quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Serra é quem mais sofre desgaste com julgamento do 'mensalão'

O chamado 'mensalão' foi um processo político, cujos fatos foram superdimensionados, com fins eleitorais. O primeiro objetivo era abater Lula até 2006. Fracassou com a reeleição do ex-presidente. O segundo objetivo era "acabar com a raça do PT", como disseram na época alguns líderes da oposição reacionária. Também fracassou.
O escândalo prejudicou carreiras políticas individuais de petistas, e freou um crescimento maior da bancada do PT no Congresso, mas quem sofreu as maiores baixas em número de cadeiras foram os partidos de oposição como o DEM, PSDB e PPS.
Há uma grande diferença no que pensa a ruidosa "opinião publicada" na imprensa oligárquica, e a maioria silenciosa da população.
Para a velha mídia seria o "julgamento do século". No entanto a força-tarefa expressa em manchetes de jornais e telejornais não despertou o interesse esperado. Para piorar, aqueles mais aficionados pelo noticiário político viram dois juízes dormindo de toga, e uma juíza (Carmem Lúcia) saindo no intervalo de uma sessão do "julgamento do século", porque tinha algo mais importante a fazer: cuidar do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do qual ela é presidenta.
Na ilusão oposicionista da imprensa oligárquica, o fato de haver meia dúzia de petistas em julgamento contaminaria a imagem de todo o partido eleitoralmente. Mas nas massas populares a percepção é diferente. Quem se deixa influenciar por este noticiário, não fica com má imagem de apenas um partido, e sim de todos os partidos, de todo o setor político.
O julgamento do chamado "mensalão" desgasta mais políticos com contenciosos em sua biografia. Quanto menos limpa é a ficha, pior para o candidato. Se pegarmos o exemplo da eleição paulistana, o eleitor influenciável pelo noticiário do julgamento é mais arredio em votar em um candidato como José Serra, que tinha 17 processos na última eleição, do que em um candidato como Fernando Haddad, em cuja ficha nada consta, independentemente do partido ao qual é filiado.
Não por acaso são pouco os candidatos de oposição que se animam a explorar o julgamento na campanha eleitoral. Preferem deixar os ataques terceirizados na imprensa.

Fonte: Rede Brasil Atual - http://virou.gr/NMRpax

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