Ministério – O ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, também foi acionado para impedir a paralisação das atividades da empresa. Na reunião, o ministro Rosseto anunciou que vai coordenar uma ação do governo federal com apoio da Casa Civil e do ministério do Desenvolvimento para analisar a situação e garantir a suspensão das demissões por 120 dias. A intenção é buscar uma estratégia de manutenção dos postos de trabalho e reestruturação da indústria de aço no país.

Fotos: Washington Costa/MDIC

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