sexta-feira, 17 de março de 2017

Bancada do PT faz vigília de resistência contra reformas que retiram direitos e defende mobilização popular

Uma iniciativa da Bancada do PT na Câmara reuniu na noite desta terça-feira (14), em vigília, no plenário, parlamentares do PT e de outros partidos de oposição e até da base governista, em protesto contra as reformas da Previdência e Trabalhista propostas pelo governo ilegítimo de Temer. Os parlamentares se revezaram na Tribuna para conclamar a população a participar deste 15 de março, dia de mobilização contra os desmontes do governo golpista. Também estiveram presentes à vigília o presidente nacional do PT, Rui Falcão, o senador Paulo Paim (PT-RS), além de representantes de movimentos sociais e sindicalistas.
Ao presidir a sessão da vigília, o deputado Marco Maia (PT-RS) afirmou que “não é possível, nem razoável” a votação de projetos tão danosos aos trabalhadores brasileiros. “Estas reformas, da forma como foram propostas pelo governo Temer trarão enormes prejuízos aos trabalhadores brasileiros. Nós, deputados de oposição, que temos a consciência do quanto estes dois projetos são maléficos para os trabalhadores, não poderíamos deixar passar em branco, sem uma manifestação mais contundente nesta antevéspera da paralisação nacional marcada para este 15 de março. A intenção desta vigília é contribuir com a mobilização que teremos nas ruas porque precisamos demonstrar ao governo golpista que não vamos permitir estas reformas que são atentado à vida e ao futuro dos trabalhadores deste país”, enfatizou.
O deputado Carlos Zarattini (PT-SP), líder do PT, ocupou a Tribuna e afirmou que a vigília é importantíssima para marcar o apoio às manifestações deste 15 de março em todo o país. “O povo brasileiro já percebeu que o objetivo principal deste governo é roubar os direitos tão duramente conquistados ao longo dos últimos 50 anos, luta de um povo para que este país tivesse o mínimo de dignidade, mas muito longe do ideal pois ainda existe trabalho escravo e este governo Temer tenta impedir a divulgação das empresas que praticam trabalho escravo”.
Este governo ilegítimo, acrescentou Zarattini, propõe um golpe de morte com estas reformas trabalhista e previdenciária. “A reforma trabalhista propõe aumentar a exploração dos trabalhadores e a reforma da Previdência tem por objetivo impedir que as pessoas se aposentem. Nós do PT decidimos dizer não a estas reformas que não devem ser aprovadas por este Congresso. Só vamos vencer esta batalha se o povo tiver mobilizado e dizendo que esta reforma é inaceitável, isto o povo já está fazendo. Vamos nos juntar neste 15 de março que será o ponto de partida para um grande movimento para barrar estas reformas e dar o golpe de morte neste governo ilegítimo”, afirmou o líder do PT.
O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), coordenador da Bancada do PT na comissão especial da reforma da Previdência, afirmou que os números apresentados pelo governo Temer alegando déficit na Previdência não são verdadeiros. “Não há déficit na Previdência. Eles não estão falando a verdade. Então, este 15 de março é um dia decisivo de mobilização e de dizer não à esta reforma da Previdência”.

