sexta-feira, 17 de junho de 2016

Lista de Sérgio Machado revela que compra de votos é “mania” do PSDB, diz Zarattin

Em discurso contundente, o deputado Carlos Zarattini (PT/SP), em nome da Liderança da Minoria na Câmara, desconstruiu a constante narrativa de parlamentares tucanos em tentar desqualificar e atacar o Partido dos Trabalhadores e suas principais lideranças. De acordo com Zarattini, a delação de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, além de desmascarar o discurso oposicionista, revela prática recorrente do PSDB: a compra de votos.
“Ora, falar em corrupção depois da lista do Sérgio Machado, que remonta a 1998, quando o hoje senador Aécio Neves, então deputado federal, na disputa da Presidência desta Casa, recebeu de propina 1 milhão de reais para comprar votos de deputados e se eleger Presidente? Aliás, comprar votos nesta Casa é uma mania do PSDB”, ironizou Zarattini.
Ainda, conforme lembrou o deputado, essa corrupção histórica praticada pelos tucanos para garantir a reeleição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso puniu os corruptos e deixou livres os corruptores.
“Depois da votação da reeleição de Fernando Henrique, ocorreu um fato que até hoje não entendi: foram cassados deputados porque receberam propina, mas não se investigou quem pagou a propina”, afirmou Zarattini, lembrando o fato ao deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) que constantemente ocupa a tribuna para acusar o PT e governos petistas de praticar corrupção.


“Deputado Luiz Carlos Hauly, o seu partido constantemente está envolvido com denúncias de corrupção; historicamente, está envolvido com compra de votos nesta Casa. Faça-me o favor!”, retrucou Carlos Zarattini.
“É interessante observar que na lista do Sérgio Machado, a presidenta Dilma não é citada nenhuma vez”, observou Zarattini. De acordo com o deputado, tal fato só comprova que o golpe travestido de impeachment só tinha uma intenção, a de destituir a presidenta e emplacar medidas que destroem as conquistas sociais verificadas nos últimos anos.
“O objetivo desse golpe foi exclusivamente tirá-la do poder com qualquer argumento. Para quê? Para impor um programa econômico que vai acabar com direitos dos trabalhadores, direitos trabalhistas, direitos previdenciários, conquistas feitas ao longo de décadas”, alertou.
No seu discurso, Zarattini recomendou ao presidente interino e golpista de Michel Temer para não travestir “essas medidas econômicas criminosas contra o povo brasileiro atrás de denúncias infundadas de corrupção, de agressões que querem levar à vala comum um partido que construiu a democracia brasileira, uma presidenta da República que é honrada e que sobre ela não pesa nenhuma denúncia de corrupção”.
Benildes Rodrigues
Foto: Gustavo Lima/Câmara dos Deputados

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