quinta-feira, 23 de março de 2017

Plenário da Câmara vira palco de batalha dos deputados a favor e os contra os trabalhadores do país

A votação em plenário do PL 4302/1998, que precariza as relações de trabalho, nesta quarta-feira (22), transformou o plenário da Câmara em um campo de batalha. De uma lado, os que defendem os direitos dos trabalhadores. De outro, os que apoiam os empresários e a precarização do trabalho. Parlamentares do PT chegaram ao plenário em grupo, carregando vários patos – boias infláveis – numa analogia ao pato da Fiesp, postado em frente ao Congresso Nacional antes do golpe contra a presidenta Dilma Rousseff. Partidos de oposição contrários ao projeto também aderiram ao protesto contra a aprovação da matéria. Os patos infláveis carregavam os dizeres: “o pato devorador de direitos”.

O Líder do PT, Carlos Zarattini (SP), criticou duramente a base do governo ilegítimo de Temer pela tentativa de aprovar uma proposta “perniciosa” aos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras do país. “Trouxemos o pato devorador dos direitos, o pato da Fiesp, que está promovendo uma verdadeira destruição das leis do trabalho. Sim, porque este projeto representa o fim dos direitos dos trabalhadores. Nós do PT fazemos oposição radical a este projeto, condenamos esta votação. Os direitos dos trabalhadores são inegociáveis”, vaticinou.
Zarattini rebateu as declarações de setores do empresariado de que o projeto vai promover geração de emprego. “Este projeto não vai gerar emprego porque o que gera emprego é aumentar o salário mínimo, aumentar a aposentadoria, dar crédito para micro e pequena empresa. Ao contrário, este projeto é um retrocesso e vai reduzir a renda do trabalhador. Os únicos que vão ganhar são os empresários que vão aumentar a taxa de lucro. Este projeto não é de modernização da economia mas, sim, de retirada de direitos”, disse.

O Líder do PT alertou também que as mulheres serão imensamente prejudicadas com esta proposta. “Este projeto vai fazer com que as mulheres sejam ainda mais discriminadas porque reduz direitos já conquistados em suas lutas. Vejam só, ao fazer a terceirização, o empresário, que não aceita o afastamento da mulher por licença maternidade, vai fazer a contratação temporária e afastará a mulher jovem do mercado de trabalho. Então, as mulheres do Brasil precisam estar atentas para o que está sendo votado nesta Casa”, ressaltou.
“Fiquem atentos, pois o presidente ilegítimo Michel Temer, junto com o ministro da Fazenda, Henrique Meireles, dois golpistas que comandam o país, não têm pena do trabalhador. Muito pelo contrário, o que os golpistas querem é garantir que os empresários possam explorar os trabalhadores e de forma legal. Até porque, este governo golpista impediu a divulgação da lista das empresas que praticam trabalho escravo. Então, eles querem é explorar ainda mais o trabalhador deste país”, criticou o Líder Carlos Zarattini.
Gizele Benitz
Foto: GustavoBezerra/PTnaCâmara 

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