O deputado José Guimarães (PT-CE), líder da minoria, convocou todos os brasileiros e brasileiras para o Dia de Paralisação Nacional e afirmou que “este 15 de março marca o início desta grande jornada dentro e fora do Parlamento contra a reforma da Previdência, esta perversidade”. Para Guimarães, esta proposta de reforma do governo golpista de Temer não interessa ao país. “Esta mobilização em todo o país é para dizer ao governo Temer que não aceitamos a aprovação desta proposta, que é uma perversidade, pois suprime direitos e não interessa ao país”, destacou.
O líder da minoria também reiterou que a reforma da Previdência pode quebrar os municípios brasileiros. “A maioria das pequenas e médias cidade do país sobrevivem do salário dos aposentados e dos benefícios dos programas sociais, tão bem desenvolvidos nos governos Lula e Dilma”.
José Guimarães disse ainda que os parlamentares devem estar atentos, pois quem apoiar esta reforma do governo ilegítimo corre o risco de não se reeleger nas próximas eleições. “Uma reforma tão ampla não pode ser proposta por alguém como Temer, que não foi eleito pelo povo. Esta reforma da Previdência é uma ameaça ao que foi construído com a Constituição de 88 e quem apoiar esta reforma pode não se reeleger porque a sociedade está acompanhando este debate. O povo brasileiro está contra esta reforma que vai de encontro aos interesses dos trabalhadores e trabalhadoras”, enfatizou.
Também o deputado Luiz Couto (PT-PB) ressaltou a importância da vigília para que todos estejam fortalecidos para enfrentar a luta “contra aqueles que estão contrariando a vontade do povo”, que não quer esta reforma da Previdência. “Esta proposta é maldosa, cruel e satânica, segundo disse um pequeno agricultor. Esta vigília é importante para estarmos preparados para enfrentar estas feras que tentam enganar o povo, mentindo que a Previdência é deficitária. É hora de todos ocuparem as ruas e dizer não a esta proposta, a esta PEC da Morte”, disse.
O deputado Leonardo Monteiro (PT-MG) reiterou que a proposta de reforma da Previdência é a continuação do golpe parlamentar iniciado com a retirada da presidenta Dilma, que não cometeu crime. “Não se pode imaginar uma proposta que iguala a idade entre homens e mulheres e, também, entre trabalhadores do campo e da cidade. Estas questões precisam ser tratadas de forma diferenciada”, disse.
O deputado Pepe Vargas (PT-RS) criticou duramente a tentativa do governo ilegítimo de aprovar uma reforma da Previdência que “em síntese retarda o momento em que as pessoas terão para se aposentar e arrocha os valores das aposentadorias”. Ou seja, disse ainda Pepe Vargas, “ninguém mais conseguirá se aposentar pelo valor integral e em muitos casos a pessoa será impedida de se aposentar, com regras que não existem nem em países desenvolvidos”.
Para o deputado João Daniel (PT-SE) a vigília é importante para ressaltar o 15 de março como dia da conscientização, de luta contra as reformas da Previdência e Trabalhista que atentam contra o povo.
“Estas propostas são parte do golpe iniciado com a retirada da presidenta Dilma, presidenta honesta. Este governo golpista de Temer, imposto pela Fiesp e setores conservadores quer transformar todos os direitos do povo em negócio. É a tentativa de desmonte do Estado brasileiro, de destruição de todas as lutas históricas conquistadas com muita luta”.
Também o deputado Paulão (PT-AL) ressaltou o papel fundamental da vigília de protesto no plenário da Câmara. “Este movimento foi iniciado em 8 de março, quando as mulheres colocaram a marca do PT e dos partidos de esquerda para dizer não ao desmonte da Previdência. Cada pessoa deve cobrar do seu parlamentar uma posição contrária a esta reforma”.
Para o deputado Zé Geraldo (PT-PA) a mobilização deste 15 de março “vai sepultar as reformas do ilegítimo e golpista Michel Temer, que pode colocar a viola no saco junto com sua turma pois não conseguirão mais se eleger”.
O deputado Waldenor Pereira (PT-BA) reafirmou que as iniciativas de reforma do golpista Michel Temer “representam um tiro no coração dos trabalhadores brasileiros, que conquistaram direitos a duras penas, com muitas lutas durante décadas. Então, vamos às ruas dizer não às reformas dos golpistas”.
Ainda, a deputada Erika Kokay (PT-DF) foi à Tribuna e afirmou que a vigília é em defesa do que o Brasil conquistou com muita luta. “A proposta do governo ilegítimo significa a destruição da Previdência e pretende retirar a rede de proteção conquistada. Com esta reforma, 80% dos idosos protegidos com o benefício continuado serão prejudicados. Então, o golpe que retirou a presidenta Dilma, uma presidenta honesta, não está circundado e continua em ação esgarçando o tecido da democracia e dos direitos”.
Para o deputado Valmir Prascidelli (PT-SP) é fundamental não apenas a participação nas manifestações deste 15 de março mas, também, informar a população sobre os malefícios das propostas de Temer.
“É necessário que as pessoas conversem e entendam o real significado destas propostas de reformas que visam prejudicar o povo e, principalmente, o povo mais pobre. Somente as ruas, a mobilização do povo impedirá estas reformas”.
O deputado Valmir Assunção (PT-BA) reafirmou que as propostas do ilegítimo Temer fazem parte do golpe iniciado em 2016 com a retirada da presidenta Dilma. “Esta reforma quer na verdade privatizar a Previdência porque faz parte da estratégia para pagar o golpe parlamentar. E quem mais vai sofrer são as mulheres, sobretudo as mulheres trabalhadoras rurais e os trabalhadores rurais. Este 15 de março é dia do povo ir às ruas reivindicar seus direitos”.
O deputado Adelmo Leão (PT-MG) ressaltou a importância da vigília para uma reflexão sobre o momento que o país atravessa. “O que queremos é que essa seja definitiva banida deste Congresso, pois não ajuda em nada ao país. Neste momento que estamos vivendo com um governo golpista e ilegítimo, que serve ao capital e as elites dominantes, não podemos aceitar esta situação. Neste dia 15 temos que dizer não a esta reforma”.
O deputado Nelson Pelegrino (PT-BA) reafirmou que a vigília desta noite “precede a grande mobilização que vai parar o país contra esta reforma cruel”.
Os deputados Bohn Gass (PT-RS) e Reginaldo Lopes (PT-MG) também destacaram a importância da vigília para alertar o povo brasileiro de que a reforma proposta pelo governo ilegítimo “é na verdade o desmonte da Previdência para destruir os direitos dos trabalhadores”.
Ainda, as deputadas Benedita da Silva (PT-RJ) e Luizianne Lins (PT-CE) e os deputados Pedro Uczai (PT-SC) e Ságuas Moraes (PT-MT) ocuparam a Tribuna no início da madrugada desta quarta-feira (15) e enfatizaram “a resistência contra a tentativa do governo ilegítimo de Temer de retirar direitos dos trabalhadores com uma proposta perversa de reforma da Previdência. Dizemos não a esta reforma cruel”.
Gizele Benitz / Foto: Gustavo Bezerra

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